4―Don't blame me

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❝Don't blame me, love made me crazy

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Don't blame me, love made me crazy

If it doesn't, you ain't doing it right

4―Don't blame me

"VAMOS ACORDEM, ESTAMOS QUASE CHEGANDO NA CAPITAL." Lilian entrou no quarto gritando e batendo palminhas, me sentei na cama assustada, mas que droga ela pensa que está fazendo? Lilian e Victor são nossos estilistas, eu não os amo mas também não os odeio, apenas sou indiferente em relação a eles, exceto quando me acordam sem motivo algum. Finnick resmungou ao meu lado e se levantou da cama, seus olhos estão vermelhos e posso ver uma mínima olheira abaixo deles, quase imperceptível.

"Preciso os vestir lindamente para que todos os olhares se direcionem a vocês, mesmo que já tenham uma certa fama, precisamos conquistar o máximo de patrocinadores possíveis. Não estamos competindo com tributos iniciantes, são vitoriosos todos ali tem sua própria fama e são favoritos de alguém." não é possível que ela tenha me acordado para isso, ela acha mesmo que eu me importo com o que eles querem? A olhei da cabeça aos pés, está com uma peruca rosa e roxa, uma maquiagem exagerada da mesma cor, corações espalhados por todo o rosto e um vestido que está me dando dor de cabeça só de olhar. Me levanto da cama andando lentamente em direção de Lilian juro que vou matá-la por ter me acordado para isso.

"Lili, seu pescoço é tão lindo." Toquei seu pescoço apertando de leve, seus olhos azuis se arregalam em desespero, eu tento ser boazinha, eu realmente tento, sinto mãos agarrarando minha cintura me afastando da mulher.

"Não a trate assim, Rora." Finnie me empurrou de leve para dentro do banheiro. "Elá só está fazendo seu trabalho." Ele fecha a porta com força, Ora, como ousa. Sinto meus pés em contato com o chão frio do banheiro, um resmungo saindo de minha boca, estou tão cansada. Não quero usar vestidos chiques ou qualquer coisa parecida, não quero aparecer para ninguém. Ando até o chuveiro, ligando-o na temperatura mais gelada possível, talvez assim eu consiga me despertar um pouco. Aproveito o tempo que tenho para observar o banheiro com mais atenção, ele tem detalhes exagerados de dourado e azul com desenhos de ondas nas paredes, uma pia grande de mármore e um espelho, o vaso é normal e branco tirando o fato de que o assento é transparente e tem pequenos peixes dentro, não são reais, apenas miniaturas, uma janela bem no meio do chuveiro, posso observar as árvores passando com velocidade por ela, quase como se estivéssemos voando. Eu até gosto de ter algo para observar durante o banho mas não posso controlar o pensamento de que de alguma maneira alguém pode estar me vendo. Tiro minha blusa e logo depois minha calça, as dobro colocando em cima da bancada para que eu possa lavar e usar depois. Toco a água sutilmente para sentir a temperatura, um arrepio percorre meu corpo da cabeça aos pés, está congelante.

Aprecio banhos frios, fazem meus músculos ficarem tensos, faz eu me sentir mais forte, mas o mais importante faz eu me sentir viva, de alguma maneira é como se tivesse o poder de me trazer de volta para essa realidade, me sentir dona de meu próprio corpo. Passo os dedos por meu cabelo esfregando meu couro cabeludo suavemente, fechando meus olhos agora, eu quase posso me sentir dentro do mar, as ondas me balançando, o salgado da água em meus lábios, me sinto em paz, me sinto em casa. Estremeci ao lembrar que nunca sentirei o mar novamente, mas uma onda de alivio se fez ao me lembrar do motivo.

CURSED- peeta mellarkOnde histórias criam vida. Descubra agora