EUROPA ⤿As Amazonas são guerreiras criadas pelas mãos da própria deusa Frigga para servir à Asgard com honra, bravura e sabedoria. Com um número incontável de batalhas vencidas e triunfos, são conhecidas e adoradas por todo seu povo. Mas quando deix...
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EU NÃO PUDE SALVÁ-LA. ASSISTI KAECILIUS lhe desferir um golpe fatal que lhe custou a vida, e eu não pude salvá-la. A Dra. Palmer não pôde salvá-la... nenhum de nós pôde. A Anciã deu sua vida à arte da magia e à arte de ensinar, criou bravos magos que defendem o mundo com tudo o que tem, e foi morta de forma injusta e cruel. A Terra agora já não possui mais sua Mestre Suprema para lhe defender, e o perigo nunca esteve tão perto e tão rasteiro.
Nossa conversa horas antes fora de fato uma despedida, e a constatação disso é um gosto amargo em minha boca, de modo que encaro as paredes brancas do hospital enquanto os ponteiros do relógio passam lentamente. Tudo parece quieto e silencioso, mas ao mesmo tempo, caos e mais caos.
— Europa. — A voz de Stephen me puxa à realidade quando o vejo parar à minha frente, e só então percebo que estou encostada na parede do corredor há muito mais tempo do que imaginava. — Nós temos que ir.
Sua voz é quase um sussurro, e apesar do que diz, ele não parece com pressa alguma, enquanto apenas confirmo com um aceno, também não conseguindo mexer um músculo sequer. Suas mãos vão de encontro ao meu rosto, e deixa um beijo demorado e gentil em minha testa, gesto que me permite fechar os olhos e deixar a mente vagar.
— Você me disse que eu não podia deixar que o acidente me limitasse. — Ele volta a dizer, de modo que levanto o rosto e encaro seus olhos com atenção. — E que há muitas maneiras de se salvar vidas.
Balanço a cabeça para confirmar enquanto minhas mãos encontram as dele, ainda envolvendo meu rosto.
— E há.
— Nós temos vidas para salvar, então vamos terminar isso juntos. — Sua firmeza de repente me motiva, ou simplesmente abre meus olhos para o fato de que a morte da Anciã não anulou os problemas, e sim apenas os deixou maiores e mais perigosos para nós.
— Vamos terminar isso. — Concordo, decidida a dar um fim em Kaecilius e terminar toda a onda de fanatismo e mentiras que ele criou, custe o que custar. — Kaecilius acha que Dormammu é um deus, e se ele quer conhecer o poder de um deus, eu vou lhe mostrar um.
Digo, me desfazendo de meu manto e assumindo minha roupa original, assim como minha pulseira dourada, que brilha em meu pulso como se ansiasse ser usada. Stephen me olha com surpresa e também curiosidade, mas principalmente com determinação.
— Kaecilius vai saber o que é lutar com uma Amazona.
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No Kamar-Taj, o que encontramos é uma grande pilha de destroços e escombros da explosão, tudo exatamente do mesmo jeito de quando saímos. E Mordo já está ali, parado em meio à poeira e às pedras, com o olhar longe de quem pensa muito sobre algo importante. E não é preciso muito para saber o que.