Refém Do Amor

⛓️Capítulo 16: A procura do inimigo⛓️

Aquele em que você mais confia pode virar seu inimigo e aquele em que você mais duvida pode tornar-se seu maior aliado.

Um barulho alto de tiro ecoou pelos corredores da mansão Thakur, Karat e Kun estavam praticando tiro juntos esta manhã e Kim os assistia enquanto comia uma maçã sentada em uma cadeira no canto da sala. Era a primeira vez em muito tempo que aquela figura aparecia trajando um vestido longo, não é algo do seu feitio, mas há um porquê por trás disso.

Quando os três companheiros chegaram na sala de tiro nenhum dos dois entre o casal que praticava reparou neles, apenas quando aproximaram-se um pouco mais Kim os avistou e ergueu o braço acenando.

— Olá! Vocês vieram, que surpresa! — A mulher disse dando uma última mordida na maçã. — Venham até aqui, meus pês estão doloridos, não consigo ficar de pé.

— Aconteceu algo? — Billi perguntou chegando um pouco mais perto dela.

— Billi? — Karat abaixou a arma e olhou para o homem. — Que surpresa, não estávamos esperando esta visita.

— Desculpe por termos sumido daquela vez. — Billi pediu com um sorriso fraco.

Karat chegou um pouco mais perto daquele homem e sacudiu a cabeça franzindo um pouco o meio da testa.

— Não peça desculpas por coisas passadas. Estou feliz em te ver aqui. Como estão as coisas entre você e Easton? Ele é um bom marido?

Billi esticou os lábios no que deveria ser um sorriso e assentiu.

— Ele é bom para mim. Um ótimo namorado.

— Eu não consigo vê-lo como um bom namorado. — Kim disse com uma pitada de desgosto. — Easton, o rei da implicância, sendo bom para alguém? É difícil de acreditar. Ele te provoca ou tenta te diminuir?

Billi ficou um pouco chateado com aquela acusação e sua expressão tornou-se um pouco obscura. Easton não é mais nem a sombra do homem sádico de humor negro que um dia foi, mas é claro que Kim não acompanhou a evolução do homem para ter noção do tamanho de sua mudança.

— Easton não é assim, pelo menos não agora, não comigo. — Foi a resposta do homem.

— Se você diz, então...

— Eu estou bem aqui. — Easton disse surgindo por trás de Billi. Aquela figura apoiou o braço no ombro do namorado e encarou a prima com um sorriso falso nos lábios. — Vocês adoram me colocar como vilão. Eu só tenho um humor incompreendido, minha querida Kim.

— Um humor ácido.

— É o meu jeitinho.

Ele piscou e ela virou o rosto com desdém.

— O que te trouxe aqui? — Kun perguntou aproximando-se mais do grupo. Ele guardou a arma e prestou atenção em Easton.

O homem soltou Billi e voltou-se a ele arrumando a postura parecendo um pouco mais sério que antes.

— Acho que precisamos conversar sobre o seu pai e o que ele pode estar fazendo contra o Clã. — Ele disse.

— Vamos para o meu escritório então.