Capítulo 10

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.Pov Severus:

Eu estava quase a chegar ao casarão no início da floresta. Eu não tinha voltado para casa naquele dia em que Tobias me agrediu. Passei os últimos 3 dias vagando pelas ruas de Londres, sem destino. Eu estava com um novo penso no braço, sendo o quarto naquele meio tempo.

Digamos que tive alguns problemas mesmo depois de ter saído de casa. Nestes dias também ainda não tinha passado o hematoma na minha cara, consequência de ter enfrentado Tobias.

Aquele desgraçado tinha mesmo dado tudo de si, que era a única coisa que ele sabia fazer!

Finalmente tinha chegado na entrada principal da casa e decidi sentar-me nas escadas, sentindo o meu corpo ainda dolorido por tudo o que tinha aguentado.

- Sev! - Ouço a voz de Barty, transmitindo certo alívio. Ele chega rapidamente ao meu lado, pondo as suas mãos sobre mim, analisando se era mesmo eu. - Estás bem? O que te aconteceu? Gente, o Sev está aqui, venham!

Os demais apareceram nos segundos seguintes, sentando também na escada e olhando-me de cima a baixo, preocupados.

- Severus! - Lucius exclamou, posicionando-se ao meu lado esquerdo, tocando na minha cara com as suas mãos delicadas. - Tu estás uma miséria...!

- Obrigado, Lucius. - Respondi, sem paciência para falatório.

- Barty, vai avisar Evan que o Severus apareceu. - Tom se pronunciou pela primeira vez, ocupando o seu lugar, enquanto o mesmo corria lá para dentro. - Bellatrix, tu e as tuas irmãs podem arranjar espaço no sofá da sala principal, para conseguir conforto para Severus?

Bellatrix entendeu que não era realmente uma pergunta, e levou as suas irmãs para a sala.

- Tu vais contar-nos tudo o que se passou, por onde andaste e porque tens a tua cara nesse estado. - O garoto de cabelos castanhos ondulados, disse autoritário.

- Tom, deixa o interrogatório para depois, pode ser? - Falei retoricamente, e depois de ter dito grunhi sentindo dor.

- Vejo que estás cheio de dores pelo corpo. - Lucius reparou, pondo um de meus braços a volta de seu pescoço. - Vamos tratar disso primeiro e depois dizes quem temos de matar, Sev.

Não podia dizer algo agora, porque cada vez que falava mais dores se apresentavam. Assenti, percebendo o Barty voltar.

- Já está a descer. - Disse, ficando de frente para nós três.

- Ok Barty, ajuda Lucius a carregar Severus para dentro, eu levo os seus pertences. - Tom mandou indo buscar a minha bolsa, enquanto Barty se posicionava do outro lado do meu corpo.

- Vamos lá. - O garoto de cabelos um pouco bagunçados falou, enquanto ele e Lucius levantavam-me ao mesmo tempo, sendo seguidos por Tom.

Finalmente entramos e fomos atravessando o hall de entrada, enquanto Tom já seguia na frente, querendo se certificar que já estava tudo pronto.

A sala era toda pintada de um azul não tão escuro e não tão claro, com sofás do mesmo tom. Havia cinco sofás ao todo, um de três lugares, outro de dois, duas poltronas médias e uma pequena. Uma pequena mesinha redonda ao centro, com um tapete de bom tamanho, debaixo de todos os sofás.

Na entrada da porta, do lado de dentro, havia uma planta em um vaso com acabamentos antigos e ainda em bom estado. Pequenos candeeiros pendurados por todo o espaço, quadros com pinturas do século passado, também espalhados. Um lustre mediano todo prateado, também sustentando pequenos candeeiros. E por fim, havia três janelas quase coladas, com ombreiras entre si.

In the middle of the darkOnde histórias criam vida. Descubra agora