A clínica

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POV Cellbit
Quando recuperei a consciência, ainda estava no mesmo local branco. Continuei sem entender nada e gritei algumas vezes para ver se conseguia uma resposta, mas não obtive sucesso.

Eu queria saber onde estava, já que nunca tinha visto um lugar desse tipo na prisão. Tentei me levantar, mas minhas mãos estavam atadas, o que dificultava meu movimento. Com muito esforço, consegui me erguer. Havia uma porta à minha frente, porém era óbvio que eu não conseguiria abri-la. O vidro preto na porta me impedia de ver o outro lado. Ninguém veio quando perguntei, então parece que realmente não deve aparecer ninguém.

Vôlei para a cama e me sentei, pelo visto, não vai vir ninguém, nem adianta, só me resta esperar.

Uns 30  minutos se passaram e uma mulher com um jaleco branco, máscara cirúrgica roxa, cabelos castanhos que estavam presos em um coque que tinha uma caneta atravessada, em sua cintura avia uma pochete branca.

—Quem é você e o que eu estou fazendo aqui? Ou melhor, onde é aqui?— pergunta para ela com uma cara séria e fria, o inverso dela, que expressa  calma e serenidade.

—Olá senhor Cellbit, eu me chamo Jaiden, sou uma Analista Comportamental e Psicóloga. Você está em uma das salas de observação, quase não utilizamos, mas você é um menino especial, aé, quase ia me esquecendo, isso aqui é um cento de reabilitação.— só podem estar de brincadeira com a minha cara, eu acabei de fugir de uma das maiores cadeias da região e agora me colocaram aqui.

—Isso é  loucura, vem cá, eu escapei de um lugar muito pior do que um cetro de reabilitação, já vi história de gente que fugiu daqui só de pular o muro, então relaxa que seu menino especial já já dá o fora daqui.

—Parece que você ainda não percebeu que este não é um local comum.—Após essa frase, ela abre sua pochete e retira um botão e uma seringa.—Não teriam te trazido até nós à toa. Tenho uma seringa que pode fazer você dormir como um bebê e um botão conectado a um dispositivo em seu coração. A quantidade de volts que eu usar determinará a intensidade com que posso te afetar. Esse é apenas um dos dois métodos que temos para te impedir de sair daqui. Quando estiver lá fora, você poderá conversar com as pessoas, fazer algumas amizades. Depois, você entenderá o verdadeiro propósito deste lugar. No momento, não estou autorizada a explicar mais.

Permaneço em silêncio, observando-a enquanto ela guarda os objetos. Em seguida, ela abre a porta e dois homens de jalecos, também usando máscaras cirúrgicas, entram no quarto e me retiram de lá.

Fui conduzido até um quarto que continha duas beliches, as quais pareciam bastante confortáveis. Ao contrário da prisão, a atmosfera ali era iluminada e havia janelas que proporcionava uma vista bastante bonita de um campo. No campo, avía árvores e cascatas, criando um ambiente sereno. As pessoas pareciam viver de forma pacífica e o local transmitia calma. Embora ainda não compreendesse completamente o motivo de estar ali, devo admitir que essa situação é consideravelmente melhor do que a terrível prisão anterior.

Me entregaram algumas peças de roupas em tons de azul claro, eu me vesti com um conjunto confortável de calças e camiseta. A roupa é simples e funcional, permitindo liberdade de movimento. Ela pode estar sendo usada com tênis ou sapatos confortáveis, e talvez um cardigã leve para ajustar à temperatura. O foco principal da vestimenta é o conforto e a praticidade, refletindo o ambiente de uma clínica de reabilitação.

Logo depois me passaram algumas instruções e falaram que eu podia passear pelo local , que eles iam apresentar uma pessoa para poder servir de guia para mostrar o local.

Atrás deles passa um menino dos cabelos e olhos castanhos.

—Hola! Eu me chamo Roier, e eu te mostrarei um pouquinho do local.

—Que tipo de funcionários é você agora?

