Capítulo 2

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Pov: Regulus

Tinha passado 1 semana desde a minha confissão para Andromeda.
Eu passava os dias no quarto, ou numa cafetaria qualquer a ler um livro. Era verão, então não tinha de me preocupar com a escola. Por um lado era bom, não teria de olhar para aqueles adolescentes com os hormônios aos saltos. Por outro lado, não teria as aulas de Astronomia e Literatura Inglesa, as minhas duas matérias favoritas.
Era um colégio privado, então tinha muitos privilégios. As minhas primas também estudavam lá. Ótima educação, segundo a família.

Entro em casa, era quase de hora de jantar, estive até agora numa cafetaria a ler. Era reconfortante. Tinha certos detalhes que a faziam acolhedora e aconchegante.

Sento na mesa. Faltava 5 minutos para o jantar ser servido, então eu ficava já aqui. A Maggie (uma de nossos empregados), já tinha arranjado a mesa e posto o pão e bebidas. Nesse momento aparece Walburga e Órion, sentando em seus lugares. Nenhum de nós dirigiu a palavra a outro. Estava um silêncio mortal na sala de jantar.
Maggie aparece com o jantar.

--- Obrigada, Maggie. --- Maggie já trabalhava aqui há há 40 anos. Viu-me crescer. Era uma idosa com olhar reconfortante e sempre com palavras doces. Tinha sempre uma história para contar.

--- Não é necessário nenhum tipo de agradecimento, Regulus. --- Disse Órion de uma maneira rude. --- É o trabalho dela. Está aqui para nos servir.

Acenei com a cabeça, mesmo sabendo que essa informação era inútil. Eu continuaria a tratar a Maggie como sempre tratei, quando eles não estiverem a ver.

Maggie pede licença e vai para a cozinha. Talvez vá beber um chá com ela depois. Pode ser que ela me conte mais uma história.

Começamos a jantar, em silêncio. Só se ouvia o barulho dos talheres. Acabei a minha refeição e pedi licença. Mas quando me levantei, Órion me chama.

--- Espera, Regulus. --- Walburga faz um singelo gesto para me sentar novamente. --- Eu e a tua mãe temos uma coisa para te informar.

--- Diga, pai. --- Obrigo a palavra a sair da boca, mesmo sabendo que nenhum deles os dois é merecedor de tal palavra.

--- Eu e a tua mãe temos de viajar a trabalho. Ficaremos 1 mês fora. --- Órion olha para Walburga e depois põe os olhos em mim. --- Espero que como um de nossos herdeiros de todo o nosso património, sejas responsável e saibas tomar muito bem conta das coisas por aqui.

--- Claro pai, não se preocupem. --- Eles nunca me levavam com eles porque não confiavam nos empregados o suficiente para tal tarefa. --- Suponho que os tios também vão nessa viagem a negócios?

Desde que me lembro, cada vez que eles têm essas viagens de negócios, sempre vão os quatro. Nunca sei o que acontece nessas viagens, mas os Black mais velhos voltam sempre animados. O que era bom para o nosso lado ( o meu e das minhas primas), porque desde o dia da chegada, até fazer uma semana mais ou menos, não havia discussões ou problemas.

--- Exatamente.  --- Disse Walburga desta vez. --- O que significa que as tuas primas vêm para aqui enquanto estamos fora.

--- Ok mãe mais uma vez, não se preocupem. Tudo ficará bem por aqui. Vou tomar conta de tudo.

--- Nós sabemos bem que sim, Regulus. --- Tu és um filho exemplar.

--- E quando apanham o avião? --- Perguntei. Ansioso para aquela conversa acabar logo e eu poder ir para o meu quarto.

--- Já amanhã. --- Disse Órion. Uau, só me avisam um dia antes. A minha sorte ( ou azar) é que eu cresci para já estar preparado para este tipo de situações. --- Não contamos antes porque fui um imprevisto de última hora.

In the middle of the darkOnde histórias criam vida. Descubra agora