lover

39 2 9
                                    


1° de dezembro. Melhor época do ano, o natal está chegando, luzes, mesa cheia de comida, presentes e beijos quentes.
Estou na sala de estar pendurando os piscas-piscas na parede até que minha namorada, Anne, me abraça por trás e beija minha bochecha.

— Acho que deveríamos deixar nossas luzes de natal acesas até janeiro. — ela diz ainda abraçada em mim.
 
— Tem razão, nós mandamos aqui, somos as presidentes da nossa casa. — falo me virando para ela.

— Na verdade, você está mais para minha rainha. — ela pega um enfeite de coroa na árvore e coloca na minha cabeça e eu rio dando um selinho nela.

— Sabe que eu sou contra a monarquia. — falo em resposta.

— Então me considere uma princesa de coração quebrado. — ela coloca a mão virada na testa fazendo drama.

Eu te conheço há 20 segundos ou 20 anos? — pergunto colocando as mãos em sua cintura.

— Há 3 anos, meu amor.

E ela me beija, um beijo suave e doce como os bolos de chuva que comemos no inverno.
  
— Não acredito que a gente enrolou até a véspera, mas eu vou ao mercado comprar mais comida para a ceia. — aviso pegando minha ecobag que está escrita:
"books, not guns.
culture, not violence."

— Posso ir com você? Se nossos amigos chegarem, eles podem dormir na sala de estar mesmo. — a loira me pergunta, adoro o fato de ela ser loira e mesmo assim ter sardinhas.

Nós damos as mãos e a mão dela está gelada enquanto a minha está quentinha, quente como os três verões que passamos juntas e agora temos nossa própria casa só esperando o casamento.
Se tudo der certo, logo depois do ano novo eu vou aceitar essa mulher magnética no altar.
Compramos vários doces no mercado e tentamos não comer enquanto fazemos os biscoitos de chocolate, baunilha e morango, a tarde vai passando com guerras de farinha e beijos açucarados, o natal é realmente mágico.

A campainha toca, nossos amigos chegaram, eu estou usando um vestido vermelho que realça minha pele negra, enquanto Anne usa um vestido azul marinho, não acho que azul e vermelho combine, mas essa noite, essas cores combinam porque são nossas.
A noite passa magicamente rápido, temos a troca de presentes, as declarações dos nossos amigo levemente bêbados de vinho e champagne, às 2 da manhã eles vão embora e nós trocamos de roupa para dormir.

— Feliz natal, meu amor. — eu digo deitada passando os dedos em seu cabelo.

— Feliz natal, amor da minha vida. — ela diz me dando um selinho quente, apesar de sua pele estar fria.

Eu tenho tanta sorte de ter ela, é como se eu não precisasse mais me preocupar com nada, eu só quero passar mais de 20 anos ao lado dela, eu quero passar a eternidade pertinho dela.

E eu vou, estamos em maio, 5 meses depois do nosso natal mágico, vamos nos casar, estamos nos casando. É para valer, vou ficar para sempre com essa mulher incrível, que está belíssima em seu vestido branco ao meu lado.

— Senhoras e senhores, por favor se levantem — a cerimonialista toma fala. — Chegou a hora dos votos.

— Passamos por tanto até chegar aqui, e com cada cicatriz de violão que eu tenho na minha mão de tanto escrever músicas sobre você — eu estou nervosa pra cacete, mas eu começo os votos. — Eu aceito essa força magnética como a mulher da minha vida.

O meu coração foi roubado e o seu esteve azul por muito tempo, mas tudo acaba bem se acabar com você — é a vez de Anne falar, e Deus eu não sei quem está chorando mais. — E eu prometo ser dramaticamente honesta com o meu amor.

E ela me beija, como eu amo os beijos dela, mas eu a amo muito mais, e esse é só o começo.

contos inspirados nas músicas da Taylor Swift Onde histórias criam vida. Descubra agora