EUROPA ⤿As Amazonas são guerreiras criadas pelas mãos da própria deusa Frigga para servir à Asgard com honra, bravura e sabedoria. Com um número incontável de batalhas vencidas e triunfos, são conhecidas e adoradas por todo seu povo. Mas quando deix...
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A VIDA DE STEPHEN STRANGE MUDOU, e muito. Mesmo assim, ele parece continuar o mesmo exato homem de antes, aquele que confia única e exclusivamente na ciência e, acima de tudo, em si mesmo. Esse traço, talvez, não seja algo que ele possa mudar, afinal, Strange parece ser um homem muito confiante de si mesmo em todos os âmbitos da vida, mas aqui no Kamar-Taj, as coisas são um pouco diferentes.
Descobri que o mesmo sofreu um grave acidente há não muito tempo atrás, e o maior ferimento desse acidente foi justamente em suas mãos. Mesmo com cirurgia e sessões de fisioterapia, elas não voltaram a ser as mesmas, e foi por isso que ele veio até o Nepal, em busca de uma cura. O que é irônico, uma vez que ele simplesmente rejeitou tudo o que a Anciã lhe contou e explicou, debochando de nossa crença. Foi quando ela lhe mostrou. Entrou na cabeça de Strange e lhe apresentou o multiverso, lhe mostrou a manipulação da realidade e suas diversas formas. Depois disso, mesmo quando ele lhe implorou que ela o ensinasse, a Anciã o expulsou, o jogando na rua.
E mesmo agora, depois de horas passadas do ocorrido, ele continua em nossa porta implorando para entrar, e mesmo sem querer, surge um mínimo de preocupação da minha parte. Kathmandu pode ser muito perigosa em algumas noites, além do mais, o próprio Strange afirmou ter esgotado seu dinheiro em uma viagem apenas de vinda, o que significa que ele não tem como procurar um hotel pois sequer terá como bancar sua estadia. A Anciã pode não querer ensiná-lo, mas não significa que não possa abrigá-lo.
E é nisso que penso enquanto ando concentrada de um lado para o outro na frente dela.
— Diga logo o que quer dizer. — A ouço pedir de repente, não olhando diretamente para mim, mas atenta a cada gesto meu.
— Após cinco horas ele ainda está na sua porta. — Respondo o mesmo que estava em minha mente há poucos segundos, me aproximando dela com determinação. — Existe força nele.
— Teimosia, arrogância e ambição. — Ela responde de volta, dando de ombros. — Tudo isso eu já vi bastante.
— Em Kaecilius. — Minha observação a faz erguer os olhos para mim, concordando em um aceno de cabeça quase imperceptível.
— Não posso dar poderes à outro estudante talentoso só para perdê-lo para a escuridão. — Confessa em um suspiro, ainda se referindo ao traidor, o que me faz balançar a cabeça por entender seus motivos.
— Exatamente. — Exclamo. — Mas Kaecilius ainda tem as páginas roubadas. Se ele decifrá-las, trará ruína para todos. Dias sombrios podem estar chegando, e talvez o Kamar-Taj necessite de um homem como Strange.
Minhas palavras parecem fazê-la pensar, ponderando por minutos sobre as hipóteses, tanto de ensinar Strange a arte da magia, como de Kaecilius, e para ser sincera, eu não desejaria estar em seu lugar, embora acredite em seu julgamento. O doutor pode ser arrogante e muito convencido, mas se há uma coisa que eu não posso negar sobre o mesmo, é que ele é bom, e não apenas isso, como o melhor... ser bom como médico e bom como um mago são polos totalmente opostos, mas com o mesmo objetivo em comum: salvar vidas e proteger pessoas. Se ele se desenvolverá bem como um feiticeiro, apenas o tempo e os treinos dirão, mas com certeza vale a tentativa.
