Homem Sem Rosto (parte 2)

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O treinamento levou 20 semanas e consegui tirar porte de arma na primeira tentativa, já estou dois meses na UAC, que significa Unidade de Análise Comportamental e estou indo muito bem em campo, tenho colegas experientes, dos quais tiro muito mais conhecimento do que na academia.

Jake também tem ajudado muito durante o tempo em que trabalha aqui, nós já trabalhamos juntos antes no caso da Hannah e, embora tenhamos misturados os sentimos naquela época, hoje separamos bem o trabalho de casa.

Estamos morando juntos a 7 meses e estamos indo bem. Nossa casa fica em bairro residencial com várias casas com jardins lindos, temos bons vizinhos e fica só a vinte minutos do trabalho.

Nossa casa é toda branca por fora e branco gelo por dentro, tenho muito orgulho da minha cozinha moderna, toda de mármore branco, uma ilha enorme no centro, eletrodomésticos em aço inox, fogão por indução, coifa grande e moderna, teto rebaixado com um espaço para a luz solar entrar, o restante da casa segue o mesmo padrão, a casa é grande, suíte com banheira, quarto de hóspedes com o próprio banheiro, temos espaço para lazer, sala com uma bela tela plana.

Hoje de manhã, Jake disse que ia ir mais cedo para a UAC, por isso depois de me arrumar, vou para lá sozinha.

Quando chego me deparo com uma figura familiar, detetive Alan Bloomgate está aqui, mas por qual motivo ele viria até Virgínia?

— Alan? — cumprimento ele com um sorriso e um abraço, ele foi muito gentil e legal comigo quando estive em Duskwood, avisei que chegamos em segurança e ele me deu várias dicas ao longo do treinamento para melhorar para ser uma agente. Ele retribui o abraço, mas está sério. — Está tudo bem? — digo olhando para ele e para Reid que também está sério.

— Maria, o Jake veio com você? — Reid me pergunta. Fico confusa porque o Jake disse que estaria aqui.

— Não, ele disse que ia vir mais cedo para cá, ele não está aqui? - Reid e Alan se olham — O que está acontecendo?

— Maria, sei que declaramos Richy morto, 7 meses atrás, não tinha nenhuma evidência que comprovasse que ele tinha sobrevivido a explosão mas não foi bem isso que aconteceu. — minhas mãos começas a tremer — Ele sobreviveu de alguma forma e foi achada alguns dias depois na floresta. Ele não estava são, então foi internado na ala psiquiátrica na cidade e fugiu faz uma semana.

Respiro fundo, nervosa, passo palavras chaves na cabeça. Richy está vivo, ele não está são, Alan está aqui, onde Jake está? Passo as mãos no rosto, respiro fundo novamente tentando formar uma frase.

— Tá me dizendo que o Richy pegou o Jake? Ele não está desaparecido.

— Maria, ele não está aqui. — Reid, fala devagar — ligamos para ele quando o detetive apareceu e o celular dele está sem sinal, sabe algum outro local que ele possa estar?

— Academia, mercado, eu não sei. Por que não fui avisada que o Richy estava vivo? — estou falando em voz bem alta mostrando claramente a minha irritação.

— Eu não sei, você falou no velório dele, não sabia como ia reagir e você não queria mais saber sobre as pessoas de Duskwood. — Alan me responde.

— O Jake sabia?

— Acredito que sim.

Me sento, nervosa, pego o celular e tento ligar para o Jake que não atende, saio voando e vou até a sala da Garcia.

— Penélope, quanto tempo leva para localizar o celular do Jake?

— Oi, Maria! — ela diz assustada. — posso fazer isso agora mesmo. Está tudo bem?

Depois do episódio 10 - Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora