Cap 19| Não use minha mente, use meu corpo.

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Deimos tomou a frente e foi rapidamente falar com Karina.
— Você é louca porra? — o mesmo estava extremamente estressado.
— Deimos, eu não queria fazer aquilo foi impulso sabe. — sua voz estava trêmula.
— Some da porra da minha vida, entendeu? — ele se aproximou e disse em um tom ameaçador.

Karina ficou em choque, parada. Deimos me puxou pelo braço e entramos para dentro do carro. Ele dirigia rápido e até fiquei com medo de que acontecesse um acidente.

— Você está indo muito rápido. — digo.
Ele solta um suspiro e passa a mão em sua testa, a velocidade do carro vai diminuindo.
— Olha obrigada pelo o que você fez lá. — o olho dando um leve sorriso.

— Você deveria ter me falado que iria se encontrar com ela. — seu rosto está sem expressão, fixado na estrada.
— Eu sei mas assim você não iria querer que eu fosse.
— Só não faça mais isso.
Apenas aceno com a cabeça.

Ao chegarmos em casa, me jogo no sofá pressionando minha cabeça contra a almofada, me senti frustada por ter tomado um tapa.
Lembro da manhã de hoje e vou até Deimos que está na cozinha. Quero questionar sobre seu sumiço.

— Ei. — digo autoritária. — Você some por dois dias e não da nenhuma explicação. Hoje procurei por você e não o encontrei, mas quando aquele cara assustador te chamou, você aparece do nada. Será que mereço uma explicação? — cruzo meus braços e levanto minhas sobrancelhas.

Ele solta seu lindo sorriso de canto e se aproxima de mim.
— Eu tive um pequeno problema na igreja, nada demais. Voltei de noite e você já estava dormindo, entrei no meu quarto e quando você entrou hoje de manhã eu estava pelado. Por isso não me viu, entrei no banheiro para me trocar.

Imagino essa cena claramente em minha cabeça e coro com isso. Me sinto um ser humano horrível.

— Entendi. — falo inocentemente olhando em seus olhos.

A tensão entre nós desde quando nos conhecemos é gigantesca. Sinto meu corpo responder a cada olhada dele sobre mim.
Estamos ficando cada vez mais próximos, é automático, não estamos nos forçando a nada. Meus olhos caminham sobre seu peitoral, seu rosto é a pura malícia. Não posso negar, a vontade que eu tenho é de ceder para ele é enorme, tenho certeza absoluta que seria maravilhoso.
Mordo meu lábio com tanta força que sinto o gosto metálico em minha boca.

Deimos leva sua mão ao meu queixo, segurando. Ele aproxima meu rosto do seu e da um leve beijo em meus lábios. Ao sentir aquilo não consegui me controlar e imagino que ele também não.

Nos beijamos, agora ferozmente. A necessidade em tê-lo falou mais alto que qualquer outra coisa. Suas mãos passam por minha cintura, apertando, passo meus dedos pelos seus cabelos e mãos bobas percorrem por todo o meu corpo. Deimos parece querer me possuir, suas mãos não tem controle.

Paramos para tomar ar, meu peito sobe e desce. A adrenalina percorre pelo meu corpo e foi apenas um beijo, não, não foi apenas um beijo, foi a melhor sensação que já senti até agora em toda a minha vida.

O olho pedindo mais, porém nós dois sabemos na onde isso nos levaria. Nossos lábios se encontram novamente, sua mão vai até a minha nuca enquanto sua língua agora se encontra em meu pescoço.
Começo a ficar ofegante e sinto algo estranho entre as pernas, não sou mais inocente e sei que estou morrendo de tesão. Deimos se pressiona contra mim e sinto o que deve ser sua parte íntima, tomo um leve susto, parece uma madeira.
Nos olhamos e seu olhar está tão malicioso quanto o meu.

Me afasto dele me recompondo, agora estou completamente envergonhada.
— Você sabe o que fez comigo? — ele diz arqueando a sobrancelha.
— Eu não fiz nada. — Tento disfarçar enquanto recupero meu fôlego.
— Está assim com um beijo, imagina se eu fizesse mais. — sua voz é sarcástica.
— Se eu fosse você não se acharia muito, duvido que seja isso tudo. — falo para o provocar.

— Tenho total confiança de que faria você implorar para parar. Se tem dúvidas deixe-me mostrar. — apenas suas palavras conseguem me causar uma sensação incomum.

— Quem sabe um dia, me prove que não quer apenas brincar comigo.

— Bom se você quer dizer brincar com seu emocional, não faria isso. Agora não posso te garantir que não sinto vontade em brincar com seu corpo... — ele me olha fixamente sorrindo, como se o que acabou de dizer não fosse nada.

— Então assume que quer brincar com meu corpo?
— Sim, mas se eu fizer isso não aceito que mais ninguém a toque. Odeio dividir, odeio que toquem no que eu quero. Faria você ser minha, não tem sentido brincar com seu emocional, sendo que tem o seu corpo para isso...

Amor diabólico by Cristini Onde histórias criam vida. Descubra agora