Capítulo II

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Pedro se sentia em um pesadelo ao ver a mulher com quem esteve se mudar para a sua casa com a filha que ele se recusava a reconhecer, ainda mais que uma semana após a mudança, Julia caiu de cama e recebia todas as atenções de Célia.

— Me perdoe pelo trabalho que estou lhe dando, pois estando de cama a senhora tem que cuidar de mim e buscar a Mi na escola todos os dias.

— Não é incômodo algum, pois você é a mãe da minha neta.

— Obrigada. — segurou a mão dela e sorriu.

— Agora precisarei dar uma saída para ir ao mercado, mas volto logo.

— Tudo bem, a minha princesinha vai cuidar de mim na sua ausência.

— Eu não demoro. — se retirou.

Assim que Célia saiu, Julia se sentiu mal e Mirela correu para ver se a mãe precisava de algo, o que fez Pedro ficar admirado, pois com tão pouco idade a menina já cuidava da mãe daquela maneira, então quando a pequena foi pegar algo Pedro entrou no quarto.

— Pedro! — disse ela sentando-se na cama com dificuldade.

— Ouvi que você está doente e vim ver como está.

— Desde quando você se preocupa comigo? Nem quando eu te liguei avisando que estava em trabalho de parto você se importou.

— Eu não sou um monstro, só não tenho tanta facilidade com sentimentos.

— Vou ser sincera, quando fico doente sempre penso na Mi, ela sempre contou só comigo e mesmo agora conhecendo a família paterna só confia em mim.

— Reparei na maneira como ela cuida de você.

— Sempre foi assim, quando ela estava com dois anos eu caí de cama e ela cuidava de mim, aquele toquinho de gente nem entendia nada de cuidar de doentes, mas cuidou de mim com tanto amor que me deu forças para me recuperar mais rápido.

— Acho que podemos tentar ser amigos.

— Não posso ser sua amiga, pois ainda te amo, Pedro.

— É só o que posso te oferecer. — se retirou bem na hora em que a filha voltava.

— O papai te fez alguma coisa, mamãe?

— Não, princesa. — sorriu tentando esconder sua tristeza.

— Mas a senhora está triste.

— É coisa de adulto.

— Então não quero nunca ser adulta. — abraçou a mãe com imensa tristeza por vê-la triste.

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Aarón acompanhado da noiva estava fazendo suas doações para as ONG's que ajudavam crianças e refugiados quando o destino se encarregou de colocar Pedro e ele no mesmo local, os deixando bem perto sem que se reconhecessem.

Aarón acompanhado da noiva estava fazendo suas doações para as ONG's que ajudavam crianças e refugiados quando o destino se encarregou de colocar Pedro e ele no mesmo local, os deixando bem perto sem que se reconhecessem

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Aarón Del RealOnde histórias criam vida. Descubra agora