Marque Minha Pele | Larry Stylinson A.B.O

12. Namorado

Te abraço
E sinto coisas
Que não sei dizer...

Só sinto com você.

- 🌷

(...) o alfa congelou quando Louis abriu os olhos, fixando os azuis nos seus. Seus estômago revirou, o fazendo sentir náuseas, e seus caninos, que já tinham baixado, cresceram de novo, incomodando suas gengivas. Ele sentiu sua boca seca, e o coração acelerado, e de repente tudo que sua mente podia pensar era em Louis.

Ele teve um imprinting.

Harry piscou, assimilando aquela nova sensação. Os olhos azuis ainda o encaravam, brilhando como sempre, mas tinha algo novo ali. Ele podia sentir cada emoção que aquele olhar queria passar.

O alfa aproximou o rosto, seu instinto implorando pra que ele beijasse o ômega. Ele molhou os lábios com a língua, se inclinando na cama e encaixando seus narizes, roçando sua boca na de Louis.

Assim que seus lábios capturaram os do ômega, ele sentiu um choque percorrer seu corpo, e sua pele se arrepiar. Quando as mãos menores o tocaram, era como se ele estivesse sendo abraçado por um anjo, seu corpo esquentando em cada milímetro que os dígitos tocavam.

Louis afastou o rosto, suas mãos parando no ombro do maior, em seus lábios um sorriso largo.

- Acho que eu tive um imprinting. - Harry sussurrou, puxando o corpo do ômega para si.

- Eu sei.

O alfa inclinou a sobrancelha. - Sabe?

- É, eu senti. Eu sempre sinto, Harry. Quando você ficou doente, eu te senti. Quando você está alegre, eu também te sinto. - Louis abriu os olhos, dando um selinho no maior. - Eu senti quando você entrou em rut.

Harry ergueu as sobrancelhas, se inclinando e beijando novamente os lábios finos, sentindo a sensação incrível de euforia pelo seu corpo. - Você também sente isso quando me beija? - Ele falou contra os lábios de Louis, que balançou a cabeça, concordando. - Você disse que teve o imprinting a primeira vez que me viu...

- Foi mesmo. No dia que eu fui fazer a tatuagem. - Louis esticou a mão, tocando o rosto do alfa em uma carícia leve. - Por isso eu fui embora correndo.

- Achei que fosse medo de agulha. - Harry riu, suas covinhas aparecendo. - Por isso me perseguiu, então?

Louis fez uma careta ofendida, piscando. - Eu nunca te persegui.

- Confessa logo que estava obcecado pelo tatuador.

- Harry! - Louis caiu na risada, junto do alfa, revirando os olhos.

- Por que você nunca me contou?

Louis afastou o corpo, se sentando na cama, as costas apoiadas na cabeceira. Ele abraçou as pernas, apoiando a cabeça ali e a virando pra Harry, se preparando mentalmente pra conversa que ele tanto tinha adiado. - Tive medo.

- Medo?

- Sim. Se você soubesse que eu tinha um imprinting, poderia usar isso contra mim. - Louis deu de ombros, e Harry levantou a sobrancelha.

- Usar contra você? O que isso quer dizer?

Louis bufou, piscando os olhos repetidamente. - É, usar contra mim. Você poderia usar isso pra me levar pra cama, e depois me largar.

Harry negou com a cabeça. - Louis, por que alguém faria isso? É crueldade demais.

O ômega riu baixo, fechando os olhos. - Foi o que meu pai fez com minha mãe. Engravidou ela, e abandonou.