Capítulo 5

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Quando eu acordei, Tom dormia pesado. A luz havia voltado e eu coloquei meu celular pra carregar, liguei a cafeteira e fui verificar a casa depois daquele temporal. Os remendos feitos nas janelas funcionaram bem e só um que descolou um pouco, mas não entrou muita água, então não estragou nada.

Eu estava tentando me distrair e não pensar no que aconteceu ontem, mas era impossível. Tom era muito gostoso e o sexo tinha sido incrível. Eu iria esperar sua reação ao acordar para saber como prosseguir.

Desci com o cheiro de café me guiando e enquanto enchia uma caneca ouvi barulhos e vi que Tom tinha acordado. Ele apareceu na cozinha vestindo a calça de moletom e sem camisa. Eu estava de boxer, a casa é minha.

– Bom dia. Café? – Disse.

– Bom dia – Disse ele pegando uma caneca e se servindo.

Tom encostou no arco que levava para a sala e eu estava encostado no balcão da pia. Tomamos café num silêncio meio engraçado e meio constrangedor até que ele quebrou o gelo.

– Então... ontem – Começou.

– É, ontem – Respondi tentando segurar o riso pois seu rosto estava vermelho.

– A gente...

– Duas vezes.

– É...

– É – Respondi e ele colocou a caneca perto da cafeteira.

– Quer de novo? – Perguntou apontando para o colchão.

Larguei o café e fui em sua direção que me pegou no colo e me levou até o colchão enquanto nos beijávamos. E nós transamos mais duas vezes ao longo da manhã.

Tom arfava deitado no colchão tentando recuperar seu fôlego enquanto eu levantei e fui estender nossas roupas de ontem no sol. Péssima ideia só pra constar porque deixou as roupas com um mal cheiro horrível. A máquina de lavar que tinha na casa era tão antiga que eu precisei olhar na internet como fazer aquilo funcionar.

– Tom? – Disse entrando na cozinha – Coloquei nossas roupas pra lavar, se continuar fazendo sol vai secar rápido.

– Eu vou aproveitar que estou assim – Disse ele apontando para si mesmo nu – E vou começar a pintar o quarto.

– Veste isso – Fui até uma de minhas malas e peguei uma boxer e joguei para ele.

Ele vestiu a boxer que ficou um pouco apertada na coxa, mas ele subiu um pouco para ficar mais confortável. Sua bunda ficou maravilhosa naquela cueca, assim como o volume na frente, mas antes que eu voasse nele pra transar de novo meu telefone tocou. O nome na tela era o de Billy, mas ao atender era Joan.

Brandon?

– Oi Joan, aconteceu alguma coisa?

Aconteceu e eu preciso da sua ajuda.

– Pode falar.

Billy te disse que estamos pensando em ter o terceiro filho?

– Do jeito dele, sim.

Eu tô no banheiro, fiz xixi em três exames de farmácia e os três deram positivo.

– Joan! Parabéns! Espera, e por que você está ligando pra mim do celular do Billy?

Eu quero fazer uma surpresa para ele sobre a gravidez, você conhece ele melhor do que eu. O que eu faço?

– O píer.

Píer?

– Leva ele pro píer de Santa Mônica. Era nosso lugar favorito quando crianças. Anda pelo parque, sobe na roda gigante e conta.

Recomeços (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora