CAPÍTULO DOIS: DETERMINAÇÕES CRUCIAIS

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A localização de James D'Arc Trafalgar se datava de dentro da Casa Principal, conversando com um homem chamado Egeu Maertens. Aqueles dois eram, basicamente, os dirigentes do Sub-Olimpo. James recebia o nome de "pretor", como líder da ilha, e Egeu ficava com a nomenclatura de "vice-pretor", sempre opinando e liderando o local quando o primeiro não se encontrava por lá. Dessa forma, as duas figuras eram muito importantes para o progresso da ilha flutuante, tendo em vista que os dois obtinham todo trabalho em relação ao destino do Sub-Olimpo.

— Mas você não pode determinar as coisas dessa forma, Egeu. — argumentou o pretor, cruzando os braços e se sentindo um tanto preocupado. — Você está se desvencilhando do bom caminho, meu caro amigo.

— Você não entende? — questionou o vice-pretor, avançando para a frente de James, convicto de si. — Se nós utilizarmos sangue titânico nas crianças, poderemos ter resultados! São só experimentos! É pelo progresso!

Um suspiro veio do velho Trafalgar. Ele não era o tipo de homem que aprovaria as experimentações que Egeu propunha, principalmente por conta dos riscos à vida que aquilo proporcionava. Como líder de jovens adultos, adolescentes e crianças, James não poderia aprovar algo tão insano. Onde já se viu querer potencializar o poderio dos semideuses, não com treinamento, mas com ycor titânico? Era maluquice! E Egeu já estava caducando a ideia fazia tempo. Ou James tomava uma providência, ou as coisas poderiam dar muito errado.

— Se continuar com essa ideia, estará fora do Sub-Olimpo para sempre. — alertou-o James, o olhar fixo nos olhos de seu companheiro maluco, a voz baixa e em tom ameaçador. — Estamos bem entendidos?

Mesmo sendo um mago astuto, Egeu sabia quando deveria recuar. Frustrações invadiram a mente do vice-pretor, porém, não tinha o que fazer. Ele deveria aceitar sua condição e aguardar até o momento adequado. Para si, os deuses não tinham propriedade para ficar ordenando, mandando e destruindo vidas mortais. Tais entidades eram falhas. O Maertens já havia se cansado de fazer tanto e não receber nada em troca, nem ao menos um "Obrigado". Portanto, ideias surgiam em sua mente para obter um poderio militar grandioso e capaz de substituir egoístas do controle mundial, por meio do sangue titânico. Em sua tese, se existissem semititãs, eles seriam capazes de "bater de frente" com divindades. E era tal confronto que queria para o futuro.

No entanto, o Maertens sabia que James iria desaprovar completamente aquela ideia revolucionária, já que o pretor havia discordado veementemente das partes cruciais do projeto. Os dois, de uns tempos para aquele instante, estavam tendo algumas desavenças. E Egeu precisava se manter na linha para não perder a chance de levar alguns semideuses frustrados consigo para o melhor caminho até o topo. Ele não sabia o porquê ainda insistia em tentar convencer James de seus ideais.

— Está bem. — assentiu, relutante, o vice-pretor. — Não irei mais pensar nisso. — mentiu, saindo do local enquanto alisava seu bigode e passava a mão em uma parte calva do cabelo, que parecia cair bastante devido ao estresse.

Aquilo era, definitivamente, uma preocupação a James. O pretor esfregou seus olhos com os dedos, reflexivo e cansado. Já estava dirigindo o Sub-Olimpo há tempo demais. Não havia como se sentir revigorado depois de anos e anos sempre tendo vários problemas e embates desgastantes. Naquele momento, James pensou, realmente, em se aposentar. Queria focar completa e exclusivamente suas atenções em um jovem inexperiente moleque que tinha pego para cuidar, dez anos atrás — seu neto, Bartholomew Trafalgar.

De todo modo, voltando os pensamentos ao eixo, talvez, para o pretor, seria melhor deter Egeu enquanto podia fazer isso. Entretanto, o mago era muito amigo do D'Arc. Esse seria o último recurso do velho Trafalgar: um embate direto.

Não demorou muito para que os dois semideuses, Cameron e Montus, surgissem no recinto onde James se encontrava, apático. Os garotos estavam eufóricos, completamente em alerta. Sendo assim, entraram na Casa Principal aos trancos e barrancos, tropeçando em tudo que viam — ou não viam — pela frente.

Trágicos Semideuses: Cameron VerhoevenOnde histórias criam vida. Descubra agora