5. Esse maldito filho da puta vai pagar

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|Aviso de gatilhos: Violência sexual, pedofilia, negligencia, bullying, palavras improprias|Boa leitura.

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Quando fez 4 anos, sua ansiedade subiu ao extremo, estava louco para saber o quão incrível seria sua individualidade, um grande combo de emoções. Mas claro que esse era o mundo real, e ele não descobriria da melhor forma o seu poder que tanto ansiava.

No mundo ideal onde tudo iria ao seu favor desde o princípio, sua individualidade não despertou inofensiva em um parque com os amigos, e sim enquanto dormia. Seu cachorro, Ruffos, deitado em sua cama por cima de seu pequeno corpo, e sua mãos em cima do animal, onde tinham adormecido juntos depois de brincarem e tomarem banho.

Era uma noite agradável, chuviscos que patiam na janela, e uma leve brisa refrescante do lado de fora. Sua mão em cima do animal esquentava suavemente, e em alguns minutos em um baque surdo e repentino, uma explosão, forte o suficiente para seus pais acordarem assustados com barulho absurdamente alto, e potente o suficiente para restos mortais de Ruffos ficarem espalhados por todo o quarto.

O rosto, assim como o cabelo loiro ficaram completamente vermelhos, a ardência na mão, os pores de sua palma inchados e doloridos, os olhos arregalados e assustados, seu ouvido que zumbia e o principal, seu choque com o que estava vendo.

O som abafado de seus pais entrando no quarto e se deparando com a situação, o rosto indecifrável do temporariamente ruivo. Ele era esperto, uma criança inteligente, ele sacou rápido o que tinha acontecido, ele entendeu exatamente o que fez, o que o seu despertar fez. Katsuki nunca chorava, e naquele momento não foi diferente.

Sua mão ardia, e ele olhou suas palmas em choque, vendo pequenos pedaços de carne espalhados pela sua cama, seu ouvido zumbia, e seus pais o alcançaram rápido, preocupados, sacudindo os ombros do pequeno que parecia paralisado. O som a sua volta estavam tão surdino que mal se podia perceber as palavras, seus olhos só conseguiam percorrer o lugar, ver o rosto assustado de Masaru e Mitsuki, um deles começando a ligar para alguém.

"Se.. sangrando.."

"Ouvido...... Masaru...."

Nessa realidade, a sua individualidade despertou mais cedo do que seu corpo estava preparado, em uma noite chuvosa como aquele, barulhos não seriam facilmente ouvidos, mas a exploração foi forte, matou seu cachorro, e com isso seus tímpanos foram danificados parcialmente.

Ele tinha sido levado ao hospital por seu pai, enquanto sua mãe limpava o sangue do quarto, ele não teve danos graves, apenas tinha perdido 20% de sua audição, o que não era grande coisa, mas ainda era um incômodo, e em alguns meses seu corpo fez a adaptação correta e naturalmente pode usar sua individualidade sem medo de ficar surdo por completo.

Ele nunca mais teve um cachorro.

Katsuki jamais admitiria, mas nunca mais chegou perto de outro animal, óbvio que ficaria assim, tinha medo de matar outros animais inocentes e indefesos como o seu. Ele não chorou, nunca demonstrou tristeza ou culpa por ter matado acidentalmente o filhote. Mitsuki pensou que seria normal para uma criança superar rápido e esquecer, aliás, era só um filhote. Dois dias depois de ter se recuperado no hospital parecia que nada tinha mudado, o comportamento e personalidade continuava o mesmo, apesar de Masaru tentar achar algum vestígio de que seu filho estivesse tentando esconder seus sentimentos.

Mas ele, ele percebeu. O maldito Deku percebeu. O inútil sem individualidade percebeu tudo como se não fosse nada, como se o loiro fosse um livro aberto, como se fosse a porra de um livro estúpido estampado e aberto em frente ao esverdeado, que lia tudo com cuidado e com rapidez. Como esse nerd estúpido não tinha um poder quando ele podia ver tudo que ele escondia? Como ele poderia cogitar e acertar tudo?

BNHA - Depois do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora