Capítulo VIII

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Eugênia não sabia como reagir quanto ao fato do marido estar preso por tentativa de homicídio, seu filho estar internado e a aproximação inevitável de Célia.

— Sogra, o que a senhora tem?

— Nada, apenas estou preocupada com o Aarón internado e o meu marido preso.

— O Aarón assinou a queixa contra o pai e está muito decepcionado pelo fato dele ter tentado matar uma pessoa.

— Eu não quero falar desse assunto, só quero ver o meu filho. — tentou entrar no quarto, mas foi impedida por Laura.

— O seu filho não quer lhe ver, pois disse que precisa de tempo para entender se o pai agiu sozinho ou se a senhora teve algo que ver com a tentativa de homícidio.

— Não tenho nenhum envolvimento na atitude do Henrique.

— Sinto muito! — entrou no quarto.

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Pedro ficou sabendo que tentaram matar sua mãe e ficou tomado pela raiva, pois não poderia fazer nada já que se fizesse seria preso.

— Não acredito que aqueles riquinhos tentaram matar a senhora, sendo que o seu trabalho era impecável, mãe. — disse furioso.

— Já aconteceu e não podemos mudar isso. — acariciou o rosto do filho tentando acalmá-lo.

— O que está acontecendo? — perguntou Julia ao chegar com a filha e ouvir a discussão.

— Nada.

— Vou levar a Mi para o quarto. — disse Ana já se retirando com a menina.

— Podem me contar o que houve? — tornou a perguntar preocupada.

— O marido da sua excelentíssima patroa tentou matar a minha mãe, Julia. — a encarou como se ela fosse culpada.

— O seu  Henrique fez isso?

— Aposto que você apoiou essa loucura dele e agora se faz de desentendida.

— Está me ofendendo, Pedro.

— Não me surpreenderia se fosse verdade, pois você até mesmo tentou me mandar para cadeia por eu não ter pago pensão para a menina nos últimos quatro anos e com isso conseguiu me tirar parte do que ganho.

— Que bom que não precisará me aguentar por mais tempo.

— O que quer dizer com isso?

— Consegui juntar dinheiro suficiente para alugar um apartamento para morar com a Mi.

— Pensei que nunca receberia essa notícia.

— Pedro! — repreendeu o filho.

— É verdade, ela e a menina eram intrusas aqui.

— Eu errei com você, deveria ter te levado em um psicólogo quando vi sua atitude com o Antônio.

— Nunca mais mencione o nome daquela peste, mãe.

— Cheguei ao meu limite e nunca pensei que teria de dizer isso. — respirou fundo. — Quero você fora dessa casa, Pedro.

— Que absurdo é esse agora?

— Você não respeita nada e nem ninguém.

— Ótimo! — disse irônico.

— Quando você tirar o gesso quero que vá embora. — foi para o quarto.

Aarón Del RealOnde histórias criam vida. Descubra agora