Capítulo XXIII

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Profundamente arrependido por não ter lutado mais pela esposa, além de não ter se dado conta de que algo estava errado, Aarón procurou a cunhada na esperança de que ela conseguisse ajudá-lo a localizar Julia.

— Por favor, me ajude a localizar a minha esposa, Dafne.

— Farei o possível!

— Vacilou em acreditar em uma imagem que muito provavelmente foi montada para te separar da Julia, irmão.

— Como assim?

— Seu pai adotivo é um lobo em pele de cordeiro.

— Acha que ele armou aquele teatro para que eu me separasse da minha esposa?

— Não acho, tenho certeza, pois até me chantageou quando esteve preso.

— Chantageou com o que?

— Com contar os meus crimes, pois ele estava de olho em mim desde o dia em que te entreguei para aquele lugar ilegal no qual ele foi com a esposa te adotar.

— Espera um pouco, ele era...

— Dono daquele lugar, mas não deixou rastros para o ligarem a isso e me ameaçou para não falar.

— Minha mãe Eugênia estava envolvida nisso também?

— Sua mãe adotiva é uma pessoa boa, o único defeito dela foi o medo de perder você.

— Estou em choque com essa revelação, mas nada mais me importa nesse momento além de encontrar a minha esposa que está grávida e a nossa filha.

— Você vai ser pai, Rón. — sorriu com a notícia.

— Vou, mas essa notícia não será feliz se eu não encontrar a minha amada e acompanhar a gravidez dela, tudo porque eu fui um idiota e um burro.

— Procure por ela com o coração e não com a razão, pois foi assim que encontrei a Dafne. — disse Pedro abraçado com a esposa.

— No que estiver ao meu alcance fazer, eu farei para ajudar vocês a ficarem juntos.

— Obrigado! — se retirou.

Em um episódio impulsivo, Aarón foi ao aeroporto e comprou uma passagem para o Brasil, pois sentiu no coração que sua amada pudesse estar lá, então foi até a casa da mãe biológica para falar com ela.

 Você vai ir para o Brasil?

— Vou, pois sinto que é lá que está a minha esposa.

— Nesse caso, eu vou com você!

— Mas a senhora tem medo de voar.

— E mesmo assim enfrentei esse medo para estar no seu casamento, então vou com você para o Brasil atrás da minha nora e dos meus netos.

— A senhora é a melhor mãe que existe. — abraçou-a.

— Tudo por você, filho! — correspondeu o abraço e beijou seus cabelos.

— Então partiremos amanhã mesmo e não descansarei até encontrar a minha esposa, já perdi minha primeira esposa e meu filho, mas não perderei minha nova família por burrice.

Aarón Del RealOnde histórias criam vida. Descubra agora