Capítulo 8: A casa, os presentes e a história de amor de Apolo

12 1 0
                                    

Pov. Alice

Podia dizer com certeza que a família da Esme era uma das mais complexas e bonitas que já vi. Assim como um dia me juntei a Jasper e nos tornamos membros do Clã Cullen, a vida parecia ter unido cada um deles. Não podia ver o passado, mas por vezes o futuro de cada um explicava como haviam chegado ali.

Vi Esme se reunir com as primas e suspirei ao saber o que viria em seguida. Assim que Carlisle ouviu a conversa e vacilou entre ir até ela ou só fingir cansaço com a filha, Beatrice apareceu chamando Esme. Quando todos perceberam as duas seguindo em direção ao andar de cima a tensão se instalou, Megan que sabia o que havia acontecido no dia anterior sorriu tentando controlar a empolgação, alguns familiares se entreolharam e Antonella suspirou tentando desviar a atenção de todos e anunciou que a tradição de abrir presentes antes do jantar -que foi instalada após a chegada da Melanie- estava mais que na hora de iniciar.

Foi fácil admirar a dinâmica de cada um. O jeito espalhafatoso de Cecilia, as brigas frequentes entre ela e Antonella, que diferente de Esther e Sophia, sempre acabavam em risos; O carinho de Daniel com Leah, que sempre me fazia sorrir ao lembrar de como ela era a quase oito anos atrás, e agora tinha deixado a família eufórica com a novidade da gravidez; Emmett secando incansavelmente Rosalie que fingia não notar; Lana e Megan que distribuíam doçura no olhar, Bruno que vez ou outro estava suspirando entre o nervosismo e a calma, Elena sempre observadora analisando com carinho cada um, em especial Carlisle; cada um tinha sua peculiaridade, mas sempre preservando o bom caráter.

Meus olhos se voltaram para os patriarcas, que assim como Carlisle pareciam ser o motivo de manter todos unidos. Eles iniciaram abrindo seus presente. Lorenzo parecia ser o pulso firme, amoroso e cuidadoso da relação. O futuro dele não era ruim e sempre o via sorrindo ao lado da esposa, algumas vezes o vi irritado também, mais por situações bobas do que por coisas graves. Até nesses momentos ele parecia respirar fundo e ser cuidadoso. Talvez por isso seus presentes tenham se resumido a coisas de trabalho manual ou leitura histórica, coisas que requeriam atenção e o afastasse da realidade.

Margareth era a que sempre cedia, podia ver claramente ela acobertando as filhas para evitar que levassem esporros do pai. Doce, acolhedora e compreensiva. Seu futuro também era sorrindo ao lado do marido ou acobertando quem a pedisse socorro. Seria o tipo de avó que evitaria que meus pais vissem as faturas dos cartões e sempre me falaria sobre controlar impulsos oferecendo alguma sobremesa. Livros de receitas internacionais e itens de decoração foram boas escolhas.

Elena era muito parecida com ela e era mais que nítido a forma como ela analisava Carlisle e Esme e sorria como se soubesse exatamente o que ambos sentiam e pensavam. Conhecendo a relação dela com a Esme, não tinha dúvidas que ela sabia até mais do que ela demonstrava. Seus presentes foram parecidos com os da Margareth o que as faria conversar por horas.

Era nostálgico e até um pouco triste imaginar como seria se aquela fosse minha realidade humana. Talvez eu seguisse os passos da Antonella e me dedicasse a moda.

Senti Jasper tocar meu rosto delicadamente e eu sorri ao ver seus olhos preocupados. Por ele a eternidade sempre seria minha escolha e meu melhor destino. Uma onda de calma me invadiu e eu suspirei roubando um beijo dele.

-Antes de continuar, precisamos entregar nossos presentes especiais.- Margareth chamou nossa atenção e eu sorri animada.- Alice, Jasper, Emmett e Rose, não há palavras para descrever como me sinto grata pela fiel amizade de vocês com minha neta. Esme nunca poupou elogios para descrever vocês, Edward, Bella e Jacob.- Sorriu entregando a cada um de nós um embrulho com a ajuda do esposo.

Foi engraçado de ver a reação de Jasper e Emmett ganharem jogos, ainda mais sendo Jazz jogos de tabuleiro e estratégia e Emm vídeo-game e como uma verdadeira criança presa em um corpo musculoso, ele saltou de alegria. Rosalie ganhou roupa (de quase todos os que a presentearam, com exceção de Emmett que lhe deu um colar delicado) mais precisamente um vestido, e eu, me surpreendi ao ter em mãos a máquina de costura que já havia previsto ganhar. Nunca tinha pensado em costurar minhas próprias roupas até ter realmente o item em mãos. Seria uma boa distração eterna. Saltei feliz os agradecendo.

Per AmoreOnde histórias criam vida. Descubra agora