A primavera havia chegado e os dias ensolarados também para a felicidade de Sadie e Celia, elas se arrependeram de dizer adeus no ano passado, e agora elas diriam toda a verdade sem ir embora.
Elas não pensavam em mais nada além de uma a outra, era diferente do que a paixão de início de ano letivo que elas haviam sentido, agora era definitivo.E para Celia isso significava acordar de uma escuridão de 20 anos, ela havia tido um namorado com quem ela pensou ter tido um amor dourado, mas aquilo era tudo, menos dourado.
Elas estavam no dormitório de Sadie com os incensos novamente, a fumaça nada natural que elas adoravam, Celia passou os braços na cintura de Sadie e sussurrou em seu ouvido:
— Quero ficar aqui para sempre.
— Eu também, mas é sábado e eu acho que nós merecemos um encontro em long Island — disse Sadie balançando as chaves do carro. — Não merecemos?
— É claro que merecemos.
E elas correram pelos alojamentos como adolescentes felizes e apaixonadas como se tivessem o mundo nas mãos, mas elas tinham algo melhor, um amor muito maior que um amor de outono ou um amor de primavera, era um amor dourado.
Elas entraram no Maserati vermelho e elas perceberam que já saíram e voltaram de Nova York tantas vezes, e elas podiam sair quantas vezes quisessem da cidade, elas ainda dividiam uma cama e um teto, mesmo que fosse propriedade da NYU.
— Sabe, quando eu achei que estava tudo perdido, eu via tudo em preto e branco, mas aí eu encontrei o vermelho. — Disse Sadie já fora do carro colocando a canga na areia de Long Island.
— Já eu achei que o nosso amor era vermelho, mas ele brilha em dourado, nós somos mais que um fogo ardente, somos um amor caloroso. — Disse Celia se deitando.
— Eu não sei o que tinha dado na gente, você é um conforto e um lar para mim, eu não sei como eu me permitir te perder, você é a definição do amor da minha vida, eu amo você, Cece. Eu não imagino mais ninguém na minha vida que não você, você é o sol da minha vida e eu acredito que você brilha mais do que ele.
— E eu não sei como eu fugi para Paris sem pensar no que eu estava deixando para trás, você é a minha estrela do norte, você guia todos os meus pensamentos, você é a dona dos meus sentimentos e eu também não imagino meus dias sem você, eu te amo, Sadie.
Elas se beijaram calorosamente e pela primeira vez, os lábios não tinham mais gosto de vinho, apenas de lar, os corações delas ainda batiam vermelho vivo, mas suas almas estavam tão douradas que estavam radiantes, Nova York fez magia no coração de uma francesa de coração partido, e agora ela estava beijando seu mundo inteiro, Sadie para Celia era tudo, tudo de bom que ela poderia encontrar em sua vida.
— Você é tão perfeita que as vezes eu acho que não é real — disse Celia saindo do beijo e levando um beliscão de Sadie. — Eu te elogio e você me maltrata?
— Você não está sonhando, Cece, você poderia me desculpar me deixando conhecer Paris nas férias de verão? — Sadie acariciava a bochecha de Celia. — Você já conhece a minha cidade inteira, acho que eu mereço conhecer uma parte do seu mundinho.
— Você é o meu mundo, amor, e eu te levo se você souber falar alguma coisa em francês. — Disse Celia rindo.
— Je t'aime, Mon Amour. — Disse Sadie com sotaque e colocando a mão na testa e depois beijando a mão de Celia.
— Se safou, te amo, falsa francesa.
— Também te amo, princesa francesa.
Elas voltaram para a estrada e tinham essa rotina de encontros no fim de Nova York e beijos doces, e seguiram assim até o fim da estação, quando o semestre acabou, Celia cumpriu sua promessa e estava levando Sadie para o aeroporto.
— Se eu infartar no meio do vôo eu não vou entender muito bem. — Disse Sadie.
— Você que deu a idéia, e nós vamos até o fim, quero te mostrar a torre Eiffel.
— Aí meu Deus.
O vôo foi tranquilo para a sorte delas, Sadie estava tão nervosa que mal conseguiu aproveitar a vista. Quando elas chegaram no aeroporto Rory estava esperando elas e as abraçou.
— É um prazer te conhecer, ficar ouvindo essa garota o natal inteiro falando que estava com saudades de você me custou boas seções de terapia. — Disse Rory rindo para Sadie.
— Ah eu acredito, não vive sem mim, sabia que ela se jogou na frente do meu carro?
— Foi o destino, tá bom? E você também não vive sem mim, não me culpe por ser uma romântica desgovernada!
Rory riu tanto que ate chorou, Sadie acreditou que era patológico dos franceses, elas foram até a casa de Rory e Sadie ficou no quarto de hóspedes com Celia.
— Países diferentes, mesma cama - disse Sadie se deitando. - Algumas coisas nunca mudam.
— É, só queria que meus pais me acolhessem tanto quanto Rory, eu me "assumi" bissexual para eles no natal, e eu não tenho mais casa desde então, tipo, eu tenho 20 anos, eles realmente se importam se eu gosto de mulheres ou de homens?
— Ah meu amor, sinto muito por isso — Sadie abraçou Celia formando uma conchinha. — Eles não te merecem, não sabem o que estão perdendo. Digo por experiência própria.
— Obrigada por ficar comigo, eu te amo. — disse Celia retribuindo o abraço.
— Eu te amo demais — e então Sadie afrouxou um pouco o abraço e disse: — 'Tá afim de fazer uma loucura?
— Que tipo de loucura?
— Lembra que você disse que queria me levar para conhecer a torre Eiffel?
— Mas são tipo 2 da manhã. Como vamos fazer isso?
— Só vem.
E então elas saíram no meio da madrugada de mãos dadas em direção ao Champ Mars e estavam prestes a invadir a torre Eiffel.
Elas subiram até o último andar e ficaram olhando para a vista.— Esse é o melhor dia da minha vida — disse Sadie parando de olhar para a cidade das luzes e olhando nos olhos da namorada. — E que bom que eu estou aqui com você.
— Sempre quis invadir a torre Eiffel — Celia deu um selinho em Sadie. -— E que bom que você me incentivou.
Celia segurou a cintura de Sadie e a puxou para um beijo apaixonado em meio as luzes douradas de Paris, o amor definitivamente havia se tornado dourado.
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contos inspirados nas músicas da Taylor Swift
Short StoryQue a Taylor é uma poeta a gente já sabe, mas as músicas dela tem um toque completamente especial na minha vida, e eu decidi escrever contos sobre as músicas dela.