Capítulo IV

32 9 110
                                    

Era chegado o dia do sonhado casamento de Aarón e Laura, o nervosismo tomava conta de ambos, enquanto ele se mantinha firme, sua noiva desabafava com sua sogra que era como uma mãe para ela.

— Dona Eugênia, estou assustada.

— Não precisa estar assim, o meu filho é completamente apaixonado por você.

— Quero ser uma boa esposa para ele.

— Você será e dará para o meu marido e eu, netos lindos para cuidarmos.

— Obrigada por me acalmar, sogra. — abraçou-a.

— Licença! — um funcionário daquele local entrou após bater na porta.

— Pois não? — disse Eugênia.

— Já está tudo pronto para a cerimônia.

— Obrigada por avisar!

— Chegou a hora, querida. — acariciou o rosto da nora.

Os repórteres estavam enlouquecidos por não saberem o que iria acontecer e ficariam ainda mais ao descobrirem que não poderiam acompanhar o casamento do ano por causa de falta de lugares.

Milhares de balões começaram a subir até o céu e no maior deles, Aarón, seus pais e sua noiva estavam reunidos com um pastor e um juiz que realizariam o casamento que seria perto de Deus e onde o amor do casal foi forjado, no céu.

— Nervosa, meu amor?

— Muito!

— Não fique, pois de hoje em diante seremos marido e mulher. — beijou os cabelos da amada.

Quando o pastor começou a falar, foi como se o mundo ao redor do casal desacelerasse, logo Aarón e Laura foram declarados marido e mulher, o juiz disse algumas palavras e o casal e as testemunhas que eram os pais de Aarón assinaram os papéis oficializando a união dos dois, tudo o que era dito no balão era transmitido aos demais por meio de alguns alto-falantes que foram instalados nos balões.

Os fotógrafos que estavam posicionados em balões próximos ao do casal, fotografavam tudo para que houvessem registros do casamento mais inédito já visto.

****

Superando as expectativas dos médicos, Pedro se recuperava muito rápido e no mesmo dia do casamento do filho da dona do hospital, ele já estava indo para o quarto e lá estava Julia ao seu lado.

— O que aconteceu? — perguntou ao acordar em um hospital sem lembrar do ocorrido.

— Você sofreu um acidente de moto. — respondeu Julia.

— Se eu sofri esse acidente com certeza foi por causa sua e da sua menina. — disse com uma cara de poucos amigos.

— Como pode me culpar? Eu estou buscando trabalho para poder comprar as coisas para a nossa filha e para mim, mas ainda não consegui.

— Você é uma péssima mãe para a menina e eu fiz bem em não ficar ao seu lado. — virou o rosto para ela.

— Por que me trata assim? Quando nos envolvemos, eu era tudo para você.

Aarón Del RealOnde histórias criam vida. Descubra agora