Capítulo XIII - Aquele em que Dean a convida para sair

28 3 8
                                    

    Dean assemelhou-se a um felino assustado em meio a uma estrada de carros que ultrapassavam o limite de velocidade, isso após Ameer lhe contar o que havia acontecido enquanto estava presa em outro plano que não fosse aquele. A morena perdeu a contagem de quantas vezes Dean esfregou o próprio rosto de cima abaixo, suspirando pesado. Era quase certo que ele não se deleitaria em sono, e assim sucedeu a noite, essa pouco convidativa a admirar a vista pela falta de lua no céu, após ele ter garantido a Ameer que conversariam quando amanhecesse.

    E amaldiçoado como aquelas famílias, o sol reerguia-se posto uma nova manhã calorosa em ardor, que adentrou a ventana do quarto de Ameer, elevando a seda da cortina que poderia se romper por pouco. Em outro quarto, o corpo de Dean se elevou a frente, despertando espantado, sentenciando que todas as cenas que lhe passaram em sono não eram reais.

    Ao descer as escadas, fazendo pausas em cada degrau, o Winchester mais velho notou ter sido o último a sair do leito. Ele vestia uma camiseta verde, calça jeans azul e botinas marrons calçavam os pés. Ameer se entretia por demais com as propriedades das ervas que Bobby explicava a ela para lhe dar atenção, e Samuel, como quem não havia o que fazer, não por não haver mas por não ser deixado ajudar, os assistia enquanto procurava por um caso que poderia ser o que precisavam, uma sereia.

    — Bom dia, raio de sol! — Disse Sam vendo os olhos apertados de Dean.

    Como comumente fazia ao acordar, Dean não o deu importância, sequer resmungou. Ele procurava por café na cozinha, o que todos souberam pelo barulho dos utensílios sendo revirados. Ao voltar com a caneca cheia, Robert prontamente o encarou.

    — Ela nos contou sobre o que disse a você do que aconteceu enquanto esteve presa pelos djinn. — O bom velho saiu detrás de sua mesa, parte de uma bagunça organizada, apoiando-se nela.

    — E o que acham? — A voz do loiro era rouca, o que fez Ameer estremecer e se encolher na cadeira que estava sentada.

    — Se possuem demônios atrás dessa menina e do Sam, significa que eles estão ligados de alguma forma, e não muito boa, eu presumo. — O homem alertou. — Acho que estamos com problemas, filho, e o nosso amigo anjo também.

    — Eu estava pensando... Existe alguma forma de alguém manter o Castiel preso? Não tenho outra explicação para que ele tenha conseguido falar com a Ameer, ainda mais dentro de um poder controlado por outra criatura. — Sam constatou. — Ele disse mais alguma coisa?

    — Apenas que deveria confiar nele e em vocês. — Ela fechou os livros a sua frente. — Mas ele desapareceu como se sentisse dores, então acho que pode estar certo.

    — É possível, pensei na mesma coisa. — Dean movimentou a caneca em sua mão para beber o que tinha em uma única golada. — Não sei como podemos acha-lo.

    — Acho que não podemos, filho, mas coisas virão atrás desses dois, talvez dê para tirar alguma informação desses desgraçados. — Bobby ajeitou o boné na cabeça, tomando uma bolsa, a pondo nos ombros. — Tirem o dia para ensinar a ela a como se proteger dessas criaturas.

    — Aonde vai? — Dean o olhava curioso.

    — Enquanto vocês brincavam de terra encantada com fadas e purpurina rosa, meu rapaz, eu andei pesquisando e encontrei dois casos que se assemelham ao ataque que Ameer sofreu. Não estou muito confiante sobre, mas vou conferir.

    — E vai sozinho? Não precisa de ajuda? — Ameer levantou-se, parecia tensa. — Quer dizer, você leu o artigo, certo?

    — Sim, eu o li, mas está tudo bem, menina. Eu devo isso ao seu pai. — Ele sorriu, tocando o assoalho da porta. — Fique e tente não matar meus meninos.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 15, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Cirurgiã da Morte (DW)Onde histórias criam vida. Descubra agora