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Falcão _

Tô a um tempo aqui com os cara falando pra caralho no meu ouvido e não consegui prestar atenção em porra nenhuma, só consigo pensar na mínima possibilidade daquela miniatura de gente não ter me traído e aqueles bebês serem meus. Se isso aconteceu, eu fui um desgraçado fudido e não me interessa se é mãe do meu filho ou não, mas eu mato aquela puta da Yasmin.

Caralho não faz sentido nenhum essa porra, por que caralhos o Felipe ia assumir uma paternidade que não tem e ainda assumir ela como fiel sendo que se essa história for mentira eles não tem nada, não encaixa.

Ver ela só conseguiu me deixar mais confuso com essa história, o que ela falou tá martelando na minha cabeça, preciso tirar essa história a limpo logo.

Orelha: Tá viajando em irmão _ diz do meu lado. Olho para o rosto de expressão fechada do ruivo do meu lado notando uma pitada de curiosidade no seu olhar mas desvio do assunto não querendo falar sobre isso.

Eu: Mente a milhão _ digo me ajeitando na cadeira olhando ao redor vendo todos os sete homens distraídos nos seus próprios assuntos enquanto o Felipe me encara como se fosse me matar com os braços cruzados na altura do peito. Ele tá me olhando assim desde que chegou aqui depois de ter ido levar a morena em casa pelo que chegou no meu ouvido, e eu não tô gostando.

Já tô puto pra caralho com as várias possibilidades na mente e ele ficar me encarando desse jeito não tá me agradando, por que só a possibilidade disso ter acontecido e ele me fazer ter fama de corno e ter mandado a amizade que ele dizia ter lá pra casa do caralho já não me deixa bom com ele.

Eu vou atrás desse bagulho, quero saber Tim Tim por tim-tim, e dependendo das resposta ele vai ter que ter um motivo muito bom pra fazer o que fez.

Viro o rosto na direção do ruivo sentado do meu lado esquerdo com o olhar direto no PT com um semblante de raiva que não passa despercebido por mim.

Eu: Qual o problema? _ digo chamando sua atenção na minha direção e aponto com a cabeça pro PT distraído olhando alguma coisa lá em baixo.

Orelha: Esse pau no cú tá agindo pelas minhas costas _ diz sem desviar o olhar de ódio em direção ao outro.

Eu: Fez o que? _ pergunto pra ter uma noção se vou precisar interferir antes que dê problema pra mim.

Nesse momento não tô podendo ter briga no meio dos meus, preciso de todo mundo em sincronia pra resolver os b.o que tá batendo na porta. O que tiver acontecendo eles vão ter que dá jeito que fingir que tá tudo bem, quero saber de problema mais não.

Orelha: Tá mechendo com... _ é interrompido pelo sub dele que chega na nossa frente sorrindo.

Barão: O homem tá entrando no palco, vamos começar a reunião agora ou esperar mais um pouco? _ pergunta olhando diretamente pra mim.

O certo seria esperar o show acontecer um pouco primeiro e depois começar a reunião, mas eu tô com pressa pra sair daqui, ainda tenho que resolver outros assuntos e não tô com tempo pra tá perdendo. Tiro o celular do bolso vendo o horário e guardo de volta me levantando do lugar que estava fazendo o Orelha se levantar também ficando do meu lado.

Eu: Vamo começar logo com isso _ digo ajeitando o boné na cabeça e olhando pra entrada do camarote onde o Neguin continua na mesma postura. Percebe meu olhar e sustenta o seu esperando uma ordem, assinto com a cabeça e ele entende fazendo o que tem que fazer.

Começo a entrar no corredor mal iluminado do canto do camarote e entro na " sala de reunião" onde tem uma mesa no meio do cômodo, cadeiras em volta e dois sofás de três lugares espalhados pelo lugar.

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