cap. 4 Kim Nam-joon

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Por mais que eu pense, não consigo tirar a razão de Suho, querendo ou não ela está certa.

Meu irmão irá nos caçar até no inferno, depois dele se possível. Eu não sei o que eles tem, Suho e Seok-jin quando os vejo, além da culpa que sinto, vejo algo neles, algo que não consigo explicar, com certeza tem ódio, muito ódio por parte de Seok-jin, mas e Suho? Sempre que pergunto sobre ele, a mesma desconversa, diz que é seu marido e não pode mudar isso, mas eu sinto ciúmes, muito na verdade.

E raiva, não só de Seok-jin, mas também Min Hyo-jin, maldito foi o dia que essa menina nasceu, porque tenho que casar com ela? Porque meu pai não esperou mais um pouco? É uma criança.

Fecho os olhos respiro fundo, tentando ver de onde vem toda essa raiva repentina que sinto por ela, e não é exatamente dela, acho que é mais da situação, ela é como se fosse o sintoma, dor do problema, mas não é exatamente o problema.

Vou escrevendo meus sentimentos, ao poucos, colocando todo meu ódio no papel, deixando que essa minha raiva de Seok-jin, Min Hyo-jin, do rei e até mesmo de Suho que me descartou na primeira chance que teve.

Suho! Porque você não quer vim comigo, quero dizer eu sei porque, eu conheço a razão, e ela tem toda a razão, mas nesse momento não é o que sinto, esse aperto, essa dúvida em pensar que eu amo mais do que ela me ama é como um buraco no meu coração.

— Jeon jungkook está aqui. —Servo anuncia.

— Pode entrar. — O garoto entra se curva e senta-se sobre seus pés a minha frente. — Relatório.

— Como pediu, analisei a rotina de sua noiva, ela não tem visitas constantes, apesar de muitos ministros irem falar com o seu futuro sogro. — Jungkook me entrega uma lista com os ministros que foram. — A senhorita está sempre acompanhada de sua serva Young do clã Min.

— Nada de anormal? — Pergunto e paro de escrever para olha-lo nos olhos.

— Sim senhor, hoje a noite estava no telhado, a senhorita Min foi para o escritório do pai mas logo saiu com ele. — Jungkook demora para falar, então percebo que foi grave. — O senhor Min arrastou a menina para um lugar vazio da casa, onde tem um porão, ele foi muito agressivo, segurava ela de uma forma possessiva. — Prendo a respiração. — Quando entraram ela estava implorando para não entrar, se jogava no chão, tudo no intuito de não entrar, mas o pai a levou mesmo assim, e quando saíram, ela estava diferente, como se ele tivesse feito algo que a deixasse totalmente submissa a ele.

Ele bateu nela? Não, ele idólatra a filha, impossível que ele bata nela, mas jungkook não mente, ele é totalmente fiel a mim, então por que o senhor Min Hye fez isso com aquela menina frágil? Engulo seco lembrando dos pensamentos que tive logo agora, e do que escrevi sobre ela no meu diário, foi desnecessário.

— E depois disso?

— A serva dela, se pôs a carrega-lá, limpa-la e depois a levou um pouco de chá. — Jungkook termina, mas ele parece querer perguntar algo, aceno para que pergunte. — Ela não é tão ruim assim.

— Não é? — Sorrio com o comentário.

— Finge ser um estrangeiro do reino de Kang, para seguir ela melhor.

— Mas você é um estrangeiro do reino de Kang. — o lembro e ele faz cara de tédio.

— Enfim, ela foi muito gentil, me ajudou com a localização do local e pagou comida para mim, ela é muito bonita senhor.

— Sim ela é. — Bonita demais na verdade, desnecessariamente linda.

— Entendo os seus sentimentos perante a vossa alteza real Suho, mas não seja rude com a senhorita Min Hyo-jin, ela parece tão frágil, me segurei para não arrancar a cabeça do pai dela.

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