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Felipe (FP)...

No ódio irmão, tô no ódio daquele filho da puta, ele acha mermo que me mandando pro Alemão vai me afastar da Gabi, coitado mal sabe ele que pra me afastar só depois que me por a 7 palmos de terra.

Sou sujeito homem porra, ela ama ele e eu respeito isso, não muda meu sentimento mas eu fico na minha, antes de qualquer sentimento vem a nossa amizade, e macho nem mulher nenhuma muda isso. Falcão vai é perder tudo se continuar nessa palhaçada, considerava pra caralho, brinco e tudo mas era meu irmão pô, não ia pegar a mulher do cara, sempre respeitei ela e não é agora que isso ia mudar, só não me afastei como ele pediu por que eu conheço aquele fudido, sabia que a qualquer momento ia fazer alguma merda, o cara é uma bomba relógio pô.

Só queria garantir que quando isso acontecesse ela tivesse alguém do lado, nem tava na maldade com a mina, mas o vacilão já veio fazendo merda, fui cobrado por paranoia da cabeça dele, por que nem fiz nada, amo ela e não escondo, se um dia ela me quiser tamo aí, mas em nenhum momento eu ia mexer com ela sendo que tava com o mano, sou talarico não, respeito acima de tudo.

Como se não fosse suficiente a surra que eu tomei, agora me vem com essa, me tirar do morro,é de fuder com vagabundo mermo viu, minha vontade era de dar uma bicuda naquele idiota pra vê se ele acorda.

Mas deixa, uma hora ele vai perceber as merda que tá fazendo, espero que não seja tarde demais.

Saio da boca puto menor, gosto dos cara do Alemão, mas aqui é minha casa né, não tem como gostar disso não pô. Vou descendo o morro em direção a minha casa devagar porque tô todo fudido, aguentando nada. Nem mexo com ninguém no caminho por que do jeito que tô aqui é capaz de mandar qualquer um ir pro inferno.

Abro a porta e vou entrando pra dentro indo na cozinha tomar uma água, deixo o copo encima da bancada e vou pro quarto arrumar meus bagulho, tenho até amanhã pra meter o pé.

Pego umas bolsas dentro do guarda roupa com um pouco de dificuldade por causa do braço quebrado mas consigo e vou pondo os bagulho, pego uma e afasto a cama da parede vendo meu cofre ali. Abro pondo a senha e pego a grana e os bagulho que tão lá jogando tudo dentro da bolsa de qualquer jeito. Depois de duas horas mais ou menos já tinha acabado e sento no chão cansado.

Pego o celular e vejo que já são oito da noite, o horário de visita já acabou mas como quem manda é nois, decido que vou fazer uma visita pra Gabi, a pra explicar que não vou mais morar aqui pra ela.

Levanto do chão e estico as costas sentindo a dor por ter ficado na mesma posição por muito tempo. Pego a toalha encima da cama e vou em direção ao banheiro tomar um banho naquele pique.

Tiro as roupas e entro no chuveiro pensando como minha vida tá dando uma volta de 360° de uma hora pra outra, depois de alguns minutos embaixo do chuveiro desligo o mesmo e pego a toalha me enxugando, enrolo na cintura e vou pro quarto vendo as coisas que deixei separadas em cima da cama.

Depois de arrumado, perfumado e alimentado, saio de casa pondo a glock na cintura e pegando a chave da minha moto, geralmente gosto de andar de pé mesmo mas hoje tô cansadão, nem rola.
Vou indo em direção ao postinho, tranquilo, busino pra quem meche comigo e vou descendo o morro na paz.

Entro pra dentro e nem me preocupo em falar com ninguém, sei que não tem maluco pra me barrar aqui, vou andando nos quartos e assim que acho o dela bato na porta, e entro chamando a atenção dela.

Eu: Boa noite _ falo me aproximando e reparo bem no narizinho e nos olhos vermelhos, sinal de que estava chorando muito _ Tu tava chorando? _ me sento na maca.

Morena: Tava, mas já passou _ responde com os olhos atentos nas mãos encima do seu colo sem me olhar.

Passo a mão pelos seus cabelos e ela fecha os olhos apreciando o carinho.

MORENA Onde histórias criam vida. Descubra agora