Pelos poderes de Apolo! Achei que conhecer o sr. D era interessante mas conhecer Perséfone é ainda mais incrível. Arregalei os olhos observando-a, havíamos completado esta parte da procura, encontramos a rainha dos mortos, mas e agora? O que digo? Abro a boca para falar mas nenhum som sai. Ficamos ali por alguns minutos, nós três olhando umas para as outras. Após muito olhá-la boquiaberta ela finalmente pronuncia:
- E então, estão atrás da minha ajuda?
- S...sim senhora. - Gaguejo. Seus olhos brilhando quando me refiro a ela por senhora. - Estamos em busca das armas roubadas dos deuses. Na professia em que o Oráculo recitou para mim dizia que deveríamos procurar a ajuda da rainha dos mortos.
- Rainha dos mortos, ainda insistem em me chamar assim. Sabem que eu odeio que se refiram a mim desta maneira! - Respondeu impaciente.
- Me desculpe senhora mas são palavras do Oráculo. - Disse Bia tentando amenizar a impaciência da deusa.
- Eu sei filha de Hermes, só estou cansada de ter que morar naquele lugar e ser chamada assim. - Respondeu brincando com uma flor branca em sua mão.
- Me desculpe mas estamos mesmo precisando da sua ajuda. Pode nos dizer onde estão as armas?
- Posso, mas sabem que estarão correndo perigo não sabem? - Perguntou a deusa.
- Sabemos sim, senhora, mas é para um bem necessário. - Respondi decidida. Não precisa me lembrar que talvez eu morra daqui a pouco, repreendi em pensamentos.
- Tudo bem. As armas estão em um local abandonado, abaixo de Manhattan. - Respondeu esperançosa, ao ver nossa cara de quem não entendeu nada colocou a mão em nossas testas e se esvaiu em pó dourado, parecendo pólen.
- Como assim? - Indagou Bia.
- Abaixo de Manhattan? - Questionei. Bia se levantou sem dizer nada e seguiu caminhada, fiz o mesmo indo atrás dela que voltava às pressas para o local onde íamos todos nos encontrar. Esperamos lá por apenas meia hora até Joey e Nic passarem ali em frente. Nos avistaram e vieram em nossa direção, Joey sorriu e tocou a flor branca na minha orelha.
- Encontramos com Perséfone. - Vociferou Bia sem devaneios.
- Onde? - Perguntou Nic alegre.
- Ela estava na beira do lago. Pedimos para que nos guiasse e ela disse que os objetos roubados estão em um lugar abandonado, debaixo de Manhattan. - Respondeu Bia.
- Só podem ser as estações abandonadas. - Disse Nic.
- Sim, mas são quantas? - Perguntei.
- Algumas. - Respondeu Joey.
- Olá! - Disse uma voz feminina atrás de Joey. Ao me afastar vejo uma garota de cabelos ruivos e pele clara nos olhando, apesar do vento gelado ela estava com um top e mini saia vermelha. Seus olhos faiscavam nos olhando. Mais duas garotas se aproximam ficando ao seu lado, uma loira e outra morena, tinha estranhamente a mesma aparência.
- Manuella Orliani, - Disse a garota loira, meu sangue gela ao ouvi-la pronunciar meu nome - desculpe não nos apresentar. Sou Annie, e estas são Alice e Anna. - Apresentou apontando primeiro para a ruiva e depois para a morena.
- Como sabe meu nome? - Perguntei firmemente.
- Como não saber o nome da mais favorita de Apolo. - Elas gargalharam mostrando seus grandes e afiados caninos.
- Porque seus nomes começam com A? Vão começar um show na Broadway? - Caçoou Bia sacando sua espada. Joey faz o mesmo e Nic puxa sua flauta de bambu do bolso. Retiro rapidamente meu arco das costas e o armo mirando na testa de Alice. Elas rapidamente se transformam, suas unhas crescem formando garras afiadas, seus cabelos se transformam em chamas e patas desproporcionais surgem no lugar das pernas. Uma pata de burro e a outra de bronze.
Atiro a flecha e Alice desvia em segundos correndo em minha direção logo em seguida. Me desvio de suas garras e armo o arco atirando em sua perna de burro, ela fica alojada na coxa mas isso parece não incomodar o monstro. Tento colocar mais uma flecha no arco mas ela está perto demais, a solução mais rápida é usar um de meus poderes.
Dou o grito mais alto e sonoro que consigo deixando-a atordoada. Pego uma flecha da minha aljava e cravo na testa da infeliz, que estava de joelhos com os olhos revirados, transformando-a em pó. Penduro o arco nas costas e saco a adaga prateada indo ajudar Joey, Annie estava lutando com ele e tentando persuadi-lo com sua aparência humana. Ele havia derrubado a espada e ela já estava com os caninos perto demais dele.
- Ei! Saia de perto do meu namorado. - Gritei disparando em sua direção, ela volta a atenção para mim e joga Joey no chão se transformando logo em seguida. Quando me aproximo ela desvia do meu golpe e ataca, cravando suas enormes garras nas minhas costas.
A dor se espalha enquanto ela aperta ainda mais as garras na minha carne. Tento gritar mas o som não sai, decido usar o calor para me defender.Acendo a chama dentro de mim e a faço se espalhar, acendendo minha pele e queimando pequenas partes da minha roupa. Annie grita e tira as garras de mim. Cai de joelhos e Nic corre na minha direção me ajudando a levantar, percebo que os dois haviam matado Anna e Bia agora lutava contra as garras de Annie. Nic leva a flauta de bambu nos lábios e começa a tocar uma música rápida depois que o monstro ataca o rosto de Bia, fazendo-a cair num baque no chão.
A música de Nic começa a deixá-la tonta e bamba. Sigo o ritmo com um canto, ordenando através da voz que ela fique cansada e sonolenta. Quando a música para ela cai ao lado de Bia, dormindo feito pedra. Pego a espada de Joey e sem pensar duas vezes enterro a lâmina em suas costas transformando-a em pó.
Me ajoelho ao lado de Joey e o chacoalho fazendo com que acorde, quando já está de pé corro para ajudar Bia. Estava de pé ao lado de Nic mas um arranhado horrível e pingando sangue rasgava sua bochecha direita que ia da base da orelha até o queixo. Me aproximo e seguro seu rosto. O tempo em que passei com alguns meio irmãos para cuidar dos enfermos, aprendi algumas músicas de cura que cantavam para os que não estavam tão machucados. Cantei uma delas depositando toda minha determinação para curá-la e seu ferimento rapidamente se fecha, deixando apenas três finas cicatrizes no lugar. Fazer isso me deixou exausta.
- Estão todos bem? - Perguntei ofegante.
- Sim, obrigado por me salvar. - Agradeceu Joey me abraçando.
- Te salvar? Acha mesmo que deixaria aquela piranha relar em você? - Retruquei fazendo todos rirem. Não havia percebido mas já estava ficando tarde, o céu antes azul agora estava numa mistura de amarelo, laranja e rosa.
- Vamos procurar um lugar para descansarmos. - Disse Nic, já caminhando para sair do parque. O seguimos em direção a uma pousada ali perto.
Na minha mochila, Argos havia colocado notas americanas e alguns dracmas de ouro para nos ajudar. A entrada do local era bonita, a entrada simples é bem iluminada a noite e algumas árvores de Cipreste enfeitam a entrada. Na recepção uma mulher gordinha e com cara de poucos amigos digita coisas no velho computador, atrás dela há um enorme mural cheio de chaves penduradas nele, Joey se aproximou:
- Olá, queríamos dois quartos com duas camas se possível. - Disse simpático. Ela o olhou indiferente, digitou algumas coisas no computador e entregou duas chaves para ele nos indicando um corredor. Ele entrega uma chave para Bia e fica com a outra, após abrir a porta de número 05 me olha. Uno as sobrancelhas o encarando.
- O que foi? Não vamos ficar juntos? - Pergunta na defensiva.
- Claro que não! - Grita Bia agarrando minha mão e abrindo a porta ao lado.
- Boa tentativa. - Nic gargalha entrando em seu quarto.
- Quem sabe uma próxima vez. - Digo e pisco para ele antes de Bia me puxar para dentro e bater a porta, trancando-a. Sigo para o banheiro simples e tomo um banho quente e relaxante. Curar Bia através da canção me consumiu muita energia, após o banho me deito com a barriga roncando mas durmo rápido.
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Filha de Apolo (SEM REVISÃO!)
FanficManuella Orliani, uma garota bonita e talentosa estuda em tempo integral numa escola onde felizmente conseguiu se instalar. Após se mudando muito e tendo que trocar de escola várias vezes, sua mãe finalmente se fixa em uma cidadezinha. Com o tempo s...