Abrasileirando

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POV Cellbit.

Hoje foi anunciado o novo brasileiro que pelo visto estava em coma durante um tempo, fico me perguntando se ele era da prisão, já que aquela era uma das maiores prisões, deve vir bastante gente que é de lá, até agora.

Na verdade, todos os prisioneiros brasileiros são de lá, menos Forever, mas pelo que eu entendi, o Forever veio direto pra cá, não passou por nenhuma prisão.

O horário de almoço começou, por algum motivo não tinha muita gente no refeitório, eu não entendi direito, mas fui comer, alias eles capricharam na comida hoje, não sei porque todo mundo sumiu.

Enquanto eu jantava eu escutei alguns murmurinhos, mas decidi ignorar.

-Levanta.- Roier diz.

-O que?- Pergunto mas faço o que o mesmo mandou- Eu tava comendo.

-Depois te compenso.- levanto uma de minhas sobrancelhas olhando pro mesmo e dando um sorriso sugestivo, o que ele rir de mim.- não idiota.

-Poxa, mas por que eu tinha que levantar?

-Não escutou? o pessoal tá falando que o novo brasileiro já chegou e esta fazendo um escarcéu, e sou fofoqueiro, você tem que vir comigo pra eu não passar vergonha indo fofocar sozinho.- Ele me puxa pelo braço sem mais nem menos e vamos ate o pátio.

Chegando lá dava para ver uma parede de gente rodeando algumas pessoas, eu conseguia ouvir o Pac e o Mike gritando, e tinha outra pessoa, essa voz... ela não me é estranha, chegando mais perto não dava pra ver nada, por causa das pessoas que estavam na frente tampando a nossa visão.

Será que era alguém da prisão?

Roier de algum jeito conseguiu ultrapassar todo mundo, enquanto me puxava pelo braço, mano eu só queria comer, chegando lá na frente demorei um pouco pra assimilar o que tava acontecendo, era simplesmente o Felps discutindo com Pac e Mike, dizendo que eles arruinaram a vida dele.

-Cê tá vivo cara?- eu pergunto para o mesmo que ainda não tinha me visto, em alto e bom tom, todos viraram seus olhares para mim.

-Vo cê...- os olhos de Felps se arregalaram numa fração de segundos, como se ele tivesse visto o próprio diabo, eu não entendi nada, apenas fiquei quieto, não entendi o seu espanto.

-Sim, eu.

Eu começo a andar em direção ao mesmo, mas ele sai correndo desesperadamente, gritando.

-ME TIREM DAQUI AGORA, POR FAVOR, EU PRECISO SAIR DAQUI.- alguns enfermeiros(as) e seguranças comeram a rodear ele.

-Cama senhor, vamos conversar o que ta acontecendo? se acalme.

-NÃO, NÃO, VOCÊS NÃO ENTENDEM, ELE VAI ME MATAR, ME TIREM DAQUI, ME PONHAM EM OUTRA PRISÃO, MANICIMIO O QUE FOR, MAS ME TIREM DAQUI.

-Senhor precisamos que você se acalme por favor.

Felps, não parecia colaborar, os menos começaram a tentar segurar o mesmo, mas ele não queria que eles colocassem a mão nele, então o cacheado começou a se debater, e eles fizeram de tudo para segurar o mesmo.

-Senhor, vamos aplicar um medicamento intravenoso para você relaxar.- a enfermeira pronuncia as palavram que o deixam um pouco mais desesperado e fazendo ele se debater mais ainda.

A mulher aplica a injeção no mesmo que começa aos poucos a desacelerar, logo em seguida arrastaram ele até a parte de dentro da clinica, onde pacientes não podiam entrar, os seguranças dispersaram a multidão que ficou observando, disseram "não tem o que vocês verem aqui", "o show acabou, vão para o refeitório.

Pelo Amor - GUAPODUOOnde histórias criam vida. Descubra agora