"-Foi por amor que tudo desabou.- Ele suspirou profundamente abraçando a esposa.- E por amor que tudo se ergueu, mais forte que nunca."
De fato, o amor é um dos sentimentos mais lindos do mundo, mas até que ponto nós vamos por ele?
Per amore - Por a...
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Pov. Carlisle
Estacionei o carro em uma das vagas livres da rua e respirei fundo. Passei as mãos na camisa tentando livrar qualquer possível amassado, virei o retrovisor interno na minha direção procurando algum fio de cabelo fora do lugar e o arrumei de volta assim que vi que tudo estava certo.
Passaria a madrugada e talvez o dia de natal com Esme e Melanie. Estava nervoso, queria que tudo saísse perfeito e nada as desagradasse. Ao descer do carro dei uma última olhada em minha roupa e suspirei me sentindo um estupido por não conseguir decidir se tinha sido uma boa opção estar tão social. Examinei a calça preta e o sapato da mesma cor, o cinto parecia certo, mas a blusa social de seda preta não parecia ter sido uma boa escolha. Era natal, será que um vestuário tão escuro era algo... adequado?
-Droga, Alice.- Suspirei nervoso. Ela quem havia separado a roupa, aquilo não poderia estar tão ruim não é?
Ouvi meu celular vibrar com uma mensagem e o peguei, Alice avisando que já estava com Melanie e perguntando onde eu estava, respondi avisando que já tinha chegado e respirei fundo caminhando até a entrada da casa de Esme.
Foi impossível conter o sorriso aberto ao ver a porta abrir com força e Melanie passar por ela correndo animada em minha direção. O vestido branco e rodado com algumas rosas vermelhas decorando a saia, o vento trazendo o perfume suave, os cabelos metade preso e metade solto e um sorriso lindo decorando sua face. Ela estava ainda mais linda.
Assistir minha filha correr pra mim tão sorridente reacendeu todas as minhas forças, nada podia ser ruim ou dar errado com ela por perto. Me senti o homem mais sortudo do mundo quando me abaixei e ela se agarrou em meu pescoço em um abraço forte que eu retribui com todo o amor do mundo.
-Vai ser tão legal, papai.- Sua animação me fez rir e eu a ergui ao ver que ela não me soltaria do abraço.- O tio Daniel prometeu que vai contar história de quando a mamãe tinha meu tamanho, o abuelo vai tocar violão e a arvore da nonna tem TANTOS presentes.- Ri quando ela me soltou e me olhou com os olhinhos verdes brilhando de alegria.- A família vai estar toda junta.- Ela sacolejou as pernas e os braços agitadíssima.
-Acho que a convivência com Alice e Sophia não está dando bons resultados.- Daniel resmungou chamando minha atenção.- Estão criando um monstro! A Esme está com a Leah tentando se livrarem da Alice e Rose.- Avisou rindo.- E essa monstrinha está fazendo tudo o que Alice pede, cuidado pra que ela não suje sua camisa também.
-Foi sem querer, titio.- Melanie murmurou da forma mais inocente e calma que já tinha a visto falar. Daniel suspirou se derretendo e eu ri.
-Estou avisando, Carlisle.- Resmungou pegando a pequena do meu colo e a abraçando com carinho.- Estão realmente criando um monstro. O pior de tudo é que ela sabe como conquistar e derreter a todos.
-Não fala assim de mim, titio.- Resmungou.
-Não sei como aguentam! Alice conseguiu fazer todos se trocarem.- Bruno se aproximou rindo.- Feliz natal, Carlisle.
