Capítulo 8

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Malévola volta para o ninho e Diaval está lá esperando por ela. Malévola sem dizer nada movimenta os dedos e o transforma em humano de novo.

- Eai, o que houve? - Pergunta se aproximando.

- Acho que tem algo de errado com a Luna, acho não, a Tereza me confirmou.

- A Curandeira, por que foi vê-la?

- Aconteceu um episódio hoje, a Luna ficou extremamente rígida e seria, fora do comum, depois de uns minutos ela disse que não se lembrava de nada. - Diz se sentando na cama.

- Como assim? Ela anda reclamando de dores de cabeça. - Diz e Malévola o olha.

- E você não me disse nada? Como pôde ser tão imprudente? - Pergunta chateada.

- Eu levei ela no médico, ele disse que pelas condições dela ela deveria estar morta, me irritei e levei ela embora. Nossa filha está doente?

- Receio que seja pior, Tereza disse que algo sombrio dentro de Luna. Mas ninguém sabe o que?

- E o que podemos fazer? - Pergunta.

- Esperar que ela não sucumba a essa magia das trevas.

- Então não podemos fazer nada, para impedir?

- Infelizmente, não.
...

Luna estava na fronteira quando Kael aparece.

- Kael! - Diz abraçando o menino.

- Oi Luna, meu pai quer te conhecer. - Diz sorrindo de leve.

- Claro, mas antes tenho que avisar minha mãe. - Diz sorrindo.

- Melhor não, ela não gosta muito de mim.

- Desculpa menino, ela vai avisar a mãe dela. - Diz Luna com uma voz diferente.

- Que isso, Luna? - Pergunta Kael assustado.

- Não é a Luna agora, Meu nome é Anne, digamos que eu sou a outra por trás da Luna. Não confiamos em você.

- Mas eu não quero fazer nada de errado.

- Garoto eu sei que são da minha família biológica, sei que foi esse o nome que deram para ela, mas eu vou protegê-la.

- Como sabe disso?

- Eu me lembro de coisas que a Luna não se lembra. Eu não vou deixar ela ser inocente a esse ponto.

- Eu não vou fazer nada de errado.

- Vamos falar com nossa mãe agora, espere.

- Tudo bem, eu espero... - Diz sorrindo

Luna voa de volta para o ninho e encontra seu pai e sua mãe se beijando.

- Ei! Criança presente. - Diz "Anne".

- Ah! Luna que bom, você está bem? - Pergunta a Malévola.

- A Luna não está no momento! Eu sou outra pessoa. - Diz e seus olhos ficam azulados brilhantes.

- Quem é? - Pergunta Diaval e Malévola a olha.

- A coisa dentro da Luna, deixa minha filha em paz, sai de dentro dela.

- Sinto muito, mas Luna e eu somos um só, eu só tenho a personalidade um pouco mais forte. Segundo a velha eu sou sombria, mas eu vejo diferente, eu mantenho a Luna viva, deviam me agradecer. - Diz Sorrindo irônica.

- Como? Qual seu nome? Claramente não atende como Luna! - Diz Diaval.

- Olha você é um corvo, mas é inteligente, meu nome é Anne, prazer eu sou a segunda personalidade da pequena e doce Luna.

- Então, você é só uma parte da Luna.

- Todos nós temos uma parte que não gostamos de mostrar, somos como demônios internos, acontece que esse doce anjinho não tem controle sobre mim.

- Anjo? Ela é um anjo mesmo? - Pergunta Malévola.

- E você achou que ela fosse o que? Pelo amor do pai, ela é muito mais forte que qualquer fada, até mais que você, acontece que não sabe usar seus poderes ainda, e é aí que eu entro, protejo ela para que ela não se coloque em risco. - Diz sentando e pegando o coelho.

- Entendo, mas está fazendo mal para Luna, não tem como você só sair, porque escolher uma criança.

- Vocês não entenderam nada né?! Eu sou a Luna, só que sua segunda versão se eu for embora a Luna morre, entendeu agora e acredite não sou eu que estou fazendo mal a ela. - Diz acariciando o coelho.

- Então quem é? - Diz Malévola se exaltando.

- Você não me dá medo, fênix. São os poderes da Luna estão ficando mais fortes para um anjo da idade dela não é normal.

- Deixa eu falar com minha filha, por favor! - Diz Malévola.

- Claro! - Com um estalar de dedos a Luna volta confusa.

- Como eu cheguei aqui, mamãe! - Malévola a abraça e diz que nada vai fazer mal a ela. - Não entendi, o que aconteceu?

Malévola olha de canto para Diaval que apenas acena com a cabeça.

- Meu amor, sente-se temos que conversar.

- Sobre o que?

Contaram tudo e a menina pôde ouvir uma risada interna.

- Eu tenho uma outra pessoa dentro de mim? - Pergunta assustada.

- Não exatamente... Ela é você só que uma parte de você.

- Isso é confuso demais. Eu sou inteligente, mas não estou entendendo. Essa pessoa, me controla quando estou em perigo?

- Exatamente... Ela te protege... Por isso está tendo os lapsos de memória. - Diz Malévola pegando a mão de Luna. - Mas não se preocupe, mas não se preocupe vamos ajudar você a estar sempre no controle.

- Tá bom. - Diz sorrindo de leve. - Posso brincar na fronteira?

- Eu vou com você. - Diz Malévola.

- Tá bom. - Diz e voam até a fronteira.

Luna brinca várias vezes, voa de árvore em árvore brincando de pega pega com a mãe, pousam no chão.

- Tô com fome. Pode pegar aquelas frutinhas que eu gosto? - Diz perguntando a mãe

- Sei não, a árvore é um pouco longe da fronteira. - Diz passando a mão no rosto da filha tirando os cabelos grudados devido o suor.

- Ah... Por favorzinho. - Diz juntando as mãozinhas e fazendo biquinho. - Você voa mais rápido que eu, você vai voltar num estante.

- Tá, mas fica mais pra cá, não vá para cidade local e não converse com estranhos, volto já. - Nisso a mãe bate as asas e voa para buscar as frutas.

- Tá bom, é só eu e você senhor coelho.
- Diz com o coelhinho de pano na mão.

Sua mãe demora um pouco para voltar, Luna vira de costas para fronteira e sente uma mão forte e grande agarrando ela. Ela tenta gritar, se debater com as asas, mas de nada adianta, pois fica sem ar e desmaia logo em seguida solta o coelho no chão.

Amor impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora