Aarón Del Real

Capítulo XXIX

Assim que recebeu a ligação da filha, o pânico se instalou no coração de Aarón, sua mãe adotiva estava nas mãos de um maluco que era capaz de qualquer atrocidade.

— Acalme-se, mamãe. — tentou acalmar a mãe biológica.

— Eu não pude fazer nada para impedir que aquele homem levasse a Eugênia.

— Não se preocupe, pois vou procurar o Henrique até no fim do mundo se preciso e vou resgatar a minha mãe.

— Acho que tenho uma ideia de para onde ele possa ter levado a dona Eugênia, amor.

— Como?

— Meu irmão me contou que em uma ocasião a mamãe mencionou que o Henrique tinha um lugar secreto aqui no país e que algum dia a levaria lá, mas deixou dito o local exato.

— Então ele só pode estar lá!

— Me leve com você, preciso enfrentar aquele homem.

— É perigoso demais e você está grávida.

— Por favor, Aarón!

— Não posso te colocar em risco. — acariciou o rosto da amada. — Você está esperando o nosso presente e não posso permitir que esteja em perigo.

— Eu posso ser a isca perfeita para que a polícia invada o local e possa resgatar sua mãe.

— Mas se algo saísse errado você e o nosso bebê seriam prejudicados e isso não vou permitir.

— Mãe, o papai tem razão! — aproximou-se. — É melhor a senhora ficar aqui em segurança com a gente.

— Cuide da sua mãe e da sua avó Célia enquanto eu estiver fora para resgatar a sua avó Eugênia, filha. — beijou os cabelos dela.

— Pode deixar, pai.

— Logo estarei de volta, meu amor. — beijou a esposa e retirou-se.

— Fico com o coração na boca com o fato do Aarón ficar frente a frente com aquele homem. — levou a mão ao peito.

— Vai ficar tudo bem, mamãe. — abraçou-a.

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Eugênia estava assustada, pois o homem em sua frente não era nem sombra do Henrique com quem havia se casado e ela sabia que a qualquer momento Aarón apareceria com a polícia para salvá-la e que aconteceria um confronto.

— Por que está fazendo isso, Henrique? — perguntou com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu faço tudo errado e nunca quis chegar a esse ponto, queria ter tido um filho sangue do nosso sangue, Eugênia. — olhou nos olhos dela. — Meu amor por você nunca foi uma mentira.

— Então por que está fazendo tudo isso?

— Alguma coisa dentro de mim me faz ser assim.

— Henrique, eu sei que esse momento não é favorável para mim e que você pode me matar a qualquer momento, então acho que é a hora para te contar a verdade.