Capítulo 10

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Todos já estavam alterados pelo álcool naquela hora, todos menos Blaise que decidiu não exagerar para cuidar dos outros que até sem beber precisavam de supervisão.
Aurora que estava na pista de dança, ou seja, um espaço aberto no meio do cômodo, se movia livremente aproveitando a batida envolvente da música.
Encostado em uma parede, Draco a observava. A garota de certa forma o encantava, ela prendia sua atenção até nas mínimas coisas que fazia. Os dois tinham um relacionamento único, que intitularam como amizade, mas ia muito além disso, e no fundo, sabiam que iriam acabar juntos no final.
Atravessou a multidão para chegar até a garota, se juntando à dança. Em sintonia com a mais baixa, sem ligar para julgamentos ou o que iriam falar deles, dançavam e cantavam, mas no momento em que se olharam o resto do mundo pareceu sumir.
Eram apenas os dois, ele segurou a cintura da garota e a puxou para perto e ela colocou as mãos em seus ombros, mas não pararam de dançar.
Quando perceberam que estavam perto demais um do outro, ela o olhava nos olhos e o Malfoy se perdeu ali por um instante, mas seu fim foi ter olhado para a boca da menina, ela mordia levemente o lábio inferior.
Não foi necessário nenhum outro sinal, ele a puxou mais contra si e selou seus lábios. No momento só a música tocava nos seus ouvidos.
A colônia masculina se misturando com o cheiro de baunilha que a garota naturalmente tinha por alguma razão. Aurora chegou à conclusão que o gosto de maçã verde da boca do menino, apesar de ter um pouco da bebida alcoólica, era seu favorito.
As mãos da garota segurava o cabelo e a nuca do garoto e ele a puxava pela cintura tentando os aproximar mais do que era possível, estavam totalmente entregues ao momento.
Tiveram que se separar por conta do ar, e enquanto recuperavam o fôlego mantiveram as testas juntas.
– E agora? – Draco perguntou.
– E agora o que?
– Isso muda alguma coisa? – Estava inseguro, não se arrpendia de ter beijado a amiga, mas tinha medo de afetar seu relacionamento com ela.
– Tem que mudar? – Aurora sentiu seu estômago se remexer com medo do que pode acontecer em seguida.
– Acho que não.
– Então não vai mudar.
Ambos soltaram um suspiro de alívio e deram risada antes de voltar a se beijar, a noite se resumiu nisso: beijar e dançar, dançar e beijar. E nenhum dos dois parecia se importar com as consequências que isso poderia trazer.
Por volta da meia noite/uma da manhã Blaise passou os arrastando para fora do local, pelo visto a festa duraria madrugada adentro e não teria condição da lufana dormir na comunal.
Quando entrou no quarto forçou as garotas a entrar no banheiro e colocar as roupas que havia pego para elas, e fez o mesmo com o Draco do lado de fora. Após todos estarem minimamente prontos para dormir, colocou as meninas em uma cama e dividiu uma com Draco.
Estava muito cansado por cuidar dos outros, eram muito inconstantes se comparados a ele, mas eram os únicos que conseguiam fazer ele se soltar e se divertir de verdade.
Na manhã seguinte acordaram com Pansy correndo para o banheiro vomitar, quando a outra garota viu acabou vomitando também, e quase que os outros colocaram tudo para fora junto.
Apesar de toda essa confusão de manhã, foi um dia muito gostoso, usaram magia para limpar tudo e conseguiram uma poção para a dor de cabeça na enfermaria, apesar de ter sido difícil convencer que o único motivo da dor era por terem dormido tarde.
Depois do almoço voltaram para o quarto dos garotos para passarem o dia, Aurora havia pego seu violão, então se sentou perto da janela e começou a dedilhar algumas notas tocando a primeira coisa que veio em sua cabeça.

So my darling, so my darling, so my darling
When our hairs are turning grey
Won't even remember our younger days
So my darling, so my darling
My baby, my boo
You are my best friend
You are my best friend
Remember I'll always love you

Os outros três apenas aproveitaram o momento para relaxar, ela tinha uma voz linda e cantava com tanto sentimento que tocava a qualquer um, ela nasceu para isso, quem não visse essa realidade era cego com certeza.
– Você é muito boa nisso Aurora! Muito boa mesmo! – Blaise a elogiou.
– Obrigada, Blas! – Ela respondeu tímida.
– Sério Aurora precisa parar de ser tão fofa! – Pansy disse se jogando em cima da amiga.
– Pansy para! Assim eu fico sem graça!
– Eu te deixo sem graça é? – A sonserina aproximou seu rosto ao da outra.
– Claro que sim. Já se olhou no espelho
Pansy olhou para o espelho no canto do quarto observando seu reflexo em cima da amiga.
– Realmente, uma grande gostosa. – Ela concluiu.
– Depois me chamam de convencido. – Draco se intrometeu.
– Eu posso até ser, mas ninguém te supera, Draquinho!
– Já disse para não me chamar assim, Parkinson! – Ele fechou a cara.
– Qual o problema? Não gosta do apelido Draquinho? – Ela continuou.
– Não!
– Mas combina tanto com você Draquinho, não sei porque não gosta! – Aurora entrou no jogo.
– Não começa Aurora!
– Não precisa ficar nervosinho! – Elas falam ao mesmo tempo.
– Qual é meninas, éramos nós três contra o Blaise. Não acredito que estão me traindo.
– Não estamos traindo ninguém, Draquinho! – A lufana se defendeu.
– Nós sempre estivemos do nosso lado, e isso significa que estamos onde nos convém. – A sonserina completou.
– Traidoras! – O platinado respondeu emburrado enquanto cruzava os braços.
As garotas se entreolharam e sorriram, as duas pularam em cima do menino rindo, Blaise que observava em outra cama foi até eles e se jogou em cima de todos.
– Saiam de cima de mim! Merlin, vocês são muito pesados!
– Cala boca idiota! – Pansy avisou o dando um tapa.
– Apenas falei a verdade Parkinson! E você é a mais pesada com certeza!
– Os produtos que você usa nesse cabelo oleoso devem estar começando a afetar seu cérebro garoto porque eu nunca estive tão em forma antes! O Blas só parece ser magro, mas ele pesa pra caralho!
– Me deixa fora disso, Pansy!
– Que amizade saudável a nossa! – Aurora ria de toda a situação.
– Não pense que eu esqueci de você baixinha. – O Zabini disse fazendo cócegas nela, iniciando uma guerra.
Depois de muitas risadas e brincadeiras, os quatro se ajeitaram na cama e ficaram conversando por algum tempo até caírem no sono e dormiram o resto do dia.
Apenas acordaram quando Crabbe e Goyle apareceram para se arrumar para o jantar. Desceram juntos e foram para suas mesas, o jantar foi tranquilo e depois dele foram para as comunais, amanhã voltariam a rotina escolar e precisavam descansar para aguentar as aulas.

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