Chicago P.D

EP 8

Artémis.

Desperto com o barulho de um telefone tocando a alguns metros de mim, tento abrir meus olhos só que sinto os mesmos pesados, meu corpo está tremendamente dolorido, resolvo tentar me mexer só que novamente não consigo.

Começo a tentar ouvir o que está se passando envolta de mim, e tento me lembrar a onde eu estava e o que estava acontecendo.

Consegui ouvir um barulho de zíper, com ainda o toque de fundo do telefone tocando, sons de passos que pelo que percebi estava próximo a mim agora está se afastando, ouço um zumbido da porta da cozinha se abrindo e consigo identificar que estou na garagem, não consigo pensar em mais nada só consigo prestar atenção nos sussurros que estou tentando indentificar o que se é falando só que novamente não consigo.

Ouço novamente passos se aproximar e consigo sentir alguém se abaixando ao meu lado.

Jacob: sei que está despertando, reconheço seu corpo melhor que qualquer um querida, vou precisar sair quero essa casa brilhando quando eu voltar e se possível não quero ver sua cara tão cedo, está proibida de sair desta casa até que eu permita, e sem polícias criança. - sinto o mesmo se afastando e logo ouço o barulho do carro saindo da garagem.

Logo me vem a mente tudo que aconteceu até antes de eu apagar, sinto minha cabeça dolorida então presumo que foi por conta do baque que apaguei, reúno forças que até antes de apagar pensei que não tinha.

Tento me levantar do chão frio da garagem, só que logo solto um grunhido de dor, Jacob deve ter me batido enquanto estava apagada.

Fiquei um tempo sentada no chão pensando no que tinha que fazer, poderia simplesmente sair dessa casa e nunca mais voltar, só que não posso deixar minha mãe sozinha com esse cara por mais que ela tenha consciência que ele me machuca, o mesmo já me deixou bem claro que a mataria se eu fosse embora e seria bem pior ainda se eu a levasse comigo, tentei uma vez e apanhei durante 2 dias quase seguidos.

Preciso urgentemente sair desta situação, sempre termino desse jeito, apagada,dorida e sem me lembrar de fato o que ocorreu de verdade. Sempre acho que na próxima vez eu não consiga sair viva, ou que Jacob abuse de mim...

Preciso bolar algum plano, só que preciso viver o agora, se não fazer o que Jacob mandou aí sim vou apanhar mais ainda. Consigo me levantar e vou saindo da garagem em direção a cozinha usando a parede como apoio para me manter em pé, passo pela cozinha, o corredor e vou direto ao meu quarto que fica a direta depois da escada, me sento na escada e escoro minhas costas na parede tentando recuperar o ar que perdi nesta pequena caminhada da garagem até aqui.

Me levanto logo depois de alguns minutos, começo a subir a escada com todo o cuidado que consigo ter, pois eu sei que se cair dnv eu não vou conseguir levantar, chego ao topo e vou para meu quarto que agora vejo que está com a porta aberta e todo revirado, isso explica como Jacob achou minhas chaves.

Quando vou para o meu guarda roupa paro no meio do caminho me observando no espelho, rapidamente lágrimas que estava me recusando a soltar descem de meus olhos, estou com os cabelos todo desgrenhado e dolorido, minha bochecha direta está com um corte médio e profundo fazendo sangue escorrer pelo meu corpo abaixo, sei que vou ter que dar pontos, abaixo do meu olho esquerdo está começando a ficar um arroxeado, meu pescoço está marcado com chupões e minha camiseta está rasgada deixando meus seios a vista sendo contidos apenas pelo sutiã que estou vestida, minha cintura ainda está marcada pelas mãos dos garotos.

Decido ignorar a figura destruída do espelho e os chupões agr só preciso de um banho então pego a primeira muda de roupa que vejo e vou tomar banho, quando termino dou quatros pontos e meio em meu corte, quando vou desembarcar meus cabelos eu não consigo por estar com o couro cabeludo dorido, decido só juntar e fazer um coque bem frouxo.

Sei que Jacob só vai voltar daqui 4 dias, por isso não me preocupo em fazer o que ele pediu, sempre que acontece algo assim ele desaparece por alguns dias e por algum milagre minha mãe volta por alguns dias como se nada tivesse rolando e resolve por si só ignorar meus machucados, os quais ela sabe que quem causou aquilo foi seu amado namorado, espero que desta vez ela não volte, não sei o que eu seria capaz de fazer cheguei no meu nível máximo de exaustão.

Por esse motivo decido tomar dois comprimidos para dormir e mais dois para dor, amanhã pretendo que seja um dia diferente, eu preciso que seja...

RB