Alívio

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Estou correndo pela floresta enquanto envio mensagens para o Richy, sem acreditar que esse tempo todo o Homem sem rosto era ele.

Paro de repente, uma mensagem do Jake, acho que ele conseguiu sinal novamente.

Jake: Maria?

Eu: O que aconteceu?

Jake: Algo que venho querendo te contar há muito tempo.

Eu: O que você quer me dizer?

Jake: Eu amo você.

Eu: Eu também amo você, Jake.

Ele fica offline, uma lágrima escorre pelo meu olho direito. Guardo o celular no bolso da minha calça jeans e volto a correr o mais rápido que posso.

Vejo luzes de lanternas e vozes, uma explosão acontece, no meu pensamento somente um nome: Jake.

Continuo a correr, ao tempo de ver alguns policiais tirando uma pessoa de dentro na mina, continuo correndo até alcançá-lo prendo a respiração e o abraço.

   — Jake — digo em um sussurro, ele me abraça de volta e consigo soltar o ar, alívio percorrendo meu corpo.

   — Maria... — ele diz com a voz que parece aliviada também e sorrio ao ouvir sua voz pela primeira vez.

Ficamos abraçados por alguns segundos antes que um policial nos interrompesse.

   — Jacob Donfort? — Jake apenas olha para o policial e acena com a cabeça.  — Você está preso. — ele começa a nos separar e colocar a algemas e dizendo seus direitos.

    — Jake, eu vou dar um jeito. — consigo dizer.

      — Maria? — um homem alto, magro, forte, de cabelos curtos e louros em um topete, olhos castanhos, barba por fazer, parece apenas poucos anos mais velho que eu, está vestido com uma camisa azul escura solta, calça jeans preta, tênis preto, jaqueta de couro marrom, usando o distintivo pendurado no pescoço, ele se aproxima com a mão estendida para me cumprimentar. —  Sou o detetive Alan Bloomgate, nós trocamos algumas mensagens.

     — Qual o endereço da delegacia? E do que exatamente estão acusando ele? — aponto o rosto para a viatura onde Jake está.

     — Ele está sendo acusado de vários crimes cibernéticos bem sérios, pelo que sei, posso te explicar melhor na delegacia, eu te acompanho até lá.

      — Posso te seguir eu estou de carro?

     — Sim, por favor. — Ele aponta para eu ir na frente mas não me movo.

     — E quanto ao Richy? Ele...

    — Os bombeiros irão confirmar a morte dele até de manhã. — fecho os meu olhos, mas no momento não tenho como pensar nisso, só espero que dê alguma forma Richy tenha sobrevivido.

Depois do episódio 10 - Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora