LIVRO 2
Seria possível o destino separar duas pessoas que já estavam destinadas a ficar juntas?
6 anos se passaram desde o último olhar, o último beijo e o último toque.. ambos caídos pela emboscada da vida trazendo em si caminhos diferentes e vida...
Passei a noite em claro pensando nas coisas e cheguei na conclusão de que não posso permitir, não posso permitir que ele volte pra minha vida, desligarei todas as minhas emoções e pensarei mais com a razão.
Preciso fugir daqui e para isso terei que usar ele. Se realmente ele estivesse mudado não teria feito o que fez comigo e com o Gabriel, teria tido outras atitudes em relação a mim.
Tenho que arrumar um jeito de sair daqui. Que comece o jogo.
UMA SEMANA DEPOIS..
O tempo passou e depois do ocorrido com ele eu fingi dureza nos seguintes dias para ele não desconfiar, agora eu estou mudando um pouco, sendo mais reflexível, ele continua dormindo comigo mas desde daquele dia não rolou nada, mesmo que no fundo eu sentisse aquela vontade por estar perto dele. Em algumas ocasiões eu tentei saber aonde estou e ele sempre mudava de tema ou me ignorava.
Daniel me convidou para jantar nos seguintes dias e eu aceitei, foi cavalheiro comigo ao ponto de puxar a cadeira para eu me sentar e de me dá a mão ao me levantar, mesmo eu me fazendo a difícil e a desinteressada, além de sempre vendar os meus olhos para eu não ver e não saber de nada ao me redor, me carregava até o carro, me colocava no copiloto e algemava a minhas mãos para eu não tirar a venda.
Hoje acordei impaciente e muito inquieta, preciso saber aonde estou.
Estamos tomando café da manhã em silêncio como sempre, ambos vestidos impecavelmente, sempre evitei bater papo com ele mas hoje será diferente.
Ele percebe a minha inquietação e alguns olhares que dou pra ele.
— O que foi?
— Onde eu estou? - Pergunto normal, ele me olha enquanto morde uma torrada.
— De novo com esse tema? Não te interessa. - Fala já de saco cheio.
— Eu quero saber.
Ele respira fundo, se encosta na cadeira e me olha sério.
— Eu já disse que não te interesa.
Me levanto bruscamente e vou até ele.
— Eu te odeio. - Falo apontando o dedo para ele e ele se levanta com raiva.
— Não me irrita, Jennifer!
— Eu te falo o mesmo, você não sabe do que eu sou capaz. - Digo com ódio.
Ele ri.
— Ah é? Do que você seria capaz? - Me desafia.
— De muitas coisas e você sabe ou você se esqueceu da brecha que eu te fiz na testa?
Ele quebra o espaço e segura o meu pescoço e me empurra até a parede.
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