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•••

Você se sentou na cama sorridente é olhou para Kokonoi que mantia uma expressão triste em sua face, oque lhe deixou preocupada de certo modo, afinal ele sempre está com um lindo sorriso fino presente em seus lábios pálidos com um pequeno toque avermelhado.

— Aconteceu algo Koko? Oque queria falar comigo? - Você perguntou com um tom confuso evidente em sua voz. O moreno suspirou pesadamente passando a mão pelo próprio rosto. - Você está bem?

— Não [Nome], eu estou péssimo. - Confessou parecendo tentar manter a calma. Você se levantou andando até ele.

— Está sentindo dor? Quer ir ao hospital? - Ele negou e se afastou de ti. - Hajime Kokonoi, oque está acontecendo que você não quer me contar!

— Eu quero terminar [Nome], estou cansado disso, não tem mais graça. - Disse sem olhar em sua cara e você franziu o cenho sem entender.- Comecei isso achando que você me tiraria do tédio, mas pelo visto gente pobre não presta nem pra isso.

— Pra você ver como é as coisas né. - Você riu coçando a nuca. - Então tudo não passava de um passa tempo? Não tem vergonha nessa tua cara linda não Hajime?

— Eu não quero mais se quer olhar na sua cara mais, espero que suma da minha vida o mais rápido que apareceu. - Você riu sentindo seus olhos queimarem ao se encher de lágrimas.

— Eu por acaso tenho cara de brinquedo porra?! - Você indagou olhando furiosa para o moreno que ainda não se atreveu a lhe encarar. - Pode até não parecer pra você seu infeliz! Mais dói pra cacete!

— Isso não é problema meu Sohayo, sai da minha casa. - Disse sério travando o próprio punho com força. - Estou enjoado de ouvir sua voz.

— Pois agora você vai ouvir! Vagabundo, infeliz, desgraçado, pau no cu, resto de gozo, incircusizo, seu merda! Porra, o coração dos outros não é brinquedo não! - Você esbravejou andando até ele, e em uma distância considerável você socou o rosto do moreno que recuou alguns passos ainda sem lhe encarar.

— Para com isso... eu não quero te machucar. - Disse baixo e você gargalhou.

— Eu já estou machucada Kokonoi, porra eu te amo e no fim você só estava me usando. Sabe o quanto meu peito tá doendo?! Em? Seu mimado do caralho.

— SAI DAQUI [NOME]! PORRA MULHER! - O moreno gritou é tentou se afastar, mas você o impediu agarrando a gola de sua camisa e o chacoalhando.

— PORRA O MEU PAU KOKONOI! CALA A BOCA QUE AGORA VOCÊ VAI ME OUVIR! - Você gritou sentindo as lágrimas teimosas escorrerem de teus olhos até as bochechas até chegarem ao seu queixo e caírem.

— Oque diabos tá acontecendo aqui?! - Duas vocês familiares ecoaram pelo cômodo, você olhou vendo Inupi e Akane.

— Você tem dedo nisso né sua vagabunda! - Você disse e olhou para Akane mortalmente. - Kokonoi me fala que isso é só uma brincadeira sua... uma péssima brincadeira! Me fala!

— Eu não estou brincando [Nome], eu não te amo, era tudo um simples passa tempo pra mim. - A dor era eminente na voz do moreno que não conseguia te encarar. - Sai da minha casa. Eu amo a Akane, não você.

Você nada disse, o socou três vezes seguidas o deixando jogado no chão com vários machucados no rosto, em seguida foi até Akane que tentou fugir, mas você foi mais rápida chutando a boca do estômago dela e acertando três tapas em seu rosto. Inupi lhe olhou achando que era o próximo, mas você não moveu um músculo.

Cuida desse infeliz pra mim Inupi. - Você disse entre lágrimas e logo saiu sem aguardar uma resposta.- Confio em você.

Eu irei.

°°°

Você estava trancada em seu apartamento sozinha, Yuzuha estava com Hakkai em outro lugar, oque lhe deu a liberdade de chorar até que suas lágrimas secassem. Várias garrafas de 51 e vinho estavam espalhadas por seu quarto, a música Surtada ecoava por todo o cômodo lhe tirando um sorriso ou outro ao lembrar de certos ocorridos.

Em sua mente rondavam as palavras de Kokonoi, que por mais dura que fossem, e você mesmo tentando não ligar, afinal para você no começo era por causa do dinheiro, mas acabou se envolvendo com negócios a parte. Era apenas uma brincadeira de mau gosto, infelizmente para oque foi dito não tinha mais volta.

As palavras estão gravadas em sua mente. Sua nova nota mental é: Não me de conselhos, sei errar sozinha.

As batidas na porta de seu quarto lhe tiram de seus pensamentos e logo uma voz familiar ecoou pelo cômodo.

— [Nome] e o Draken, abre aqui pra gente conversar. - A voz calma do loiro lhe fez querer chorar mais. - A Yuzuha disse que você está aqui a cinco horas, não saiu pra comer nem nada do tipo, ela até te chamou e você não respondeu.

O tempo passou tão rápido que você nem percebeu, nem se quer notou que alguém havia lhe chamado antes. Você se levantou e foi até a porta do quarto respirando fundo antes de abrir a porta, assim dando espaço para que o loiro entrasse e ao fazer você fechou a porta.

— Desculpa... - Sua voz rouca ecoou pelos tímpanos do loiro que arregalou os olhos. O mesmo ascendeu a luz e olhou ao redor vendo o quão sujo estava, em seguida olhou para você.- Eu não queria incomodar.

— Oque foi que aconteceu? - Ele lhe puxou para um abraço caloroso e beijou o topo de sua cabeça. - Oque foi que aquele resto de gozo fez contigo?

— Draken... eu sou tão boba assim? - Você perguntou erguendo a cabeça e olhando no fundo dos olhos negros do loiro. - Eu sou um brinquedo?

— Que?! Não! - Ele não estava entendendo muito. - [Nome] me fala oque foi que aconteceu.

E você não o respondeu novamente o abraçando de novo enfiando o rosto em seu peitoral, você sabe que se ousar se quer pensar cairá em um choro profundo novamente, é não é isso oque quer no momento. Quer apenas conforto, oque apenas Draken consegue lhe proporcionar.

E assim se passou longos trinta dias, sempre que lhe perguntavam oque havia acontecido você ignorava e abria um longo sorriso, tudo farsa, mas está contando.

Draken recebeu uma proposta para trabalhar fora, e lhe convidou para ir com ele morar na Europa, você aceitou na hora sem ligar para quem iria deixar para trás, afinal tudo oque você um dia amou lhe fez sofrer pra caralho.

— Vai pela sombra sua rapariga. - Yuzuha chorava com raiva por você a deixar. - Espero que você volte.

— Talvez no inferno a gente se encontre. - Você disse e riu subindo as escadas do avião ao lado de Draken. E ao olhar uma última vez para porta do aeroporto pode ver Inupi ao lado de Kokonoi, isso lhe quebrou e as lágrimas desceram novamente sem permissão.

Talvez em outra vida você possa ser a minha surtada. - Kokonoi disse lhe vendo partir.

— Tá sabendo que a culpa é sua né seu vagabundo! - Inupi socou o ombro do amigo se virando de costas saindo dali.

Continua...?

𝑺𝑼𝑹𝑻𝑨𝑫𝑨| 𝗞.𝗛𝗮𝗷𝗶𝗺𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora