red (🏳️‍🌈⃤ 002)

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Sadie estava em suas férias e agora dirigia um Maserati vermelho lembrando de quando rodava a cidade junto de Celia, ela estava sentindo falta do vento nos cabelos e da paixão vermelho ardente que elas viveram, e não esperavam que acabasse como um voo em queda livre.

E agora, o sentimento que rondava elas era azul, Sadie ter perdido Celia foi azul e ela sentiu que não conhecia mais a mesma, o outono foi embora e o inverno chegou, Sadie tentava esquecer ela, mas vinham imagens cinza em sua mente, ela não poderia esquecer, porque amar ela era vermelho.

As férias uma hora iam acabar, e Sadie não poderia passar o inverno inteiro frequentando bares procurando um vinho tão bom quanto o que elas tomaram em sua primeira noite juntas, ou o vinho que Celia comprou para o seu primeiro encontro, e até mesmo o vinho que a ruiva havia jogando em Sadie no término.

Agora Celia estava do outro lado do Atlântico, ela estava em Paris ouvindo as músicas que havia escutado com Sadie em sua primeira tarde juntas, ela não acreditava que tinha conseguido perder um amor tão forte e desejava nunca ter encontrado Sadie se era para perde-la.

— Celia, o inverno vai acabar, daqui a 3 dias você tem que voltar para Nova York — disse Rory, sua amiga de infância enquanto Celia tomava um café. — Com tudo que você me contou, não acho que o amor esteja morto, a guerra não está perdida.

— Acho que ela não me quer de volta, eu não deveria ter dito nada daquilo, eu deveria ter tentado me aproximar mais.

— Você não vai saber se não tentar.

Ela realmente estava se sentindo cinza de tanta saudade que sentia de sua ex namorada, ela precisava se sentir vermelho novamente.

Rory estava certa, ela se despediu da amiga e entrou no avião, ela iria reconquistar Sadie e não a perderia novamente, pelo menos era o plano.

As horas no avião pareciam não acabar nunca, ela não conseguiu dormir e nem comer até chegar em Nova York. Assim que saiu do aeroporto viu um Maserati vermelho passando.
Sadie.
Sadie estava passando e isso não era coincidência.
Ela correu para a rua e parou na frente do carro e Sadie freou apavorada.

— CELIA? — A ruiva não sabia o que falar, o amor de sua vida estava na sua frente e ela paralisou.

— Me desculpa — ela disse na janela do carro. — Me desculpa por ter gritado com você, me desculpa por ter jogado vinho em você, me desculpa por não ter ouvido você, me desculpa por ter fugido para França e me desculpa por me jogar na frente do seu carro.

— Aí meu Deus, entra sua maluca — Sadie estava rindo mas não era uma risada tranquila. — Me desculpa por ter deixado você ir embora.

— Me desculpa por ter ido embora. — Disse Celia entrando carro.

— Acho que esse é o começo de algo novo.

— Você fez referência para high school musical? Meu Deus, por que você nunca me disse que gostava? Já podemos nos casar.

— Senti falta disso. - Disse Sadie rindo, de verdade dessa vez.

— Eu também.

Elas se beijaram e elas sentiram novamente o vermelho ardente que elas tanto sentiram falta, o amor não era bordô, nem azul e nem cinza, ele era um arco-íris indomável. E o segundo trimestre estava só começando.
O outono foi embora com suas folhas e o inverno não era para sempre, mas elas tinham uma chance de brilhar na primavera.

Elas foram para o seu primeiro encontro depois do retorno do namoro, elas compraram maçã do amor para que dessa vez fosse eterno e não tivesse um fim cruel.
E Nova York estava ajudando elas a retornar com a magia que elas estavam reerguendo. Sadie nunca havia se sentido assim e Celia não se sentia assim há muito tempo.

Mas agora elas estavam unidas, andando pelo campus da NYU de mãos dadas, e dessa vez nada separaria elas.

contos inspirados nas músicas da Taylor Swift Onde histórias criam vida. Descubra agora