POV MARY MARGARETE ( MÃE )
Acordei ao escutar o alarme. Levantei e dei um beijo no meu marido, fazendo ele acordar e fui tomar meu chocolate quente com canela.
- Bom dia Snow. - Me beijou - Não vai trabalhar hoje? - Perguntou ao me ver de roupão.
- Resolvi esperar a Dra. Tebet. - Falei levando a caneca em minha boca
- Isso tem haver com a nossa conversa de ontem?
- Talvez. - Deu um leve sorriso
- Snow, por favor, Tebet está sendo a primeira médica que nossa filha não reclama. Pega leve.
- Você fala como se eu fosse me meter no trabalho dela - Ele me olhou rindo me beijou e foi trabalhar. Não demorou muito e a Dra. Tebet entrou pela porta.
- Bom dia, senhora Thronicke - Falou e eu apenas dei um sorriso para ela.
- Sente, beba um café - Falei apontando para o banco.
- Adoraria, mas tenho que fazer os exames na Soraya primeiro.
- Ela ainda não acordou - Levantei e coloquei café em uma caneca e entreguei a ela - Obrigada - Falou se sentando em minha frente
Ficamos em silêncio por um tempo
- Me conte um pouco sobre você.
- O que quer saber? - Rebateu. Eu ainda não entendia como minha filha não havia reclamado dela, nunca vi pessoa mais fria que essa mulher.
- Não sei... Você é casada? - Puxei assunto.
- Não - Foi tudo o que consegui. E o silêncio preencheu a cozinha novamente.
- Bom dia - Soraya apareceu na cozinha fazendo com que eu e Simone a olhassemos assustadas
- Soraya? - Falamos juntas - Como... - Tentei falar mas nada saiu.
- Senhorita Thronicke?! Quem te ajudou a descer as escadas? - Pelo seu tom, eu não sabia se era curiosidade ou se estava brigando com ela.
- Ninguém. Eu desci sozinha - Ela caminhava
lentamente para o banco. Simone levantou rapidamente.- Eu vou me trocar para te examinar.
- Soraya, você está bem? - Falei indo em sua direção para ajudá-la a subir no banco.
- Não preciso de ajuda. - Falou se afastando das minhas mãos - Eu consigo sozinha e ela o fez.
POV SIMONE
Rapidamente fui ao banheiro me trocar, eu não podia acreditar que finalmente estava tendo algum progresso. Eu estava tão feliz, porém minha preocupação era maior que minha felicidade. Quando cheguei na cozinha, Soraya estava sentada no banco e sua mãe ao seu lado sem acreditar no que estava vendo.
- Miss Thronicke, está sentindo alguma dor, enjoo ou tontura? - Perguntei já pegando meus equipamentos para examiná-la
- Simone, antes de você começar a me examinar, eu poderia antes tomar meu café da manhã como uma pessoa normal? - Me perguntou rindo. Resolvi ceder, mesmo contra minha vontade.
Eu e a Sra. Thronicke estávamos sentadas de frente para Soraya, nada falávamos, apenas tomávamos nosso café enquanto a encaramos. Provavelmente sua mãe estava em choque ao ver a filha ficando melhor. Já eu, estava procurando algun indice de anormalidade, talvez uma tremedeira, ou um sinal de tontura.
- Dá pra parar de me encarar?! - Soraya protestou - Eu estou bem, porque não podem ficar contentes com isso?
- Nós estamos, Soraya. É só que... - Sua mãe tentava falar - É só que, você não conseguia descer as escadas sozinhas e agora...
- E agora eu consigo - Protestou
- Mas como? Quero dizer...
- Mas é claro. - Falei para mim mesma, porém alto o suficiente para ambas escutarem e me encararem. - Eu tirei algumas medicações e mudei outras, isso pode estar ajudando.
- Você fez o que? - Pela primeira vez vi Mary Margarete brava. - Com que permissão você trocou e tirou os medicamentos da minha filha?
- Minha equipe e eu acreditávamos que alguns desses... - Não consegui terminar de falar pois ela me cortou.
- Não me interessa o que você e sua equipe acham. - Esbravejou. - Eu sou a mãe. Soraya não é um experimento de vocês.
- Eu sei, senhora Thronicke
- Não, não sabe. Se soubesse teria pedido a minha permissão antes, ou pelo menos teria me comunicado antes de aplicar na minha filha.
- Mãe...
- Não, Soraya. Sua mãe está certa, eu deveria ter pedido permissão antes.
- Mas eu estou bem
- Mas poderia ter dado errado - Mary Margarete falou.
- Poderia ter piorado, ou... Ou... Deus me livre do que poderei ter acontecido.
- Isso não irá se repetir - Falei. Eu me sentia humilhada, nunca em toda minha carreira fui chamada atenção desse jeito, ainda mais na fente da minha paciente. Minha raiva crescia.
- Não mesmo. - Ela se levantou e subiu as escadas brava
POV SORAYA
Eu entendi porque minha mãe estava assim, mas não precisava exagerar, afinal ela não podia estar contente por eu ter conseguido fazer algo por mim mesma?! Simone estava visivelmente chateada com aquela situação, ficamos caladas por um tempo, até minha mãe descer as escadas arrumada.
- Irei sair, espero que não haja nenhuma surpresa sem eu ser consultada novamente. Espero que cuide da tosse da Soraya, não sei o que deu a ela, mas ela tossiu a noite toda - Dito isso, saiu pela porta.
- Simone, não ligue para minha mãe - Sussurrei segurando sua mão. Tentei me levantar, mas meu joelho falhou, quase fui para o chão. Simone rapidamente me segurou e me levantou, fazendo com que eu ficasse tão perto de seu corpo, aponto de sentir seu cheiro de maçã. Ela me olhava preocupada e segurava forte em minha cintura. Ao levantar minha cabeça me deparei com seus lábios próximos os meus.
- Obrigada. - Sussurrei e ela não me afastou ou me largou.
- Tome cuidado, Miss Thronicke.- Sua voz saiu rouca. Passei meus braços pelo seu pescoço, me dando um apoio. - Acho melhor examinar sua... - Antes que pudesse falar a calei com um beijo, fechei meus olhos e me senti nas nuvens, senti seus braços apertando ainda mais a minha cintura, sua língua pedia passagem, e eu permiti até...
N/A:
Gente, peço desculpas caso algum nome esteja trocado. Por ser uma adaptação isso ocorre diversas vezes, sem que eu perceba. Caso vocês percebam que algum nome não está batendo com o contexto da cena, por favor comentem para eu trocar. Obrigada aos que estão lendo, e um muito obrigada aos que se dispõem a votar na história.
Bjusss, boa leitura 🤍
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You save me - Simoraya
FanficSoraya Thronicke, uma jovem mulher de 20 anos, que nunca saiu de casa, por conta de sua doença. Seus pais preferiram deixá-la em casa do que em um quarto de hospital. Nunca teve contato com o mundo exterior, e as poucas pessoas que conhecerá era seu...