Entre Erros e Acertos Surge o Amor ❤️ 🔞🔥🔥🔥

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Narrador on:

Sentado em seu leito com o coração palpitando, Peter esfregava as mãos uma na outra de tanta ansiedade, aguardando o que aquele homem alto de olhos azuis penetrantes queria conversar. No fundo já fazia idéia do que se tratava, mas queria muito ouvir de sua própria boca. E que rumo tomaria após aquele assunto, dali pra frente.
"Será que ele vai falar daqueles fatídicos dias? " Pensou o rapaz já vermelho como um pimentão, só de lembrar dos momentos de sexo selvagem que tiveram.
O olhar de Luciano sentado a sua frente o deixava bastante  apreensivo.

Apesar de não sentir tanto medo quanto antes, pois além de resgatá-lo o que o deixou extremamente feliz e agradecido, soube que ele passou todo tempo ali ao seu lado, isso ele ainda não entendia o porquê. Algo já havia brotado em seu coração e estava crescendo a cada dia, mesmo antes do seu cio o alfa não saía de seus pensamentos e sonhos. Aquele incidente do escritório o deixou um pouco decepcionado e triste, chegou a pensar muitas vezes em fugir da mansão, antes que se visse completamente apaixonado por um ogro que além de ter um coração de pedra, demonstrava claramente com gestos e atitudes que sua presença na casa o incomodava.
"Apesar de quê, quem me obrigou a estar lá foi ele. Mas como ele mesmo  explicou:  Era o responsável por meu atropelamento e se sentia na obrigação de cuidar-me. "Obrigação", estava sendo obrigado a me aturar." Pensava o garoto enquanto aguardava o início da conversa sem coragem de encarar aquela pessoa ali o observando.

O menino não sabia o que se passava no coração do dono da mansão, mas só o fato de tê-lo salvado, e mobilizado tantos homens e mulheres para tirá-lo das garras de Pittman, o fazia pensar que talvez significasse alguma coisa para ele, ou quem sabe fosse pelo fato de ser seu hóspede e se sentia responsável, por ele estar sob seus cuidados em sua residência. A mente do menor estava entrando em parafuso com toda essa confusão de pensamentos que pairava sobre sua cabeça, enquanto estava ali sentado. Isso tudo só saberia com o tempo e com a conversa que teriam ali naquele momento.
De uma coisa tinha absoluta certeza, se ele for o pai do seu bebê, e não o quiser, abortar está fora de cogitação. Nem que para isso, saia de sua residência, volte pro apartamento e tenha que trabalhar duro para se sustentar, ou até mesmo retornar para o Brasil, sabe que sua mãe jamais o desampararia, mas se livrar do seu bem mais precioso, isso jamais. Tinha plena consciência que foi negligente e teimoso em não escutá-lo, quando disse que seria perigoso retornar à faculdade com Pittman solto por aí, mas agora iria se cuidar e defenderia  seu filhotinho com unhas e dentes, inclusive desse brutamontes se for preciso.
Luciano se levanta indo até a porta deixando o pequeno com uma expressão de interrogação no rosto, achando que o maior havia desistido de esclarecer as coisas.
Mas ele retornou em seguida, trancando a porta, o que fez Peter se encostar mais na parede, com um certo receio daquela atitude do alfa em trancá-los no quarto.
—Está quase na hora do meu remédio. –Disse com a voz um pouco trêmula e olhos arregalados devido a aproximação do homem.
O filho de Lorenzo percebeu pela sua  expressão, um certo medo ao vê-lo girar a chave, então resolveu acalmá-lo:
—Não se preocupe, serão só uns minutos. Já pedi pra avisar a equipe, serei breve.
Peter balançou a cabeça em concordância, ainda desconfiado.
O homem não sabia por onde começar, sempre fora bom em reuniões, negociações, abordar e arrancar a verdade de seus inimigos.
Mas nunca havia se apaixonado, não sabia como agir naquela situação e nem como iniciar uma conversa. Já o encarava há algum tempo, sem nada dizer.
O filho de Eliane já estava incomodado com o jeito de olhar dele e aquela demora o estava deixando louco.

Mesmo receoso resolveu abrir a boca:
—E..Eu quero te agradecer por me tirar daquele lugar, e também pedir desculpas por não ter te dado ouvidos em relação ao Sr. Pittman. Você tinha razão, não era um bom momento pra voltar pra faculdade com aquele maluco solto por aí.
—E eu também me lembrei de alguns momentos durante meu período de cio. –Disse meio que se encolhendo e corando de vergonha diante do olhar sério de Luciano.
Apesar de manter o olhar frio como sempre, por dentro seu coração já havia errado várias batidas, com aquela fala do garoto, afirmando se recordar das noites tórridas que tiveram naqueles dias. Sentiu algo começar a pulsar dentro de suas calças, mais precisamente no meio de suas pernas, fazendo-o sentar-se e cruzá-las no sofá, antes que fosse perceptível aos olhos do rapaz que o encarava aguardando que ele respondesse.
Ele aproveitou a deixa para iniciar o seu diálogo:
—Em relação ao seu resgate não precisa agradecer. Eu não fiz mais do que minha obrigação.  –Disse percebendo um olhar de decepção no menino, não compreendo, já que não falou nada de errado.
—Eu tentei evitar ao máximo aquela situação naquela noite, mas você estava fora de si, não estou te culpando, ninguém pede pra passar por isso. Nos meus períodos de Hut também fico descontrolado. –Disse pra tentar amenizar o desconforto que notou na expressão do outro.
—Mas porquê não tomou os supressores e inibidores, sabia que estava num lugar cheio de soldados alfas? –Dizia sem perceber que havia alterado um pouco a voz, fazendo o garoto se encolher ainda mais.
Luciano não percebeu, mas ao mencionar os outros alfas da casa, imaginou seu ômega entrando no cio sem sua presença naquele dia, só o fato de pensaele sendo tocado e até quem sabe abusado por outros, um ódio avassalador se apossou dele naquele momento fazendo com que alterasse sua voz, mudando automaticamente a cor dos seus olhos, assustando Peter.
—E....eu, quero dizer, eu não tinha ali naquela hora, iria buscar no meu apartamento no dia seguinte, não era pra acontecer naquela noite, mas alguma coisa fez com que se adiantasse. O cheiro de um alfa.... –Disse olhando nos olhos do rapaz a sua frente, como se puxasse pela memória.
—O seu cheiro!!...Fez meu cio se adiantar.
—Está querendo dizer que a culpa foi minha?
—Não! claro que não, a culpa não foi de nenhum dos dois. Vou entender claramente se não quiser assumir, mesmo porque não me lembro de tudo e também não sei se você foi o único naquele dia.
Ao ouvir essa última frase o mafioso se levantou com os olhos vermelhos e disse quase rosnando, ante o olhar amedrontado do ômega.
—É claro que fui o único. E continuarei sendo se quiser continuar vivendo!

Família di Angelis. Luciano. Alfa, Mahf.oso Que Lik.e Cruel (Mpreg) (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora