1―I can't save us

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I can't save us, my Atlantis, we fall

We built this town on shaky ground

We built this town on shaky ground❞

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1–I can't save us


Luto, culpa, angustia, aflição, dor, sangue. 

"eu te amo, Aura"

Meus pulmões imploram por ar, os sinto contrair dentro do meu peito queimando meu corpo, sinto uma leve pressão na cabeça indicando que é hora de voltar, mas eu não quero respirar, respirar sem o ter aqui comigo, eu não mereço, ele deveria ter o direito de estar aqui e não eu. Não quero ter que sair agora, algo no salgado do mar e no som do oceano faz eu senti-lo, faz eu sentir Kai.

Volto para a superficie, meu pulmão se esforçando para puxar todo o ar possível, o sol me cegando por alguns segundos.

"Aurora" a voz de Finnie invade meus ouvidos mas eu ainda estou muito ocupada tentando recuperar o folego, o salgado do mar junto a claridade faz meus olhos arderem. "Aurora" garoto chato, olho para o meu irmão deixando claro minha indignação. 

"Eu não sei se você reparou mas eu estou tentando respirar aqui" Observo o garoto loiro cruzar os braços e estender a mão para mim, sempre que tem algum tempo livre ele me trás para a parte mais calma do mar e me deixa ter o meu momento de paz, eu gosto de bater recordes de ficar submersa na água. Aceito sua mão subindo no barco, observo o peixe grande que Finnie pescou, certamente daria um ótimo jantar.

"Talvez devesse não passar tanto tempo dentro da água, isso pode te prejudicar. Imagina que frustração, eu não te perdi para os jogos mas perdi para o mar." ele tinha um tom sério mas ao mesmo tempo brincalhão que lhe dava aquela áurea de "estou falando sério mas tentando não ser rude, então por favor colabore". reviro os olhos tentando não rir.

"Você é um chato, sabia? Você sabe que preciso do meu momento no mar todos os dias." ele sorri de lado passando seu braço por minha cintura e me abraçando.

"Eu sei ruivinha, mas você passou muito tempo ali, e eu não gosto disso." Concordo começando a ajudá-lo a tirar a rede de dentro da água para que possamos voltar, a rede é áspera e pesada o que me faz preferir treinar artes maciais do quê carrega-la. Sentei e observei Finnick da partida no barco em direção a nossa casa, ele parece estar sério creio que deve estar nervoso com o evento de hoje, suas costas estão contraídas e ele faz esse beicinho de quem está pensando em algo ruim.

Aproveito para observar o azul do mar o sol reluzindo na água a deixando brilhante, quero voltar, quero entrar no mar novamente, mesmo passando tanto tempo foi tão pouco para senti-lo, as vezes penso em passar o resto da vida no mar, talvez eu o sinta mais perto. Chegamos na orla não tinha sinal de ninguém, talvez pelo fato de que essa orla é reservada apenas para os vitoriosos, o resto da comunidade precisa usar a comum. Eu deveria ser grata, grata por meu irmão mais velho ter sobrevivido aos jogos, por ter tido a chance de me treinar, por eu ter sobrevivido, por termos uma casa grande e comida todos os dias, nosso Distrito é rico mas não significa que a comunidade esbanja fartura, não somos a Capital, no final de tudo ainda precisamos sacrificar aqueles que amamos pelos mesquinhos. Eu deveria ser grata...Mas nada disso faz sentindo quando não o tenho aqui. 

CURSED- peeta mellarkOnde histórias criam vida. Descubra agora