Rubi

Capítulo 7

voltei minha gente, aconteceram muitas coisas porem o importante que não desisti e vou continuar escrevendo, espero que gostem. boa leitura!

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Rubi

Acho que pelas minhas contas já se passaram mais de 24 horas que estou neste lugar, ouso apenas algumas vozes do lado de fora, talvez possa ser a troca de turno deles, não sei. Vejo apenas sombras passando pela fresta da porta a cada dez minutos, cansada de ficar sentada no colchão, me levanto e fico andando por cada espaço pequeno desse quarto, respirando fundo, tentando simplesmente não surtar. Por um momento tento entender o que esta acontecendo comigo mas não tenho respostas, tento encontrar um motivo, algo que me faça entender essa situação porem todas me levam para o começo, o começo do nada.

- AAAAAAAAAAA, me tirem daqui. – grito em plenos pulmões, não aguentando mais ficar aqui.

- calada – um dos homens lá fora me responde. – não vou chorar mais, eu preciso agir, eu preciso sair daqui. Meu pai, minha amiga, a margarida estão me esperando e preocupados com o meu sumiço. A porta abre em um estrondo, tomo um justo e olho para a porta.

- olá passarinho, como você é barulhenta.

- quem é você? O que você quer?- falo me afastando para trás.

- sei que você está entediada e vim ajuda-la com o tedio. – ele apenas encosta a porta e começa a tirar a gravata. Engulo em seco e o medo toma conta de mim, quando percebo a real intensão dele.

- fique longe de mim, não dê mais um passo.

- qual é passarinho, eu vou ajuda-la.

- não... me solta seu verme – ele segura meus braços, apenas com uma mão e a outra tenta tirar o meu vestido.

- NÃO, me solte. PARE, por favor! PARE. – mordo o pulso dele com força e é quando ele me solta.

- AI sua puta – levo um grande tapa no rosto – isso é para você aprender sua piranha, tentei ser gentil, mas as boas maneiras acabaram.

Ele me pega com força pelo braço e acaba rasgando o lado direito do meu vestido ate a cintura e caio no colchão com esse verme em cima de mim.

- SOCORRO, por favor! SOCORRO

- cale a boca sua puta quanto menos você reclamar mais rápido vai acabar. – tudo foi questão de segundos, o monstro que estava em cima de mim, estava do outro lado do quarto com o nariz sangrando, levanto rápido e corro para o canto da parede tremendo, tentando me cobrir o máximo que conseguia. Não ousei olhar mais para o verme que estava sangrando.

- seu desgraçado, já falei para não fazer isso de novo. Quantas vezes tenho que repetir? – essa voz não conhecia, uma voz grave, mas não olhei para saber o dono dela.

- qual é bass, estava tentando me divertir

- vá para o bordel seu verme, saia daqui antes que eu mesmo mate você.

- você não é o líder aqui sabia?

- sou o braço direito do Léo, e mando em você seu desgraçado, e já mandei você sair daqui, quer outro soco nessa sua cara feia?

Levanto minha cabeça e olho para a porta e vejo ela sendo fechada e vejo apenas um Homem alto de cabelos negros comprido de costas com uma camisa cinza saindo da minha visão e quando olho para mim, estou coberta por uma jaqueta preta de motoqueiro, estava tão assustada que não percebi quem colocou essa jaqueta sobre mim. Passei a noite em claro com medo que aquele verme ou mais alguém pudesse vim novamente, mas ao mesmo tempo querendo saber o rosto daquele homem, será que a jaqueta foi dele? Foi ele que bateu no monstro? Foi ele que me livrou do mal? . Não importa, serei eternamente grata a ele, foi uma situação terrível que jamais quero passar novamente, me sinto suja. Tenho medo ate de fechar os olhos, quando faço isso me vem na memoria das mãos do verme sobre mim, só sei de uma coisa, eu preciso urgentemente sair desse lugar. Passei o resto do dia tentando me recompor, chegando a noite, fico atenta pela troca de guarda e realmente são dez minutos de espera e será nesse tempo que irei fugir. Solto o resto do meu cabelo preso e pego o grampo, coloco o grampo na tranca da porta e empurro para a esquerda, introduzo o segundo grampo na parte inferior da fechadura, ao pressionar o grampo com os dedos firmemente para baixo, ouço um clique, não acreditando que realmente deu certo, abro a porta e percebo que funcionou, olho para os lados e o corredor esta vazio, fecho a porta, talvez assim eles não perceba que fugi logo. Tenho poucos minutos e corro, sem direção, tomando cuidado para não ser vista, graças a Deus a casa é pequena e já vejo a entrada da casa.