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Falcão _

Deixo o copo de whisky no chão, ao lado da cadeira e a ruiva passa o braço pelo meu pescoço se ajeitando no meu colo puxando o tecido do vestido branco tentando tampar um pouco do decote , o que não adianta por que não tapou nada.

Respiro fundo tentando não surtar com o ódio que tô daquela filha da puta a poucos metros de mim a quase meia hora como se nada tivesse acontecido com aquela cara de sinica.

Eu: Levanta _ falo baixo no ouvido da ruiva e ela se levanta abaixando o vestido e eu me levanto da cadeira esticando as pernas. Olho pra minha direita um pouco mais no canto do camarote onde tá um dos meus seguranças atento a qualquer movimentação com o fuzil apontado pro chão e o radinho na cintura. Os outros três tão lá fora, um na escada subindo aqui pra cima, controlando quem entra e quem sai e os outros dois em volta do camarote.

Enfio a mão no bolso da bermuda pegando o baseado com o esqueiro e ascendo enquanto ando passando do lado dela e sentindo o perfume forte que exala ao redor dela. Sinto o olhar do FP em mim, provavelmente com medo que eu posso falar pra ela

Contiuo andando e paro na entrada do camarote parando perto do Neguin que olhava tudo atento .

Eu: Tudo tranquilo? _ pergunto.

Neguin: Por enquanto tudo suave patrão .

Olho ao redor e meu olhar para outra vez nela, o que mais chama a atenção é a barriga de grávida que até agora eu nem sabia, e isso tá me deixando incomodado pra caralho por que por mais que eu esteja ciente que muito provavelmente essa criança é do FP e eu não acredite em uma palavra que sai da boca dessa mentirosa, existe uma possibilidade dessa cria ser minha e só essa pequena possibilidade tá me deixando zonzo.

Depois de tudo que aconteceu é lógico que eu pediria um exame de DNA se ela falasse que a cria é minha, não confio nessa vagabunda. Mas provavelmente isso é só mais uma prova de que ela já me traía. Afinal de contas pra quem dizia gostar, foi bem rápida pra arrumar outro, até como fiel dele foi assumida.

Descobri a pilantragem dessa ordinária e ela foi logo procurar outro otario pra por no lugar. Só me arrependo de ter quase batido nela, mó covardia isso, sou contra essas ideia. Mesmo depois do que eu soube, tentei ir atrás pra entender a história, vê o lado dela. Mas quando soube que ele tinha assumido ela como fiel fiquei pocesso de raiva, larguei pra lá e segui minha vida como estava antes e nunca deveria ter mudado. Ele ainda é meu gerente mas nem tenho contato, o meu papo aqui é com o Orelha e só.

Apago o cigarro na grade de ferro da escada e guardo a ponta no bolso outra vez.

Neguin: Vai descer? _ aponta lá pra baixo com a cabeça e eu confirmo com um aceno _ Vou mandar pekeno e formiga ir contigo _ fala se afastando um pouco e pegando o rádio da cintura,dando as ordens, falando alto pelo barulho do som.

Sinto meu bolso vibrar e pego o celular vendo o nome da Yasmin na tela. Bufo rejeitando a ligação e mando uma mensagem.

Yasmin
Eu: Que foi?

Yasmin: Dá pra atender? preciso falar com tu cara.

Eu: É alguma coisa com o moleque? tô podendo falar não.

Yasmin: Me atende

Me afasto me encostando na grade pra responder ela, não suporto os surtos dessa maluca, sismou que agora vamos ser uma família feliz, ram só se eu fiquei doido da cabeça de sair de uma cilada pra entrar em outra.

Desvio o olhar do celular pro Neguin que voltou pro posto que tava no topo da escada e balança a cabeça na minha direção indicando que a contenção tava me aguardando descer.

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