—Não, eu não sou funcionário, na verdade eu sou um paciente também, mas aqui todos temos tarefas, depois do tur iremos sala do cuca pra gente ver qual é a sua.— Roier acena para Cellbit dizendo para o seguilo, e ambos saem do quarto.

—Se isso aqui é um hospício, por que a gente tem q trabalhar?— Cellbit ainda estava desacreditado com tudo isso. Como assim eu tiveram coragem e, a audácia de por ele no hospício, como se ele fosse um louco da cabeça.

—Bom vamos lá do lado de fora, eu quero te mostrar algo.

Roier levou Cellbit a parte de fora da clínica, o mesmo viu aquele mesmo campo lindo que ele viu através da janela, e viu um aglomerado de pessoas, Roier o parou e ficou observando de longe aquelas pessoas.

—bom, você pode não ter me dito seu nome, mas eu sei quem é você. Cellbit, você não é muito diferente de nós que estamos aqui, claro que tem umas pessoas ou outras que vieram realmente por distúrbios mentais, mas a maior parte dos grandes problemáticos que as prisões tem, vão parar aqui, o "hospício" que você fala na verdade é apenas uma fachada, isso aqui também é uma prisão, só que as regras são mais rígidas e a porcentagem de você conseguir sair daqui vivo é quase inexistente.

Eles voltam a caminhar e Cellbit encontra várias pessoas que já foram da prisão alcatraz, vários prisoneiro que um dia foram considerados mortos, ele realmente estava impressionado com isso tudo.

—Bom sei que não sou a pessoa mais qualificada pra perguntar esse tipo de coisa, mas as pessoas sabem da existência desse lugar?— Cellbit questiona Roier, ele não entendia como as pessoas nunca falaram antes sobre um local que ameaça seus pacientes de morte.

—O Governo sabe, esse local foi criado pelo governo, mas nunca foi a público, as pessoas não saem daqui, então nunca delataram nada para jornais ou sites de fofoca, eu tenho quase certeza que locais assim são ilegais, é basicamente uma tortura psicológica, ou você faz o que eles mandam, ou eles matam você, isso é maluquice eu sei, mas depois de um tempo você acostuma. Talvez até goste.

—Ta doido? Não pretendo viver nesse local minha vida inteira, vou dar um jeito de ir embora daqui.

—Boa sorte então, alguns presos preferem ficar aqui do que viver do lado de fora, aqui é fácil de Roubar remédios e se dopar com drogas e coisas do tipo, mas assim como é fácil roubar, é bem fácil dos guardas descobrirem, ainda mais nesse local você tem tudo de "graça".— Roier faz aspas com a mão— por causa dessas coisas o pessoal não liga de estar nessa jaula de merda.

—Por que das aspas?

—Como eu avia dito, a gente faz algumas tarefas, eu recebi as tarefas da semana, te apresentar o local, ajudar na cozinha e em outras coisas. Aliás vamos lá no cuca pra ver qual será a sua.

—Quem é cuca?

—Você faz muita pergunta sabia?— Cellbit fica sério olhando Roier e não o responde.— af, Cucurucho é um dos chefes do local, o outro é Osito Bimbo, aliás são irmãos gêmeos.— Roier caminha pelo local até a sala so cucurucho.

—CELL?!— uma voz familiar, más não identificada pelo Cellbit, chama pelo mesmo, o mais velho olha pra trás procurando o portador da voz e arregala seus olhos após identificar seu ex colega de prisão.

—MIKE?!

---- Fim Do Capítulo ----

Eu espero que estejam gostando, tá sendo uma delícia fazer essa FanFic, estou aberta a qualquer tipo de opinião e sugestões do que vocês querem que aconteça na FanFic, irei avaliar sua ideia e quem sabe sua ideia esteja aqui.
Caso sua ideia apareça aqui você receberá os créditos no final do capítulo.
Um beijão pra vocês meu amores.
💕💕

Pelo Amor - GUAPODUOOnde histórias criam vida. Descubra agora