⛓Capítulo 5: Um lado bom⛓

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"Todos têm uma coisa boa para mostrar, só que, as vezes essa coisa se encontra enterrada tão profundamente que nem todos podem conseguir encontrá-la."

A última noite foi longa e de grande insônia para Billi, suas tantas perguntas sobre Easton e seus próprios sentimentos ficaram pairando no ar até que elas se dissolveram no silêncio daqueles livros. Ele tentou ler, talvez o Sr. Darcy fosse uma prova sobre o julgamento errado que as vezes fazemos sobre uma pessoa. Então, ele concluiu que talvez tivesse julgado errado o coração de Easton e ele tivesse um lado bom, no entanto, o que aconteceu entre eles no começo da noite não provava nada sobre suas virtudes. Billi não se arrependia do que tinha feito, mesmo que soubesse que sua paixão era um forte tentação, não sentia que era errada ou sinônimo de fraqueza, mas aquilo o deixou pensativo e ele só conseguiu adormecer no meio da madrugada, no chão com o livro de Orgulho e Preconceito sobre seu peito.

Easton quase não consegue dormir, mas ele fingiu por longas horas enquanto escutava Billi se remexer na cama e o viu discretamente deixar a cama no meio da noite para ler. Aquele homem conseguia arrancar dele seus melhores sentimentos, apenas olhar Billi em segredo no meio da noite fazia seu coração acelerar e ninguém nunca conseguiu provocar isso nele. Sempre foi Billi, antes, agora e depois, a única pessoa que fazia seu coração acelerar.

Quando a manhã chegou, Easton levantou e foi tomar banho, ele não mexeu em Billi e o deixou dormir, assim, após deixar o banheiro completamente vestido com as roupas comuns de seu estilo, ele saiu passando a ordem para os seguranças vigiavam Billi e o levassem pra tomar banho assim que terminasse de tomar café da manhã. Dito isso, ele saiu pois tinha um lugar aonde precisava urgentemente ir.

Havia um lugar no subúrbio que ficava um pouco longe da propriedade de seu velho tio avô, ele pegou o carro menos sofisticado que tinha na garagem e dirigiu até esse local com apenas uma arma e munição, caso algum espertinho tentasse o assaltar, ele já estaria de mãos cheias. Deste modo, Easton chegou algumas horas depois de muito dirigir, a um estabelecimento simples com uma grande placa em luzes florescentes dizendo "Bar do Todd". Ele entrou naquele lugar por um estreito corredor que ficava na lateral de uma loja de sopa e atravessou aquela grande extensão passando por um grupo de pessoas que fumavam maconha. E quando finalmente conseguiu entrar, o barulho estava alto e não eram nem dez da manhã.

Em meio a prostitutas e homens bêbados que estavam chapados desde a última noite, Easton atravessou o salão até conseguir chegar ao balcão e sentar-se em um banco velho todo enferrujado nas pernas. Havia um simples bar alí atrás com bebidas variadas expostas. O Barman, que era o dono do estabelecimento, estava de costas, mas assim que virou limpando suas mãos com um pano, deu de cara com um velho conhecido que há muito tempo não via. Ele ficou surpreso e sorriu.

— Easton! Seu vagabundo, quanto tempo! — Todd disse animado com um belo sorriso branco. Ele é um pouco mais alto que Easton e usa um uniforme preto, além de que tem uma pinta de homem sem caráter e belos dentes brancos retos.

Easton esticou sua mão e cumprimentou seu velho amigo que o puxou para um rápido abraço dando tapinhas nas costas dele.

— É bom te ver irmão, faz um bom tempo que eu queria vir aqui.

— E por que não veio antes? É sempre bem-vindo, Haha. — O homem deu um sorriso e preparou um shot para o amigo. — Beba isso, é muito bom.

— Obrigado. — Easton agradeceu virando o pequeno copo de vidro de uma vez. — Argh! Isso é muito bom mesmo.

— O que te fez vir até aqui? É estranho você aparecer do nada, não lembro de estar devendo dinheiro ou alguma coisa assim. — O homem disse apoiando as mãos no balcão.

Refém Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora