Fractured Paths - Tradução

Capítulo 10

Londres era a definição de uma cidade grande e antiga.

Cada edifício de pedra tinha sua própria história, a ponte da torre sobre o rio Tâmisa, a Catedral de Saint Paul. Ambos sobreviveram a inúmeras tentativas de invasão. Em duas das chamadas Guerras Mundiais Trouxas, o telhado da catedral foi danificado, mas os trouxas trabalhadores a reconstruíram. Ou assim Regulus leu em seu folheto, no qual ele fingiu não estar interessado, para que Lucy não descobrisse que ele achava essa história admirável. Não que ele precisasse esconder isso dela. Ela estava muito ocupada olhando boquiaberta.

Outdoors brilhantes e edifícios novos e altos espremidos entre os restos de castelos e estátuas antigas. Sinais elétricos exibiam várias mensagens dos lados ou topos de outros edifícios. Regulus não tinha ideia de qual era o motivo disso.

Várias vezes, Regulus parou para observar os londrinos correndo pelas ruas lotadas em multidões.

Enquanto ele estava com Lucy na entrada do não oficial Centrum Piccadilly Circus, Regulus não pôde deixar de se sentir deslocado. Apesar de ter vivido em Londres toda a sua vida, ele nunca a tinha visto assim, da perspectiva dos trouxas.

Lucy ficou boquiaberta com tudo, mais do que na aldeia de Jonas e Albert. No momento em que pisaram dentro do recinto do circo, ela parou em descrença. Outdoors e pessoas ocupadas enchiam a área.

— Vamos. — Regulus a guiou até seu destino com uma mão em seu ombro. — Estamos quase lá.

Lucy assentiu lentamente, os olhos ainda estudando tudo ao seu redor como se tivesse acabado de cair em um mundo de fantasia.

Quanto mais perto eles chegavam de Londres, mais eles percebiam que encontrar trouxas era uma inevitabilidade. Cada vez que eles encontravam um, ele ou ela dava um olhar estranho ao manto de Regulus, o que resultava em Regulus e Lucy fazendo uma parada para adquirir roupas trouxas. No entanto, 'adquirir' acabou significando roubar algumas coisas de um varal abandonado...

Eles ainda não tinham nenhum dinheiro trouxa, mas pelo menos agora Regulus usava jeans, uma camisa branca e um longo e pesado casaco preto. Um cachecol cinza enfiado no pescoço para proteger do frio do final de novembro.

Lucy ainda usava seu roupão gasto. Embora irregular, era quente e confortável, e ela enrolou o lenço vermelho em volta do corpo e colocou um gorro de lã vermelha, que escondia parte do cabelo rebelde e aquecia as orelhas.

A princípio, Regulus recusou-se a usar chapéu, uma decisão da qual se arrependia agora. Apesar das roupas, ambos lamentavam a piora do tempo, pois a temperatura caía a cada novo dia. Cada respiração trouxe uma nuvem de branco.

— Teremos que entrar no Beco Diagonal, — disse Lucy.

— Eu sei, — Regulus murmurou enquanto esfregava os braços para aquecê-los.

— Podemos encontrar alguém que nos reconheça... — disse Lucy.

— Eu sei disso também. Só precisamos ser rápidos.

Lucy puxou o chapéu mais para baixo e enfiou mais cabelo nele, então ela puxou o cachecol de Regulus sobre o nariz dele e deu uma olhada nele.

— Vamos indo então.

Eles encontraram o Caldeirão Furado com relativa facilidade. Estava quase vazio, mas Regulus e Lucy ficaram aliviados por estarem em algum lugar perto de casa novamente.

Eles entraram no Beco Diagonal apenas para descobrir que parecia semelhante ao pub com apenas um punhado de pessoas. Como não eram férias de verão, ninguém estava comprando coisas para a escola, e os poucos ocupantes andavam de cabeça baixa e se moviam rapidamente.