Capítulo 7

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Aproveitando alguns dias de descanso e atualizando o máximo possível...

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Valentina não teve tempo de discernir nada, apenas sentiu seus ossos sendo esmagados por dois braços alvos e compridos. Quando sentiu o ar voltar aos pulmões, olhou para uma Camila eufórica batendo palminhas enquanto saltitava sem sair do lugar e quando ia abrir a boca para falar algo, sentiu o peso de uma latina a abraçando quase tão forte quanto a loira mais alta.
— Dios mío,Albuquerque ! Achei que estivesse morta ou jogada em uma vala por aí. — Falou a latina segurando os ombros da amiga. — Como você conseguiu fugir de lá? E com a ajuda de quem? — Disparou de uma vez só.

— Como com a ajuda de quem? Olha aqui Juls! — Exclamou Camila olhando para Luiza sorrindo alegre. — Como é no seu mundo? Onde estão seus irmãos e irmãs? E cadê suas roupas e suas orelhas pontudas?— Perguntava saltitando.
Luiza teve o semblante confuso por alguns segundos, até se dar conta do que Camila falava e em seguida, formou um biquinho adorável enquanto cruzava os braços.
— Ela me chamou mesmo de duende? Eu nem tenho tamanho pra ser um duende, você é menor que eu — Falou olhando para Valentina . A mesma deu uma risadinha e assentiu com a cabeça. — Eu não sou um duende! Saiba que eles são criaturas mágicas mitológicas que não exis...— Luiza foi interrompida pela mão de Juliana que tampava sua boca.
—Albuquerque ! Controle seu duende mágico. — Exclamou Juliana, tirando a mão da boca da morena e se virando para Camila. — O que o duende está querendo dizer, é que ela é um ser que não possui poderes mágicos quando está em forma humana. Portanto, ela usa roupas como nós para não ser reconhecida. Entendeu? — Perguntou de forma doce e calma.
— Entendi,Juls. — Respondeu a loirinha batendo palminhas. — Isso é tão legal! Você tem seu próprio duende, Val! — Camila pulou e deu seu famoso abraço de urso em Luiza, que teve a certeza de ter ouvido seus ossos quebrarem durante o contato.
— Vou te explicar tudo. Mas vamos sair daqui. Não posso ser vista. — Valentina disse olhando para a latina, que assentiu e saiu do beco com as três garotas.
Chegaram à casa dos Campos e as quatro se sentaram no sofá para conversarem. Camila não saia do lado de Luiza. Pegava no cabelo da morena, tocava a bochecha dela e até puxou a orelha dela achando que era um disfarce.
Luiza olhava suplicando para Valentina , que apenas deu de ombros e soltava risadinhas com as atitudes da loira. Sentia falta da inocência da mesma e sabia que Juliana adorava, por isso não deixou Luiza acabar com as fantasias de Camila .
— Então você está ficando escondida na casa da Campos? — A latina perguntou enquanto cruzava os braços sobre os seios.
— Vocês se conhecem? — Valentina indagou com o semblante confuso.
— Somos da mesma escola, mas não dialogamos por causa do nosso status social. — Luiza respondeu revirando os olhos enquanto sentia as mãos de Camila em sua bochecha.
— E quem iria querer ser amiga de uma garota irritante que usa vestidos da vovó ? — Juliana provocou franzindo o cenho.
— Juliana ! — Val ralhou. — Luiza e os pais dela salvaram minha vida ao me tirarem de lá e eu sou grata aos três pra sempre. Então respeite ela . — Ordenou a baixa em um tom bravo e sério.
— Certo. — A latina levantou as mãos em forma de rendição. — Desculpe, duende. — Completou vendo Luiza revirar os olhos e em seguida inclinar-se e plantar um beijo na bochecha de Valentina , que corou na mesma hora.
— Obrigada por me defender. — Agradeceu a Luiza sorrindo abertamente.
— Não tem de quê. — Respondeu sorrindo timidamente.
— Então....— Juliana possuía um sorriso zombeteiro, mas logo mudou para séria quando viu o olhar de Valentina . — Me conte como tudo aconteceu. — Pediu ansiosa.
Valentina assentiu contou tudo para Juliana e Camila, que por muita relutância, trocou de lugar com a namorada para dar um descanso à Luiza .
A latina deu seu total apoio à amiga, prometeu guardar segredo, e fez a loirinha jurar em nome da vida de todos os duendes que ela não diria nada para ninguém, caso contrário, Luiza fracassaria na missão de proteger Valentina.

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