25―A esperança

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How can we not talk about family

When family's all that we got?

25―A esperança

Olho para fora da janela observando as ondas se chocarem na beira da praia, a sensação de voltar para casa é algo do qual pensei que nunca mais sentiria. O azul reluzente do mar e as casas tão familiares surgindo na paisagem pelas janelas do trem, me traz conforto, me traz algo do qual deixei de sentir a muito tempo... esperança.

"Estamos quase chegando." Peeta diz olhando pela janela com um sorriso brilhante em seu rosto. "Eu tenho uma surpresa para você." sua voz é animada e ele parece uma criança sorridente.

"Ah é?" me levanto do sofá indo até ele e o abraçando, apoio meu queixo em seu peito o olhando, sua mão vai até meus cabelos o acariciando com carinho.

"Eu aposto que vai amar."

"Eu sou uma garota muito difícil de se agradar." digo brincando o fazendo sorrir de lado.

"Sei disso." seu sorriso é convencido, bato em seu ombro o repreendendo o que apenas faz seu sorriso crescer.

É instantâneo, não consigo evitar, lágrimas começam a escorrer por meu rosto molhando meu queixo e pescoço no momento em que as portas do trem se abrem, o vento carregado do salgado do mar me faz sorrir em meio as lágrimas trazendo consigo uma enorme sensação de conforto e nostalgia. Peeta sai do trem primeiro do que eu, ele estende a mão em minha direção esperando que eu a pegue e eu faço, o Distrito está um pouco vazio e as poucas pessoas que tem parecem não prestar muita atenção na gente e isso me deixa satisfeita. Enxugo as lágrimas quase sem acreditar que estou me deixando ser tão vulnerável assim na frente de outras pessoas.

O garoto ao meu lado começa a andar em um caminho um pouco especifico demais, arqueio a sobrancelha sem entender. "Você sequer sabe aonde está indo, padeiro?" indago e ele ri acenando com a cabeça.

"É claro que eu sei." ele me puxa para mais perto me envolvendo em seus braços, levanto meu olhar para ver seu rosto, ainda sem entender.

"Eu aposto que não sabe." rebato. Um sorriso presunçoso toma seus lábios e ele beija minha testa com carinho.

"Vai perder uma aposta." ele me rodopia e continua andando, sigo segurando em sua mão, percebendo o lugar com um olhar diferente, como se eu fosse a pequena Aurora novamente, correndo por essas ruas com Finnie e Kai e apreciando até mesmo o menor dos graus de areia, tiro meus sapatos para poder pisar direto no chão. De algum modo as árvores parecem mais verdes e o cinza que me envolvia até pouco tempo a trás está se esvaindo aos poucos, indo embora a cada sorriso que o loiro ao meu lado direciona a mim.

CURSED- peeta mellarkOnde histórias criam vida. Descubra agora