só pra mim ~ Robin Arellano

Isso tá ficando sério!

Hoje era sábado, um dia bom e ruim. Bom porque não tem aula, mas ruim porque é o dia que meu pai volta para casa. Ele trabalha em outra cidade e vem nos visitar no sábado e no domingo a noite ele volta para o trabalho.
Eu estava no meu quarto fazendo nada, até que eu escuto meu telefone tocar:
- Oi Max, é o Robin. - Robin
- Oi Robin, que bom que você me ligou eu ia te ligar agora mesmo para perguntar se você quer fazer alguma coisa? - Max
- Pode ser, você pode vir aqui em casa ou eu vou na sua. - Robin
- Qualquer coisa que seja fora da minha casa tá bom pra mim. - Max
- Por que? - Robin
- Porque meu pai chega de viajem hoje e sinceramente eu não quero ficar muito tempo com ele. - Max
- Ok, então vem para a minha casa que a gente decide oque vamos fazer aqui. - Robin
- Max! Vamos descer, o pai chegou. - Vance
- Robin, du tenho que desligar meu pai chegou, mas eu vou sim para a sua casa. - Max
- Ok, te espero aqui. - Robin
Eu e Vance descemos e fomos até a porta e como sempre nosso pai chegou bravo e cansado do trabalho.
Ele deu um abraço em mim e no Vance e já foi se jogar no sofá para assistir tv e tomar cerveja. Vance também não gostava de ficar em casa quando o nosso pai estava aqui, mas ele não queria sair de casa e me deixar sozinha com ele, já que Vance sabia o quanto ele era violento (principalmente depois que ele bebe).
- Max, eu vou sair com uns amigos, mas eu não quero que você fique sozinha com ele. - Max
- Tudo bem eu também vou sair já já.  - Max
- Para onde você vai? - Vance
- Eu vou na casa do... da Gwen.- Max
- Ok, então eu já vou. - Vance
- Tá bom, tchau! - Max
- Ah Max, mais uma coisa, eu quero que volte para casa depois de mim, para você não ficar sozinha com ele. Então volta umas 20 hrs ok. - Vance
- Tá bom. - Max
Depois de uns 20 minutos que o Vance saiu, eu fiquei pronta e já fui correndo para a casa do Robin, mas quando eu estava passando pela sala, meu pai me chamou.
- Max! - Meu pai disse enquanto eu tentava passar despercebida
- Oi pai. - Max
- Eu quero que você volte para casa para casa umas 18 horas, para você cozinhar a janta para mim. - Meu pai disse sem nem olhar para a minha cara.
- Mas o Vence disse que eu podia ficar até as 20... - Não consegui terminar de falar com o grito que o meu pai deu.
- Não importa oque o Vance disse, ele não é o seu pai. Eu sou, por tanto você tem que me obedecer. E 9 horas da noite não é hora de uma menina ficar andando no meio da rua, a não ser que você queira ser uma vagabunda igual a sua mãe. Agora vai pode ir. - Meu pai disse e fez um sinal com a mão para eu sair da sala.
Eu sai da casa e comecei a chorar no meio da rua. Como o casa do Robin era no mesmo quarteirão que a minha, eu decidi sentar no chão na frente da casa dele e esperar até eu parar de chorar para entrar. Até que eu ouvi uma voz atrás de mim.
- Max! O que você tá fazendo ai? Você não quer entrar? - Robin
- Oi Robin, eu já ia entrar. - Eu disse enxugando as lagrimas do meu rosto
- Por que você tá chorando? - Robin
- Eu briguei com o meu pai, ou melhor, ele brigou comigo. - Max
- Por que? - Robin
- Porque o Vance disse que era para eu voltar voltar para casa as 9 da noite, pois ele não queria que eu ficasse sozinha com o meu pai e nesse horário ele já estaria em casa. Mas na hora que eu estava saindo de casa para te encontrar, ele disse que era para eu voltar para casa as 6 hrs para eu fazer o jantar para ele. Dai eu disse que o Vance tinha deixado eu ficar até mais tarde e ele começou a me xingar e ele xingou a minha mãe. Ele pode falar oque ele quiser de mim, menos da minha mãe, ela já tá morta, nem tem como se defender! - Max
- Olha Max, se você quiser, eu posso voltar para casa com você, para você não ter que ficar sozinha com ele. Dai eu te ajudo a cozinhar, vai ser divertido. - Robin
- Você faria isso por mim? - Max
- Claro que sim. Max, você é a menina... - Robin
- A menina? - Max
- Mais incrível e bonita que eu já vi na vida. Eu amo passar meu tempo com você, seja no estacionamento de uma sorveteria brigando com meninos ou cozinhando para o seu pai maluco. Eu gosto de você Max e eu queria saber se você também gosta de mim desse jeito? - Robin
Eu não podia acreditar que o Arellano estava falando isso para mim, eu fiquei tão chocada, que nem sabia como responder, eu estava com medo de falar alguma coisa que pudesse estragar aquele clima incrível. Como eu não sou boa com palavras, resolvi responder sua pergunta com um beijo.
Meu Deus, aquele era o melhor momento da minha vida. Nós ficamos ali por alguns segundos, até ouvir o tio dele saindo da casa e olhando para a gente.
Eu estava com muita vergonha, nem sabia com que cara eu iria olhar para o tio dele de novo. Estava tão vermelha parecia um pimentão e meu rosto queimava muito. Não sei porque, mas em algumas situações, essas coisas acontecem comigo m.
- Tio, a gente só tava... - Robin
- Tá tudo bem, eu peço desculpas por ter interrompido, eu só vim ver se tava tudo bem porque você saiu e não voltou mais. Mas agora eu vi, tá tudo bem. - O Tio dele disse e entrou na casa, eu acho que ele estava com mais vergonha de ter interrompido nosso beijo do que eu que beijei o Robin.
- Eu espero que eu tenha conseguido responder a sua pergunta. - Max
- É, você conseguiu! - Quando Robin disse isso nós começamos a rir muito.
Depois disso nós entramos na casa dele e fomos assistir um filme de terror na sala.