Decalcomania • Jikook

02. was not foreseen

Quando so hee foi embora. Pensei que dai por diante, eu poderia finalmente ter JK só para mim.
Finalmente eu poderia o amar.

Como eu fui ingênuo.

Depois que ela partiu, jungkook passou semanas dentro de casa, sem ir para escola e até mesmo sem falar comigo.
Como se toda a culpa fosse minha de sua partida.
E mesmo assim todos os dias, eu ia em sua casa.
Mas não batia em sua porta, eu não tinha coragem.

Porra isso tudo por mulher JK?

Mas o mais angustiante era que nossa amiga, e grande amor de kook. Sempre mantinha contato, todavia pelo oque ela me falava, nem a mesma ele respondia. Sendo sincero, eu o entendia. Kook se sentia abandonado.

Han so hee, sempre esteve lá para ele, e em um estalar de dedos, a mesma não estava mais. Talvez ele estivesse tentando proteger o pequeno jungkook, que ainda existia dentro dele e clamava por atenção.

Então me desculpa kook, por atrapalhar sua proteção, o mandando uma mensagem. As duas horas da madrugada.

"Jungkook, se você não aparecer em minha casa, em menos de 10 minutos. Nunca mais serei seu amigo"

Eu achava, que nunca seria respondido. Porém, em menos de segundos a mensagem foi visualizada. E de uma forma chocante, antes do relógio marcar 10 minutos, um barulho foi ouvido na porta.

Jungkook estava do lado de fora, respirando fundo como se tivesse corrido uma maratona, fiquei com dó, mas aquilo foi mais que necessário.
Eu não deixaria que jungkook morresse por uma pessoa, que provavelmente nunca faria o mesmo por ele.

Nossa conversa foi longa, e a cada instante JK chorava, falando que nunca tinha sido amado.

Você foi sim muito amado jungkook, por mim.

"Eu te amo" saiu da minha boca sem pensar nas consequências, e pelo oque parecia, o mais novo agiu sem pensar nas consequências também.

E uma coisa posso dizer, não tinha previsão para chuva naquela madrugada, assim como também não tinha previsão para um beijo.

Mas pelo oque parecia, nada foi como previsto.

Assim como a chuva que caia fora da minha casa. E seus lábios juntos aos meus.

" Fica comigo, e eu prometo que você vai esquecê-la" talvez fosse a adrenalina, que tomava conta de meu corpo. Ou só falei oque tanto queria ter dito, sem pensar nas consequências.

E deu "certo". Por um breve tempo, fomos o casal feliz que eu sempre quis que fossemos.

Mas, no fundo, dava para perceber o quão distante JK estava. Às vezes eu o pegava olhando para o celular, procurando notícias dela. Eu tentei esquecer tudo, e até mesmo o mais novo fazia de tudo para que eu não percebesse.

Principalmente quando eu fiz 18 anos, foi o dia em que ele se esforçou para que eu sentir-se que ele fosse meu.
Suas mãos estavam presas ao meu corpo, em um quarto escuro.

Eu pensava que nunca mais fosse ocorrer.
Ele beijava meu corpo, meu rosto e suas mãos deslizavam por todo lugar que era permitido.

E novamente, senti o peso de seu corpo sobre mim, assim "dormimos" juntos. Dessa vez, eu lembro de cada detalhe.
Me recordo de seus olhos fechados a todo momento.

Porém, não foi isso que mais doeu. E sim oque aconteceu logo a seguir.

"han... so hee ahhhh" no mesmo momento em que o nome saiu de sua boca, o mesmo se arrependeu.
E finalmente abriu os olhos.
Na verdade, aquilo não me chocava, eu sabia que ele pensava nela.