Capítulo 14 - Vamos Ser Presos?

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     Fiquei minutos ininterruptos matando as harpias, elas não fizeram muitos estragos em mim, apenas alguns arranhões. Olhei para os lados e meus amigos estavam bem distantes, Joey estava no fim da rua a minha frente, Nic bem atrás e Bia estava do outro lado. Todos muito ofegantes e com arranhões mais feios que os meus. Eles correram até mim ainda com as armas em mãos.

     - O que diabos foi isso?! - Exclamou Bia olhando para todos os lados.

     - Pelos pêlos de Pã, foram mais harpias do que já vi na vida, e olha que já vivi muito. - Disse Nic ao meu lado. Pude perceber a confusão e o medo nos olhos deles, os ataques de monstros estavam ficando ainda mais frequentes, e os monstros cada vez mais fortes e volumosos.

     - Precisamos sair daqui, rápido! - Alertou Joey. Segurou em minha mão e seguimos em direção a nossa próxima estação. Ainda tínhamos algumas horas de luz solar então é melhor aproveitar. Nós acabamos optando por só procurar as armas enquanto o sol estivesse no céu, Nic disse que seria mais fácil contra os monstros, bem, depois desse ataque já não tenho mais tanta certeza. Mas eu estava feliz assim, pelo menos com o sol tocando meu rosto eu ficava mais confiante, como se meu pai estivesse ao meu lado, segurando meus dedos todas as vezes em que puxava a corda do arco. O sol era como um cobertor depois de um pesadelo, me dava a impressão que poderia me proteger de qualquer coisa.

     Enquanto caminhavamos, discutimos sobre este novo ataque. Quem poderia tê-las mandado? Nenhum de nós fazia a mínima ideia, não conseguimos pensar em ninguém que pudesse fazer isso. Entramos na estação e haviam algumas pessoas, por isso apenas Bia e Nic foram até ao lado.

     - Onde poderíamos passar a noite? Acho que em algum hotel seria arriscado. - Perguntei após alguns minutos de silêncio.

      - Eu também acho. Poderíamos dar um jeito de ficar aqui. - Respondeu pensativo. Joey parecia mais distraído que o normal, o que estaria passando por sua cabeça?

     - É uma boa ideia, devemos esperar os outros para decidir. - Me sentei ao seu lado e peguei sua mão, ele me abraçou e beijou minha testa. Quando começamos a namorar achei que não daria certo, Joey me conhece mais que ninguém, ele foi meu melhor amigo desde que me conheço por gente. Mas parece que nosso namoro serviu para nos unirmos ainda mais, eu sinto que Joey me ama, e eu o amo, muito. Estou feliz por ele estar ao meu lado.

     Mais ou menos quinze minutos mais tarde eles voltam, como sempre, sem nada. Joey disse a eles o que havia pensado e acharam a ideia boa. Ficamos no metrô até não ter quase ninguém. Bia deitou no banco e Nic ficou no chão, fazendo sua mochila como travesseiro. Eu e Joey dormimos próximos a eles, não haviam mais bancos então ficamos no chão.

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     - Ei, acordem! - Sinto um chute na minha perna e abro os olhos devagar. Vejo um policial alto e loiro segurando seu cinto preso a cintura.
Cutuquei Joey que acordou prontamente.

     - O que pensam que estão fazendo? - Indagou o policial balançando Bia para que ela acordasse.

     - Me desculpe policial, ficamos sem dinheiro para o hotel. - Respondeu Joey pegando a mochila e me ajudando a levantar.

      - Vocês precisam vir até a delegacia comigo! - Informou severamente.

     - Vamos para a delegacia por termos dormido no chão de uma estação de metrô? - Perguntei perplexa, isso não é ilegal, né? Tomara que não.

     - Estão carregando armas brancas. Me dêem todas e subam para a viatura. - Nós nos entreolhamos. Será que ele era um monstro disfarçado? Como ele podia ver? A névoa deveria disfarçar, não deveria? Entregamos as espadas e meu arco e flechas mas não a adaga. Ela estava escondida, qualquer coisa, eu o atacaria. Subimos as escadas atrás do homem e entramos no banco de trás, ele jogou nossas armas no porta malas e entrou em seguida, nos levando para a delegacia mais próxima.

Filha de Apolo (SEM REVISÃO!)Onde histórias criam vida. Descubra agora