LIVRO 2
Seria possível o destino separar duas pessoas que já estavam destinadas a ficar juntas?
6 anos se passaram desde o último olhar, o último beijo e o último toque.. ambos caídos pela emboscada da vida trazendo em si caminhos diferentes e vida...
A jovem de cabelo preto se encontra deitada em uma cama de madeira, adormecida já com 22 anos. Os golpes que ela recebeu na área da cabeça a fez entrar em coma, desde os 18 sem abrir os olhos, sendo cuidada pela pessoa que a salvou.
O desaparecimento de Jennifer foi para os jornais e para a televisão, Daniel mandou buscas pela área que supostamente ela teria sumido e assim foi por 2 anos aproximadamente, mesmo os policiais terem parado com as buscas e os pais da jovem terem aceitado a realidade ele continuou, dia e noite, atento a qualquer ligação ou informação.
A pessoa que a salvou preferiu não levá-la para o hospital e nem para ele pelo fato de ter visto o momento exato que a empurraram no mar. Sentiu medo e com as notícias sobre o suposto "atentado" preferiu junto com uma senhora, que é médica cuida-la. Além de estar na cara que foi uma tentativa de homicídio.
Todos os dias a pessoa que a salvou penteava os seus lindos cabelos, fazia terapia em seu corpo, mexendo os seus braços, pernas, pescoço por ela estar a tanto tempo deitada, passava creme cicatrizante e lhe dava remédio, todos os dias de tarde se sentava ao seu lado para observá-la, já sem hematomas, o olho desinchado, os pontos cicatrizados, restando apenas a palidez e a perda de peso, apesar dela está nesta situação, ela continuava linda. Naquela época a garota estava irreconhecível quando a levou, o rosto todo machucado e inchado, a sua cabeça estava aberta pela qual teve que levar pontos igual que a sua barriga, a perda de sangue foi muita que tiveram que fazer transfusão de sangue que por incrível que pareça o seu sangue era compatível com o dela.
Todos os dias se questionava de como ela conseguiu sobreviver? Seria impossível e por algum milagre ela teve a sorte.
Foram longos meses que ela estava entre a vida e a morte, teve duas paradas respiratórias, em alguns momentos saia lágrimas de seus olhos que ele mesmo limpava, dava para perceber o seu corpo tenso apesar de estar inconsciente, por se alimentar só pelo soro foi perdendo peso, ficando bem magrinha..
Por quê? Por quê fizeram isso com ela?
A médica já não tinha esperança para ela, já levava dois anos desacordada e assim foi passando o tempo, três, quatro anos até que..
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JENNIFER BLAKE
Sinto o meu corpo leve, me sinto leve.
Escuto cantos dos pássaros e o calor de algo contra a minha pele, sinto á necessidade de abrir os olhos e assim o faço.
Abro os olhos bem devagar para imediatamente fechá-los por conta do Sol. Abro novamente tentando me acostumar e observo a minha volta.
Onde eu estou?
Tento me levantar mas me sinto muito fraca e desorientada, com dificuldade me sento na cama com a visão meio turva, fecho os olhos de novo e respiro fundo.
— Meu Deus!!
Escuto uma voz femenina e abro os olhos me deparando com uma senhora que me olha com os olhos arregalados para assim sair correndo me deixando confusa.
— Aí! - Falo tocando a minha cabeça ao sentir uma pontada.
Me levanto com dificuldade, dou alguns passos até a janela e me apoio, o vento fresco bate em meu rosto e observo a praia em minha frente, vejo alguns barcos de pescar e pessoas pescando.
Logo vejo a senhora correndo até um homem sem blusa, ele está em pé na beira da praia e joga uma rede no mar para assim se virar, eles dizem algo e logo o seu olhar cai sobre mim, ele vem correndo pra onde eu me encontro e eu me afasto da janela ao mesmo tempo que tento me lembrar de alguma coisa mas nada me vem em mente, sinto a minha pressão abaixar e as minhas pernas fraquejarem e alguém me segura evitando que eu caia.
— Você está bem?
Franzo o cenho confusa e aceno que sim sem eu ao menos saber se realmente me encontro bem. Nos encaramos e o observo, os seus olhos são azuis, sua pele é bronzeada e os seus braços são fortes.
— Melhor você se sentar..
Ele diz ao mesmo tempo que me carrega fazendo que os nossos rostos fiquem bem próximo, nos encaramos por alguns segundos até eu desviar o olhar. Ele me coloca delicadamente na cama e puxa uma cadeira se sentando bem na minha frente.
— Sabe como se chama? - Pergunta sem tirar os olhos de mim. Me sinto desorientada, não sei o que dizer e sinto receio.
Tento falar mas a minha garganta está muito seca, abro a boca várias vezes mas sinto dificuldade.
— A-água..
— Água? Sim, claro!
Ele se levanta rapidamente e vai até a mesa enquanto isso eu fico observando a sua costa bem trabalhada, observo os musculosos se marcando enquanto ele enche o copo e quando se vira paro de olhá-lo envergonhada.
— Aqui! - Fala me entregando o copo e eu bebo rápido.
— É compreensível que tenha medo, eu não lhe farei nenhum mal! Eu vou me apresentar.. Um prazer, eu me chamo Gabriel, Gabriel Donavan e você? - Faz uma pausa esperando pela minha resposta mas eu não sei o que responder e ele percebe a minha confusão e sem perceber eu começo a chorar.
— E-eu não sei.. - Respondo.
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