Capítulo XI

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Ana estava animada com o casamento que se aproximava cada vez mais, como Ruan trabalhava dobrado para não deixar pendências que interferissem na Lua de Mel, quem a visitava todos os dias após o colégio era Inácio.

— Meu menino, veio me visitar. — se aproximou e beijou seus cabelos.

— Oi, Ana. — abraçou-a.

— Como está o seu pai?

— Bem, mas sentindo falta de passar tempo com você. — respondeu cabisbaixo.

— E com você está tudo bem? Te noto tristinho.

— Tem uma garota nova na minha turma e...

— E você gosta dela?

— Acertou em cheio.

— Se você gosta dela, então mostre o garoto incrível que é e ela vai se encantar.

— Você é a melhor. — sorriu.

— Ouvi uma voz diferente. — disse Célia se aproximando.

— Mãe, esse é o Inácio, o filho do Ruan.

— Que menino mais encantador. — olhou para Inácio.

— É um prazer, dona Célia. — beijou a mão dela.

— O prazer é todo meu, Inácio.

— Meu pai soube escolher, terá na vida dele duas belas mulheres. — disse olhando para Célia.

— Que encanto é o meu netinho postiço. — beijou seus cabelos.

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Mais uma vez Aarón visitava o filho na incubadora, mas dessa vez acompanhado da esposa que estava sentada em uma cadeira de rodas.

— Ele é tão pequeno e me parte o coração vê-lo ligado nesses aparelhos, Aarón. — derramou algumas lágrimas.

— Isso é temporário e logo ele estará com a gente. — abraçou a amada.

— Meu pequeno! — colocou a mão por fora da incubadora. — A mamãe está aqui e não vai te deixar.

— Seu papai também está aqui, filho.

— Sabia que encontraria vocês aqui. — disse Eugênia.

— Mãe, a senhora sabe o estado do meu filho? Se a senhora sabe nos diga e não esconda nada, por favor.

— Não vou mentir para vocês, o estado do meu neto é bem delicado, essa madrugada a pediatra e as enfermeiras ficaram atentas e ele teve uma pequena parada cardíaca, conseguiram reanimá-lo com muita dificuldade e se acontecer de novo poderá ser fatal.

— Nãooo! — encostou a cabeça no abdômen do marido e começou a chorar.

— Meu amor, vamos manter a nossa fé. — segurou a mão dela e beijou.

— O meu neto é forte e logo vai ir para casa com vocês.

— Isso é o que a Laura e eu mais desejamos, mãe. — olhou-a nos olhos segurando as lágrimas.

Aarón Del RealOnde histórias criam vida. Descubra agora