13.

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- Até amanhã Suga!

- Até!

Koshi acena para Daichi ao se separarem no caminho de volta para suas casas. Ao ver o capitão sumindo no final da rua, o sorriso que vinha sustentando até agora caiu. Andando meio sem rumo, Sugawara acaba parando em uma pracinha de seu bairro, a qual frequentava desde criancinha.

Um vento fraco fazia os balanços antigos rangerem no movimento vai em vem, a luz alaranjada do por do sol fazendo a areia no chão do parquinho infantil cintilar.

Jogando a mochila no chão ao lado da estrutura do brinquedo, Sugawara larga o corpo em um dos balanços, um suspiro pesado escapando entre os lábios. De costas para o sol, o garoto observa sua sombra na areia, afundando a ponta dos tênis nos grãos amarelos.

Como em um instinto, Koshi pega o celular no bolso e abre em seus contatos, deslizando os dedos enquanto tentava clarear a visão embaçada pelas lágrimas para ler o nome dos contatos. Quando finalmente clicou em um, demorou apenas dois toques para a voz conhecida atender do outro lado.

- É bom que alguém tenha morrido Koshi.

A voz falava com uma leve raiva. Essa reação era normal, Suga sabia que o amigo odiava receber ligações.

O garoto tentou abrir a boca para falar, mas tudo que saiu foi um soluço estrangulado, o choro finalmente vencendo e as lágrimas escorrendo sem controle pelo seu rosto.

Um silêncio se instaura no celular, parecendo durar um século.

- Onde você tá? - A voz suaviza, esboçando uma clara preocupação. - No parquinho? Estou indo para aí.

Koshi não fala nada, apenas afasta o celular da orelha quando o amigo desliga, e volta a encarar sua sombra na areia.

  - Presente

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- Presente.

Uma sacola de mercadinho caiu no colo de Sugawara, que levanta a cabeça e inclina para trás para ver a pessoa atrás de si, que tinha se aproximado sem que ele escutasse.

- Ei, Tooru.

A voz embargada de Koshi sai baixinho, e Oikawa arrasta o dedão pelo rosto do amigo para secar as lágrimas que escorriam. Em silêncio, ele senta no balanço ao lado do de Sugawara.

No momento que o garoto foi abrir a sacola as luzes dos postes da pracinha se acendem, fazendo o levantador piscar para ajustar sua visão a nova claridade. O sol tinha acabado de se por, uns últimos raios alaranjados chegando até as costas da dupla.

Oikawa balança levemente enquanto o amigo vasculha o conteúdo da sacola em silêncio. Quando ele vê o que tem dentro, Koshi abre um leve sorrisinho.

Ele não consegue evitar lembrar as cenas das séries norte-americanas, que ele assistia com seu irmão, em que os personagens choravam pelo coração partido e iam encher a cara para superar. Porém Oikawa não bebia, já que além de ser menor de idade, acreditava que o álcool poderia prejudicar sua saúde e colocar em risco seu futuro enquanto jogador profissional.

Before it's too late ★ DaiSugaOnde histórias criam vida. Descubra agora